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20/05/2014 - 07:18

O rio Tocantins no olhar dos viajantes – paisagem, território, energia elétrica


Lançamento da obra pelo Centro de Memória da Eletricidade do Brasil.

O Centro da Memória da Eletricidade no Brasil acompanha as transformações no setor de energia elétrica, registrando e promovendo a preservação da memória e evidenciando a sua importância para a história contemporânea do país. O trabalho de pesquisa recente dá luz às regiões Centro-Oeste e Norte, com a obra O rio Tocantins no olhar dos viajantes - paisagem, território, energia elétrica. O termo viajante trata do olhar de diferentes pessoas que por ali passaram, com registros iconográficos e documentos primários que dão conta das descrições de um curso d’água, seu entorno e populações que já habitaram a localidade, em um mergulho desde o período colonial até os dias de hoje.

Dividido em oito capítulos, o livro reúne pérolas como os escritos dos capuchinhos que estiveram no Maranhão e no Pará na primeira metade do século XVII, com um registro sobre a natureza. Frei Cristóvão de Lisboa realizou uma “bandeira apostólica” no sertão do Tocantins, deixando uma obra de contribuição à história natural, considerada pelos especialistas atuais de botânica e de zoologia como de qualidade superior a de seus congêneres franceses.

Inicialmente encarregado pelas descrições mineralógicas do Tocantins, o médico Johann Emmanuel Pohl também foi responsável pelo relato de coleções de vegetais e zoologia do local. Em 1819, ele percorreu o rio Tocantins entre Porto Real e Cocal Grande, em uma jornada de ida e volta que durou 22 dias.

“Colocar em perspectiva as interferências humanas no vale de um rio e seus desdobramentos constitui um excelente exercício para compreender o mundo no qual nos movemos e atuar com responsabilidade”, afirma Mario Fernando de Melo Santos, presidente do Centro de Memória da Eletricidade no Brasil.

A origem do nome do rio Tocantins, ao que tudo indica, é em referência a uma tribo indígena moradora de suas margens, da qual não se conservam registros. A origem quase misteriosa do nome combina com as lendas criadas a respeito de uma lagoa dourada, epicentro de terras encantadas cobertas de ouro, um sonho que levou homens de diversos cantos do mundo a se embrenharem nos sertões, desbravarem rios e descobrirem o Brasil para além do litoral.

Embora o Tocantins não tenha se revelado como um eldorado, o rio descerrou aos navegantes distintas riquezas naturais. A bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia ocupa uma área que correspondente a 11% do território do país e o rio é o segundo maior em extensão do país, atrás apenas do rio São Francisco. Com 2,4 mil quilômetros, o Tocantins atravessa os estados de Goiás e Tocantins, passando pelo Maranhão e chegando ao Pará. Atravessa dois dos mais importantes biomas brasileiros: o cerrado e a floresta amazônica. O Tocantins já abriga sete hidrelétricas, produz energia limpa e renovável com cerca de 12 mil megawatts instalados.

Centro de Memória da Eletricidade no Brasil (CMEB) -Sediado no Rio de Janeiro, o Centro da Memória da Eletricidade no Brasil é uma instituição cultural sem fins lucrativos, criada em outubro de 1986 por iniciativa da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras). Ao longo de quase três décadas de atuação, o CMEB vem desenvolvendo ações de preservação de memória de forma continuada. Sua atuação, no âmbito do setor de energia elétrica, é dirigida em especial aos agentes responsáveis pela geração, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica no país. Nos últimos anos, o setor foi palco de muitas redefinições em seu modus operandi, em função das quais passou a abrigar empreendedores de origens variadas (públicos, privados, brasileiros, estrangeiros, antigos e novos), formando parcerias com múltiplas composições para desenvolver aproveitamentos hidrelétricos.

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