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17/05/2014 - 10:38

Brasil tem a indústria de cimento mais ecoeficiente do mundo

Professor da USP, mostra em congresso a relação entre o desenvolvimento do País e a sustentabilidade da indústria de cimento. Congresso Brasileiro de Cimento acontece de 19 a 21 de maio (segunda a quarta-feira), em São Paulo.

O Brasil é um país com dimensões continentais e foi neste cenário que a indústria brasileira de cimento começou a se desenvolver, primeiro em São Paulo, em 1926, e depois no Rio de Janeiro. Com um começo tímido no início do século XX, a produção nacional ultrapassou as importações já a partir de 1933. A indústria brasileira iniciou, então, um processo consistente de consolidação e crescimento.

Nos anos 70, o chamado “milagre econômico” impulsionou a indústria do cimento, estimulada pelos inúmeros projetos habitacionais e de infraestrutura da época. Em apenas 10 anos, o consumo per capita passou de 100 para 227 kg por habitante. Nesse mesmo período, a produção de cimento triplicou, saltando de nove para 27 milhões de toneladas anuais, e foram instaladas 24 novas fábricas para abastecer essa crescente demanda.

Hoje o país atravessa um novo ciclo de crescimento, iniciado a partir de 2004, e conta com 87 plantas industriais cimenteiras, controladas por 17 grupos industriais. Essas plantas têm capacidade instalada de 86 milhões de toneladas/ano e produziram 70 milhões de toneladas em 2013, com consumo da mesma ordem de grandeza, fazendo do Brasil o quarto maior consumidor de cimento do mundo.

Apesar da evolução, o Brasil é um país cujo consumo per capita de cimento (350 kg/hab) ainda está abaixo da média mundial (550 kg/hab). Parte desse número está diretamente ligado aos investimentos em infraestrutura.

Por outro lado, os investimentos em novas fábricas e em novas tecnologias deram ao Brasil um parque industrial moderno e apropriado para que o desenvolvimento do país esteja adequado ao desenvolvimento sustentável do planeta. O resultado é um cimento fabricado com menor impacto ambiental e melhor aproveitamento de recursos não renováveis.

A indústria que destrói resíduos e passivos ambientais de outras indústrias - Atualmente, são coprocessados pela indústria do cimento no Brasil mais de 1 milhão de toneladas de resíduos por ano, representando cerca de 9% da matriz de combustíveis. Contudo, o setor possui um potencial de destruição de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas, o que representa uma alternativa significativa para mitigação das emissões de CO2.

Esses e outros números da indústria de cimento serão apresentados pelo professor da Universidade de São Paulo e diretor de Tecnologia da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Yushiro Kihara, durante o 6º Congresso Brasileiro de Cimento, que acontece de 19 a 21 de maio, em São Paulo.

Outros pontos que serão abordados por Kihara: . matriz energética da indústria |.cimento e mudanças climáticas |.pilares da sustentabilidade da indústria de cimento |.o uso dos fornos de cimento para destruição térmica de pneus e passivos ambientais (coprocessamento) |.desafios da indústria de cimento para os próximos anos. A apresentação de Yushiro Kihara acontece no dia 19 de maio (segunda-feira), a partir das 9h.

O evento contará também com apresentações sobre: desempenho em emissões de CO2 e consumos de energia: Ícone mundial da sustentabilidade - Palestra do diretor do Programa de Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development), Philippe Fonta, que abordará os desafios para a sustentabilidade da indústria cimenteira mundial, esclarecendo como os impactos do clima podem ser gerenciados e como a segurança dos empregados pode ser melhoradas. Ele vai mostrar porque o concreto é considerado um material de construção sustentável e se a questão do uso da água está bem conduzida bem como o impacto das pedreiras na biodiversidade. Ele mostrará que no trato dessas questões o cimento, o concreto e seus produtos serão a chave para o desenvolvimento econômico e sustentável de uma sociedade em constante expansão e rápidas mudanças. Ele vai mostrar também que o concreto é consumido atualmente pela humanidade numa quantidade duas vezes superior a todos os demais materiais de construção juntos. O WBCSD é uma das mais respeitadas entidades de sustentabilidade e negócios no Mundo. – Apresentação dia 19 de maio, às 10h50.

Estratégia europeia para Eficiência de recursos - A palestra de Vagner Maringolo, gerente de Meio Ambiente e Recursos da Associação Europeia de Cimento (CEMBUREAU), vai trazer a estratégica da indústria cimenteira europeia, na direção de produção de baixo carbono em atendimento a legislações para produzir mais cimento com menos impactos em toda a cadeia produtiva. Ele enfatizará como o conceito de eficiência de recursos na indústria de cimento pode ser maximizado. A estratégia requer uso otimizado dos recursos através de toda a cadeia da construção desde a exploração e extração, passando pelo uso, reuso e reciclagem dos produtos a base de cimento e resíduos da construção civil. Vagner trabalhou durante muitos anos na ABCP e há cinco anos mudou-se para a Bélgica onde desenvolve um trabalho estratégico para a indústria cimenteira europeia com foco na sustentabilidade e em assuntos ligados a mudanças climáticas – Apresentação dia 19 de maio às 16h10.

Panorama da indústria norte americana de cimento – Cary O. Cohrs, presidente do Conselho Administrativo da Associação de Cimento Portland dos Estados Unidos (PCA) vai falar sobre o panorama da indústria norte americana que vem se recuperando da crise internacional. Ele também trará uma abordagem mais técnica que mostrará os aspectos de resiliência aplicado ao concreto com cases de estruturas que resistiram a terremotos e como esses fatores estão sendo levados em conta na formatação de normas nos Estados Unidos. - Apresentação 20 de maio, às 14h.

Inovação - Martin Schneider, CEO da alemã Verein Deutscher Zementwerke (VDZ), abordará o progresso e as inovações da indústria de cimento na Europa. O VDZ é um dos centos de pesquisa de cimento mais conceituados no Mundo. Ele enfatizará a tecnologia de captura e armazenamento de carbono como solução do futuro para mitigação de CO2 nos processos industriais, apesar do alto custo atual, inclusive abordando o uso de argilas calcinadas neste processo – Apresentação dia 20 de maio (terça-feira), às 9h.

Cogeração de energia elétrica pela indústria de cimento – Em tempos de economia de energia no Brasil, a chinesa Rosy Wang, diretora de Soluções Mundiais para Cimento da Schneider Electric vai mostrar em sua palestra um novo modelo de geração de energia elétrica a partir do aproveitamento dos gases quentes dos fornos de cimento. – Apresentação dia 20 de maio (terça-feira), às 16h10.

. Programação completa do evento: [www.cbcimento.com.br/index.php/programacao/programacao-do-evento].

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