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A importância da Comunidade Cívica para o desenvolvimento sustentável do Brasil

Se confrontarmos a riqueza potencial e disponível, principalmente o patrimônio natural e humano, com a forte presença do desequilíbrio sócio-econômico aqui incluídos renda, saúde, segurança, educação, inovação, sustentabilidade, felicidade e outros, somos empurrados a refletir em que o País errou e vem errando.

O nível de disparidade de renda e o percentual situado na linha de pobreza, o desemprego, a criminalidade, a corrupção e a irresponsabilidade pública e privada estão provocando progressiva erosão da sociedade, com profundos riscos em futuro não muito distante.

Um País que vem exaurindo assustadoramente suas riquezas naturais(minério, floresta, água) sem proporcionar ao povo sustentável evolução das condições de vida e, mesmo assim, crescendo a taxas irrelevantes - algo em torno de 2%aa - nos últimos vinte anos, precisa encurralar seus governantes diante da profunda irresponsabilidade histórica.

Com taxas de juros, carga tributária e corrupção situadas entre as mais altas do mundo, não há riqueza que agüente. Isto é sabido e quase trivial. Mas o que se deve perguntar é: Por que isto ocorre? Por que não muda? Até quando a população aguentará passivamente? De maneira simplista poder-se-ia dizer:

Porque o império português (e seus vícios) colonizou o Brasil; porque levaram muita riqueza do País; porque não queremos enriquecer; porque somos amistosos; porque somos idiotas; porque se rouba no mundo inteiro; porque a situação é irreversível; porque...porque....

Que o império português deixou o gene do pavonismo, nepotismo, corrupção (bem registrado por Raimundo Faoro em " Os Donos do Poder") e outros atributos, muito deles ainda sobreviventes, é verdade. A extração/exaustão das riquezas naturais e suas conseqüências geográficas e humanas preocupa qualquer cidadão consciente. É verdade também que em quase todo o mundo há roubo. Mas roubo com impunidade não.

No Brasil os piores exemplos vêem do governo(executivo e legislativo). Os processos de apuração são lentos e ineficazes, quase sempre culminando não com punição mas com premiação, inclusive por reeleição. E, aí, cada brasileiro precisa refletir: até onde também sou culpado, tolerando e premiando? Hoje, se ouvirmos o sentimento de cada brasileiro é possível que mais de 90% esteja insatisfeito, frustrado e revoltado com esta situação. Cabe, então, perguntar: POR QUE A SITUAÇÃO NÃO MUDA? Porque há muitos interessados que ela permaneça assim? Talvez para muitos isso seja real. Mas para a maioria não. Então, por que não muda? Vem aqui a essência deste artigo. PORQUE NÃO SOMOS UMA COMUNIDADE CÍVICA?

Uma comunidade cívica é aquela em que a cooperação, a tolerância, a confiança, a ética, a responsabilidade, a eficácia e ativa participação dos cidadãos move a comunidade, a região ou o país em direção ao futuro almejado.

Se o cidadão for pró-ativo e a comunidade organizada, como há exemplos que comprovam, em pouco tempo teremos no Brasil aquele paraíso tão desejável e possível. O caminho, por mais longo que seja, começa com um passo. É preciso que essa convicção esteja na cabeça de cada cidadão. E o caminho mais curto para chegar até lá, será pela conscientização, convicção e pró-atividade das instituições, responsáveis pela criação e disseminação de valores, muitas das quais ainda não motivadas para isso. No caso específico dos profissionais - inclusive e, principalmente. os economistas - , os Conselhos e Conselhões têm significativa importância. É questão de acreditar e converter a intenção em prática.

.Por: Humberto Dalsasso, economista, Consultor Empresarial de alta gestão, sócio da Consultheg-Consultoria Empresarial S/C Ltda/Cofecon

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