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22/05/2014 - 10:11

Mielodisplasia é uma doença grave e geralmente confundida com a anemia

Síndrome é pouco conhecida porém se não for tratada pode virar uma leucemia aguda.

Facilmente confundida com anemia, a Mielodisplasia ocorre quando as células-tronco hematopoéticas da medula óssea sofrem alterações, deixando de produzir de forma correta os glóbulos vermelhos, neutrófilos e plaquetas, podendo levar o paciente a quadros de anemia, infecções e sangramentos. A doença incide principalmente entre a Terceira Idade (60 e 80 anos de vida), sendo que 30% dos casos entre as idades de 60 a 70 anos e 60% ocorrem entre as idades de 70 a 80 anos. Até a idade de 50 anos a taxa de incidência da Mielodisplasia é maior em mulheres, mas depois de 50 a maioria dos casos aparece em homens. Em cerca de um terço dos pacientes, a Mielodisplasia pode evoluir para um câncer de rápido crescimento como a Leucemia Mielóide Aguda.

“O principal sintoma da doença é a anemia moderada ou grave. Fadiga exagerada, falta de fôlego para atividades normais, palidez, fraqueza, perda de apetite também podem estar presentes. Em alguns casos o sangramento da pele e o sangramento prolongado de cortes também aparecem entre os sintomas, resultado da baixa contagem de leucócitos e plaquetas’ explica Celso Massumoto, oncohematologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O tratamento pode incluir medidas paliativas, como transfusões periódicas de plaquetas e hemácias. Outra opção terapêutica são os medicamentos hipometilantes, que têm um mecanismo responsável pela alteração do funcionamento dos genes supressores tumorais. “O transplante de medula óssea também é indicado em alguns casos, porém por ser um procedimento de alto risco só é realizado em casos onde o estado geral do paciente é bom e quando não há resposta aos tratamentos convencionais. Como a Mielodisplasia é uma doença que acomete predominantemente pessoas idosas, infelizmente muitas delas não tem condições clínicas de se submeterem ao transplante de medula óssea”, destaca Massumoto.

A quimioterapia usada em alguns tratamentos pode causar a síndrome. Outros fatores de risco são: síndromes genéticas (anemia de de Fanconi e síndrome Shwachman-Diamond), fumo e Exposições ambientais (altas doses de exposição à radiação ou exposição a longo prazo no local de trabalho ao benzeno e determinados produtos químicos utilizados nas indústrias de petróleo).

Perfil - Celso Massumoto (CRM 48.392), doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), é médico onco-hematologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Comitê Científico da Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma (Abrale), na capital paulista. Publicou Células-Tronco -- Como Coletar, Processar e Crioprocessar (Atheneu) e Como Viver em Harmonia com o Câncer.

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