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17/05/2014 - 10:51

Encontro Brasileiro de Silvicultura reúne setor responsável por 4,5% do PIB nacional

O 3º Encontro Brasileiro de Silvicultura, um dos mais importantes eventos técnicos do setor de florestas plantadas no Brasil, começa no dia 19 de maio (segunda-feira), em Campinas/SP. O evento, que conta com coordenação técnica da Embrapa Florestas e organização da Malinovski Florestal, tem como objetivo preparar os profissionais do setor florestal, com base científica e tecnológica, para novos desafios, em especial o de manter o país em elevados patamares no mercado florestal mundial. O setor representa hoje 4,5% do PIB nacional.

Para isso, a programação conta com muitos “cases” do setor florestal, aliados a resultados de pesquisa. Estão previstos quatro blocos de assuntos. O primeiro vai tratar das atualidades e perspectivas da mecanização e automação na silvicultura, com palestras que vão abordar riscos e benefícios, impactos da colheita no solo, silvicultura de precisão entre outros. O segundo bloco vai trazer questões pertinentes à tomada de decisão na silvicultura, com palestras sobre melhoramento genético, nutrição, fatores hídricos e indicadores. A manutenção de florestas e o manejo integrado de pragas serão temas do terceiro bloco, que vai tratar de pragas de eucalipto e pínus, formigas (uma das pragas de maior interesse atualmente) e controle de plantas invasoras. No quarto bloco, os participantes do Encontro Brasileiro de Silvicultura se unem aos participantes do Seminário de Atualização sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal para discutir a Cadeia Produtiva da Madeira. Mercado, fomento, integração Lavoura-Pecuária-Floresta, formação de “clusters”, legislação e estímulos governamentais e perspectivas para o setor estarão em debate, levantando questões relevantes sobre o mercado atual e futuro.

Além dos dois dias de palestras, 125 trabalhos científicos foram aprovados e serão apresentados em formato de pôster digital, trazendo à discussão o que há de mais atual em silvicultura de plantios florestais no Brasil. Segundo o coordenado técnico do Encontro, Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas, “esperamos com este evento possibilitar não só o aumento do conhecimento, mas também a troca de experiências, aliando teoria e prática. Está aí uma oportunidade ímpar para conhecer o que há de ponta no setor florestal brasileiro”.

O Encontro faz parte da III Semana Florestal Brasileira, que conta também com XVII Seminário de Atualização em Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal e a 3ª Expoforest – Feira Florestal Brasileira, a maior feira florestal dinâmica da América Latina.

O setor de florestas plantadas no Brasil -O setor de florestas plantadas tem forte participação na economia nacional. Dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF) indicam que, em 2012, o valor bruto da produção (VBP) obtido pelo setor totalizou R$ 56,3 bilhões. Já os tributos arrecadados corresponderam a R$ 7,6 bilhões (0,5% da arrecadação nacional). O saldo da balança comercial da indústria nacional de base florestal foi na ordem de US$ 5,5 bilhões. O setor manteve 4,36 milhões de postos de trabalho, 621 mil diretos, 1,31 milhão indiretos e 2,42 milhões resultantes do efeito renda. A expansão da base florestal brasileira é estimada em 10 milhões de hectares até 2025, com grande utilização de áreas já desmatadas e de baixa produtividade agropecuária. Pequenas e médias propriedades manterão papel crescente na cadeia da madeira, em zonas novas ou tradicionais, atuando em grande parte para o mercado local. Segundo Oliveira, “ainda há espaço para grandes projetos de plantação florestal, diferentemente do que ocorre em outros países grandes produtores. Podemos também destacar o forte espaço e demanda para a expansão de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)”.

A silvicultura brasileira possui uma série de vantagens em relação à de outros países. “Nossas condições edafo-climáticas são muito favoráveis à produtividade florestal e possibilitam ciclos de rotação mais curtos”, explica Oliveira. O Brasil possui plantações de espécies variadas, com diferentes idades e localizações, além de diversos polos florestais com plantações, indústrias verticalizadas e mercados organizados. É uma cadeia bastante complexa, que envolve desde coleta de sementes, plantio e planejamento, mas o avanço tecnológico da silvicultura nacional é equiparável aos dos maiores países produtores. “Dispomos de ótimo material genético, ferramentas computacionais para o planejamento e manejo adequado e técnicas de manutenção florestal, como controle integrado de pragas”, avalia o pesquisador. [www.expoforest.com.br].

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