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16/05/2014 - 09:05

Cemig anuncia lucro líquido de R$1,250 bilhão no 1T14


Destaques da geração de caixa, medida pelo lajida, de R$2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2014 (IRFS), receita líquida da companhia alcançou a cifra de R$4,7 bilhões e ganho de equivalência patrimonial de R$115 milhões no mesmo período.

As ações preferenciais da Cemig (CMIG4) atingiram um volume negociado de R$4,3 bilhões durante o primeiro trimestre de 2014. “Este patamar ainda mantém a Cemig como uma das ações mais líquidas entre as empresas do setor elétrico nacional e uma das mais negociadas no mercado de capitais brasileiro”, disse a companhia.

“Com relação à bolsa de Nova York, o volume negociado de nossas ADR´s preferenciais (CIG) no primeiro trimestre atingiu US$2,1 bilhões, o que reflete o reconhecimento do mercado investidor e mantém a Cemig como uma opção global de investimento. O Ibovespa, índice de referência para o desempenho da bolsa de valores de são Paulo, registrou retração de 2,14% no primeiro trimestre de 2014, encerrando o período aos 54.404 pontos. O desempenho negativo ainda reflete o crescente pessimismo do investidor quanto à economia brasileira. As ações da Cemig, por sua vez, registraram desempenho muito superior ao do principal índice da bolsa brasileira, com as ordinárias apresentando alta de 10,56% no trimestre e as preferenciais também acompanharam o ritmo de valorização, ao registrarem alta de 8,85%”, completou.

O diretor-presidente, Dr. Djalma Bastos de Morais, afirmou que “os resultados apresentados no primeiro trimestre de 2014 estão em linha com a estratégia comercial da Companhia. O nosso Plano Diretor busca a continuidade da estratégia de crescimento sustentável para ampliar as operações que possam agregar valor aos nossos negócios e proporcionar aos acionistas o retorno adequado e atrativo de seus investimentos. A aquisição de participação de 49,9% do capital total da Retiro Baixo Energética, titular da concessão de exploração de usina hidrelétrica com potência instalada de 83,7MW, ilustra essa estratégia.

Além de crescer por meio de aquisições e fusões, continuamos a investir bastante em nossa área de concessão. Desse modo, estamos trabalhando para que essa estratégia reflita a nossa visão de longo prazo: consolidar-se, nesta década, como o maior grupo do setor elétrico nacional em valor de mercado, com presença em gás, líder mundial em sustentabilidade, admirado pelo cliente e reconhecido pela solidez e performance.”

De acordo com o diretor de finanças e relações com Investidores, Dr. Luiz Fernando Rolla, “neste primeiro trimestre de 2014 a Cemig continuou a registrar uma geração de caixa robusta. O Lajida, que mede a geração de caixa operacional, foi de R$2,109 bilhões, apresentando um crescimento de 32,55% em relação ao Lajida do mesmo período do ano anterior. Podemos dizer, portanto, que nossa estratégia de ampliar a eficiência operacional e obter ganhos de sinergia e crescimento – via aquisições ou participações em novos empreendimentos – tem surtido efeito. O lucro líquido no período ficou em R$1,250 bilhão, e a disponibilidade de caixa em R$2,043 bilhões. Ambas as cifras garantem a execução do Plano Diretor e asseguram nossa política de dividendos e de gestão da dívida, tornando a Cemig uma empresa cada dia mais sólida e com uma gestão empresarial eficiente”, concluíram o CEO e CFO, respectivamente.

Síntese da Conjuntura Econômica: Segundo a análise da companhia, de maneira geral no âmbito doméstico, a economia brasileira continua a ver seus fundamentos se deteriorarem como já acontecia ao final do último trimestre de 2013. A situação fiscal está pressionada, uma vez que desde abril passado, o BC já elevou a Selic em 3,75 pontos porcentuais, para o atual patamar de 11% ao ano a fim de combater a inflação, e a previsão dos analistas de mercado é de que ainda haja aumento.

“O cenário macroeconômico do país neste ano é mais desafiador, com expectativas de desaceleração da atividade e inflação ainda elevada, próxima do teto. A meta do governo é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Na atual atmosfera pessimista, a projeção dos economistas é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará este ano a 6,5% e, em 2015, a 6%. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, que em março de 2014, a produção industrial nacional mostrou decréscimo de 0,5% em comparação mensal, na série livre de influências sazonais, após ficar estável em fevereiro (0,0%) e avançar 2,2% em janeiro último.

A perspectiva de fluxo positivo para o Brasil, com a entrada de recursos para renda fixa e de captações externas, continua sustentando a boa performance do real frente ao dólar. Com a queda do dólar de 3,24% em março, muitos investidores reduziram as apostas na alta da moeda americana. No entanto, a última pesquisa Focus do Banco Central corrigiu as expectativas para R$2,45 até o fim de 2014, prevendo um patamar de R$2,51 para 2015.

Como forma de assegurar a manutenção do investidor estrangeiro no mercado doméstico e como parte da nova fase do programa de intervenções diárias no câmbio, que apresentou queda acumulada trimestral de 5,61%, o Banco Central continua mantendo o programa de leilões de swaps cambiais implementado em agosto de 2013. Em 2014, a oferta diária de quatro mil contratos para leilão com emissão e liquidação de segunda à sexta-feira, ocorrerá até o dia 30 de junho.

O ritmo da atividade econômica no Sudeste, em contexto de menor crescimento do comércio varejista e retração da produção industrial, arrefeceu no início deste ano. O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH), divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, recuou para 45,1 pontos em março, o menor nível para o mês desde 2006. O superávit da balança comercial de Minas Gerais situou-se em US$4,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014, mantendo-se essencialmente estável em comparação a igual período de 2013 (-0,1%), de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio. As exportações somaram US$7,3 bilhões, com redução de 1,8% ante o mesmo período do ano precedente, enquanto as importações totalizaram US$2,6 bilhões, contração de 4,6%, sob a mesma base.

