Rio de Janeiro recebe mais um centro de pesquisas no Parque Tecnológico da UFRJ

A americana EMC, voltada para soluções tecnológicas, está investindo R$ 100 milhões no País. De 19 centros de pesquisa internacionais que vieram para o Brasil, 16 escolheram o Rio para se instalar.

Confirmando-se como o principal polo de atração de investimentos em centros de pesquisa e tecnologia do País, o Rio de Janeiro recebeu no dia 13 de maio (terça-feira), a americana EMC, voltada para o desenvolvimento de soluções tecnológicas capazes de lidar com dados digitais em grande volume. A tecnologia, desenvolvida pelos mais de 80 pesquisadores contratados, será aplicada no setor de óleo e gás. O investimento faz parte dos US$ 100 milhões anunciados pela empresa para o País ao longo dos próximos cinco anos. No total, o Parque Tecnológico é o foco de investimentos da ordem de US$ 1 bilhão em centros de pesquisas. Dos 19 centros tecnológicos estrangeiros em instalação no país, 16 escolheram o Rio de Janeiro, sendo nove no Parque Tecnológico da UFRJ. Mais de mil empregos de alta qualificação foram gerados pelos centros.

“Os centros de desenvolvimento e pesquisa que estão vindo pro Rio representam a economia do século XXI ocupando cada vez mais espaço no Estado que é fortemente pautado pela economia do século XX, que é o petróleo. A grande vantagem desse movimento é que mais uma vez o Estado do Rio de Janeiro está na vanguarda nacional do conhecimento, gerando empregos de elevada qualificação e renda”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno.

O aproveitamento de talentos locais e a união entre a indústria e a academia são apontados pela cientista-chefe do Centro de Pesquisa, Karin Breitman, como decisivos para a escolha do Rio para receber os investimentos. “Agora que inauguramos o Centro da EMC esperamos descobrir tecnologias disruptivas no país. Estamos rodeados por um ecossistema composto por empresas com foco em petróleo e gás, serviço de campo de petróleo, engenharia e start-ups dentro do Parque, e a EMC está bem posicionada para oferecer uma nova visão e inovação a este setor global”, defendeu.

Futuras inaugurações - Entre agosto e setembro de 2014, a GE iniciara as operações do seu centro de pesquisa na Ilha de Bom Jesus, área vizinha à Ilha do Fundão que foi concedida ao Parque Tecnológico pelo Governo do Estado. Este será o quinto Centro de Pesquisa Global da empresa, que escolheu o Rio depois de um longo processo de seleção.

Lóreal - Na mesma Ilha de Bom Jesus, a L’Oréal vai inaugurar no próximo ano um Centro de Pesquisa e Inovação para a América Latina, voltado para o desenvolvimento de produtos adaptados ao mercado brasileiro e latino-americano, com potencial de comercialização em outros países.

ATL, Microsoft Research Internacional, Cisco e da Nissan - Ainda que o Parque Tecnológico da UFRJ e a Ilha de Bom Jesus concentrem, no Estado do Rio, os centros internacionais de pesquisa, há também iniciativas importantes voltadas para inovação instaladas em território fluminense fora dos limites do Fundão. Entre eles, destacam-se o Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL, sigla em inglês) da Microsoft Research Internacional, e os centros de pesquisa da Cisco e da Nissan. Juntas, as empresas já somam investimentos superiores a US$ 500 milhões.

Lafarge - A Lafarge também inaugurou, no primeiro semestre deste ano, um centro de pesquisas na área de cimentos e concretos no Rio Comprido. Em agosto, será a vez da inauguração do centro de inovação da Intel, na Avenida Rio Branco, no centro da capital fluminense, com o objetivo de garantir a empresas, universidades e start-ups acesso à computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês), com foco no setor de petróleo.

Em Macaé, o parque científico vai contribuir para transformar a cidade em uma referência em geração de inovações. Na Serra, a ideia de concentrar tecnologia se amplia e reúne três municípios: Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Outro projeto é o Parque Tecnológico de Seropédica.