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23/05/2014 - 06:39

Compartilhamento: uma tendência nos diversos segmentos de negócios

O compartilhamento de bens entrou na pauta dos mercados mais maduros e avança gradualmente junto aos emergentes, como o Brasil, em contraponto ao movimento norte-americano, nos anos 50, cuja meta era acumular bens. As novas gerações de jovens entre 20 e 35 anos, que vivem principalmente em grandes centros, vêm mudando suas relações de consumo e, destacadamente nos últimos anos, passaram a adotar um novo modo de vida, em que se privilegia a postura de não possuir bens próprios, mas sim de utilizá-los de forma compartilhada.

Foi nesse contexto que surgiu a economia do compartilhamento, que engloba a locação de espaços, da qual o principal exemplo é o case do site Airbnb, que captou US$ 10 bilhões de recursos de fundos e se tornou famoso por disponibilizar ofertas de quartos compartilhados em residências -, e na qual também se destaca o compartilhamento de veículos, oferecido por empresas como o Zipcar, o Car2Go e Enterprise CarShare, onde os veículos podem ser retirados ou deixados em ruas ou estacionamentos.

Esse conceito tem similaridade com outro que vem ganhando adeptos de forma crescente no meio empresarial e fora dele: o da propriedade compartilhada. Em ambos os casos, os modelos de operação trazem, em sua essência, a proposta de se racionalizar os recursos e o uso dos bens. Embora no primeiro caso se busque dispensar a posse do bem, no segundo, o compartilhamento da posse é o caminho mais sustentável para empresas e pessoas de alto poder aquisitivo que demandam grande número de horas de uso de um determinado bem, seja ele um automóvel, um helicóptero ou um jato executivo. Nesse caso, ter um bem compartilhado chega a representar um custo até menor do que a locação, dependendo da demanda e do tempo de utilização.

A prática do compartilhamento da propriedade – destacadamente de bens de luxo -, se desenvolveu mais fortemente no mercado norte-americano e ganhou fôlego no Brasil nos últimos 10 anos. Tenho acompanhado este movimento através do Prime Fraction Club, o primeiro clube brasileiro a compartilhar bens de luxo como aeronaves, embarcações e carros.

Um dos aspectos que mais chamam atenção nestes modelos de negócios é a economia propiciada pelo bem compartilhado em comparação ao bem de uso exclusivo. O cotista, além de se isentar das preocupações do bem de uso exclusivo, também obtém uma expressiva economia na aquisição do ativo, quanto em sua manutenção.

Por fazer parte de uma percepção mais inteligente de redução de desperdícios e gastos desnecessários, o compartilhamento se tornou um modelo inteligente e adequado ao momento atual em que vivemos, seja nas situações em que não há posse do bem, quanto naquela em que esta é dividida.

Este sistema faz parte de uma nova economia. A sociedade está descobrindo uma nova forma de consumo, onde o consumo individual passa a dar espaço para o consumo compartilhado. No futuro existirá a compra, mas ela terá um modelo mais sustentável, será uma evolução natural e inevitável.

. Por: Marcus Matta, presidente do Prime Fraction Club

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