A taxa média de desemprego na região metropolitana de Belo Horizonte situou-se em 3,7% no final do mês de fevereiro (4% no mesmo período de 2013), segundo o IBGE, resultado de diminuições de 1,5% do número de ocupados e de 1,8% da PEA.

Como a economia dos EUA é um mecanismo fundamental para o crescimento da economia global, movimentos em seu produto interno bruto, nos níveis de comércio internacional, na política trabalhista e monetária, são acompanhados de perto por governos do mundo e pelos mercados financeiros internacionais. Os mercados mundiais de câmbio também monitoraram a atividade econômica americana porque o dólar atua como moeda global das reservas, que sustenta o mercado de câmbio 24 horas por dia, ligado ao fluxo de investimentos globais.

Baseado nas perspectivas e nos sinais de melhora moderada da economia, o banco central dos Estados Unidos, Federal Reserve, continua reduzindo gradualmente a quantidade de compra mensal de títulos hipotecários do tesouro, mantendo a estratégia que consiste em estimular cada vez menos a economia americana, através de intervenções por parte do governo. O mercado ainda permanece cauteloso em relação à alguns indicadores, exemplo do último relatório geral de emprego dos Estados Unidos (Payroll) divulgado mensalmente, que mostrou recuo no desemprego, mas mostrou que muitas pessoas saíram da força de trabalho e que os salários ainda estão estagnados. Preocupados com a possibilidade de que a redução da liquidez internacional gere turbulências aos mercados financeiros, os Bancos Centrais dos países emergentes estão reagindo de forma a subir suas taxas de juros como uma manobra para tentar conter a fuga de capital.

O aumento das taxas de juros pelo Banco Central dos Estados Unidos ainda deve demorar, mesmo com os sinais positivos na economia do país. Uma taxa de inflação abaixo de 2% e uma alta taxa de desemprego, acima de 6%, são motivos para que os juros fiquem próximos de zero até 2015. Neste contexto, os mercados de ações dos Estados Unidos perderam força e os emergentes sentiram uma queda ainda mais acentuada. A baixa taxa de juros é uma das maneiras de auxiliar a recuperação econômica do país, no sentido de que encoraja as empresas a expandir contratando mais trabalhadores e assegura a estabilidade de preços. A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, fez uma avaliação positiva sobre as perspectivas para a economia dos EUA, mas destacou que o otimismo não altera os planos do banco central de manter as taxas básicas de juros de curto prazo perto de zero no futuro próximo.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a zona do euro passou por uma mudança positiva no ímpeto mostrando melhoras nas perspectivas para as três maiores economias do bloco — Alemanha, França e Itália – apesar das perspectivas do PIB no curto prazo ainda permanecerem modestas.

Por outro lado, existe o risco de que a inflação continue a baixar se o crescimento desapontar ou se o euro se apreciar mais. Num cenário ainda de riscos, alto desemprego, inflação abaixo da meta e altos níveis de dívida pública, a OCDE recomenda que a política monetária nos seus 34 países-membros continue acomodatícia, ou seja, os juros precisam manter-se baixos ainda por algum tempo. Para outros emergentes, a entidade avalia que a política monetária apropriada vai depender do desenvolvimento da inflação e da taxa de câmbio. As preocupações com o desempenho da economia americana também pressionaram os índices europeus. Ainda que setor industrial da zona do euro tenha ganhado tração em março, com um índice de desempenho em seu maior nível nos últimos três meses, a taxa de desemprego seguiu em 11,8% em março, estável desde dezembro de 2013. Observouse uma ligeira queda em comparação com março do ano passado, período no qual a taxa se encontrava em 12%. Os dados foram divulgados pela agência de estatísticas Eurostat.

No que diz respeito ao setor elétrico brasileiro, a situação de abastecimento continua desafiadora. A preocupação do governo com a situação dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste é maior porque eles são responsáveis, juntos, por cerca de 70% da energia hidrelétrica gerada no país. Além disso, o nível atual de armazenamento está abaixo do registrado na mesma época do ano passado (41,6%), quando a estiagem em pleno período de chuvas também gerou cautela quanto à falta de energia. Os registros de recordes sucessivos no consumo de energia no início deste ano, provocados pelo aumento das temperaturas principalmente no Sul e no Sudeste, contribuem para o agravamento deste quadro.

Como uma alternativa para garantir o fornecimento de energia no país, o governo dispõe de usinas termelétricas que funcionam por meio da queima de combustíveis como óleo, gás e biomassa. O problema do acionamento dessas térmicas é que elas são mais poluentes e a energia produzida por elas é mais cara, o que leva a aumento da conta de luz.

O mecanismo de Reajuste Tarifário Anual tem como objetivo restabelecer o poder de compra da receita obtida por meio das tarifas praticadas pelas concessionárias. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aumento médio de 14,76 por cento nas tarifas de energia dos consumidores da Cemig Distribuição. O custo do forte acionamento térmico, que influencia nos custos das distribuidoras de energia no curto prazo, começa a ser sentido pelos consumidores residenciais mais fortemente a partir dos reajustes tarifários deste ano, já que a geração termelétrica esteve fortemente acionada principalmente a partir do ano passado. Neste contexto, o Ministério da Fazenda autorizou um empréstimo de R$11,2 bilhões à CCEE, a qual repassará os recursos às distribuidoras para custear as despesas adicionais com as térmicas e com a exposição involuntária no mercado de curto prazo”, finalizou a análise. [http://ri.cemig.com.br].

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