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24/05/2014 - 07:52

HCor Neuro realiza cirurgia inédita contra depressão

Hospital implantou no dia 21 de maio (quarta-feira), eletrodos para estimular nervo ligado ao cérebro. Técnica faz parte de estudo que também investiga a eficácia do marca-passo cerebral contra a obesidade

O núcleo de neurociência e neurocirurgia do HCor, o HCor Neuro, deu no dia 21 de maio (quarta-feira), mais um passo importante nas pesquisas com o marca-passo cerebral. Em cirurgia inédita, o hospital implantou eletrodos no nervo trigêmeo de uma paciente com depressão moderada refratária. O procedimento investigará a eficácia da estimulação elétrica contra a doença.

Recentemente, o HCor Neuro realizou outra cirurgia inédita envolvendo o uso de marca-passo cerebral. Um paciente com obesidade mórbida teve o equipamento implantado para ser investigada a eficácia da estimulação elétrica profunda do cérebro contra o excesso de peso. Espera-se que o método aumente o metabolismo basal (gasto calórico em repouso) do paciente.

No caso da depressão, o estudo se baseou em outra pesquisa realizada nos Estados Unidos. Nela, pacientes com epilepsia receberam estímulos elétricos no nervo trigêmeo e tiveram, como efeito secundário, melhoria contra depressão.

A neurocirurgiã Dra. Alessandra Gorgulho, coordenadora do HCor Neuro, explica que outros estudos já foram realizados com estimulação intermitente do nervo, com eletrodos colados na testa do paciente. “Com o implante, acreditamos que a adesão ao tratamento seja maior e também investigaremos a eficácia de estímulos contínuos”, explica ela.

O nervo trigêmeo é uma via importante de acesso ao cérebro, localizada na altura das sobrancelhas. Espera-se que, por meio dele, o estímulo elétrico ajude a modular funções do cérebro que, em pacientes deprimidos, estão fora dos padrões ideais.

No total, o estudo será realizado com 20 pacientes com depressão moderada refratária, ou seja, que não responderam ao tratamento com medicamentos e psicoterapia. Contudo, os demais tratamentos serão mantidos durante a pesquisa. O estudo deve durar um ano. “É uma pesquisa robusta”, afirma a Dra. Alessandra.

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