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23/05/2014 - 06:14

Equipe de robótica RioBotz/PUC-Rio quebra invencibilidade norte-americana de 20 anos com medalha de ouro na principal categoria da Stem Tech Olympiad 2014

E conquista também mais uma prata e um bronze.

Touro Maximus foi o primeiro robô não norte-americano a ser campeão da categoria heavyweight nos EUA — algo inédito para a equipe — e também o primeiro a receber o troféu “Best In Show”

A equipe carioca RioBotz/PUC-Rio foi a grande campeã da Stem Tech Olympiad 2014, realizada de 4 a 6 de maio, em Miami, nos EUA. Participando pela primeira vez da competição, a equipe, que já ultrapassava as cem medalhas até então, voltou para casa com mais três vitórias: ouro na categoria heavyweight (100 kg), prata na fairyweight (150g) e bronze na middleweight (54 kg). A RioBotz conquistou também o inédito troféu “Best In Show” para o Touro Maximus (100kg), eleito — pelos próprios adversários — como o melhor robô da categoria na competição.

Touro Maximus sagrou-se campeão mundial após cinco combates. Nos dois primeiros, um único golpe definiu as lutas, em poucos segundos. Na terceira luta, o adversário desistiu para não danificar ainda mais seu robô. O quarto duelo teve maior grau de dificuldade e o brasileiro acabou preso na lateral da arena. No entanto, por ter vencido as três primeiras lutas, teve direito a uma segunda final e não desperdiçou a chance: mesmo tendo sido capotado, Touro Maximus continuou atacando, e deixou funcionando apenas uma das rodas do Polar Vortex, do veterano Michael Maulding, fundador da Lycos. Os juízes deram vitória ao Touro Maximus, por unanimidade.

Riobotz Stem Tech maio 2014 -Este resultado teve enorme repercussão entre os internautas nos EUA. Michael Maulding postou nas redes sociais que o Polar Vortex perdeu para o Touro Maximus na final, mas que o resultado foi justo e não houve irregularidade. “Essa foi a maior vitória da história da RioBotz, por dois motivos: fomos campeões na categoria de combate heavyweight — a de maior prestígio no torneio. Nos 36 campeonatos mundiais heavyweight realizados nos EUA desde 1994, todos os campeões foram dos EUA. É a primeira vez na história da competição de combate que um robô de língua não inglesa vence um mundial”, diz Meggiolaro.

Na categoria fairyweight, o robô Pocket, de 150g, terminou as disputas em primeiro lugar empatado com outros dois robôs. Porém, no confronto de desempate, ficou com a prata. Já na middleweight, o robô Touro, de 54kg, venceu a maioria dos combates e era um dos favoritos, pois havia sido ouro na RoboGames 2013. Mas perdeu por problemas no motor elétrico brushless, que estreou nessa competição e ficou com o bronze na StemTech. “Testar motores inéditos em combates faz parte do processo de inovação. É arriscado, mas de grande recompensa quando garantem superioridade nos anos subsequentes”, diz Meggiolaro.

A RioBotz/PUC-Rio sempre foi presença garantida na RoboGames, realizada tradicionalmente em abril, na Califórnia. Porém, como o evento não foi realizado este ano por seus organizadores, a Stem Tech Olympiad promoveu a reunião de robôs da RoboGames e da Battlebots, as duas competições mais famosas dos EUA até ano passado. “A competição proporcionou o encontro de equipes que raramente se enfrentavam, mantendo o combate de robôs ativo em um evento internacional. Além disso, estimulou muitas equipes universitárias, incluindo categorias exclusivas para equipes amadoras de escolas”, revela Meggiolaro. E acrescenta: “A Stem Tech, organizada pela USATL (United States Alliance for Technological Literacy), instituição voltada para o desenvolvimento de novas tecnologias, promete tornar-se o novo ponto de encontro mundial de robôs de combate”.

A RioBotz/PUC-Rio foi formada em janeiro de 2003 com o objetivo de projetar e construir robôs de competição. Em onze anos de muitas batalhas, a equipe já contabilizou 56 títulos, sendo 35 campeonatos nacionais e 21 medalhas de ouro em competições ao redor do mundo. Outras 48 medalhas são a soma de 28 pratas (13 delas internacionais) e 20 bronzes (11 internacionais), totalizando 104 medalhas.

A equipe é composta atualmente, em sua maioria, por alunos das Engenharias de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica. Segundo Meggiolaro, participar de uma competição deste porte é um estímulo para os estudantes. “A Robótica é uma ciência multidisciplinar que fornece bases para a aplicação de diversas engenharias, dentre elas a Elétrica, Mecânica e de Computação. O aluno aprende um pouco sobre todas essas áreas e, principalmente, como integrá-las. No mercado atual, dificilmente se encontra um produto de alta tecnologia puramente mecânico ou elétrico: todas essas engenharias são importantes para a geração de um produto competitivo”.

Os integrantes da RioBotz têm a possibilidade de adquirir conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos, além de utilizar na prática os conhecimentos obtidos em sala de aula. Embora seu foco seja a construção de robôs de combate, as tecnologias envolvidas podem ser aplicadas em diferentes setores como a indústria de energia, petróleo e médica.

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