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19/12/2007 - 11:07

3G no Brasil: beco sem saída ou mar de oportunidades?

São Paulo – Com o iminente leilão para concessão das licenças 3G no País, a ansiedade é grande entre as empresas do setor. Hoje, basta uma rápida olhada nos resultados financeiros das operadoras móveis no Brasil para ver os baixos níveis de lucro. “Considerando os resultados do terceiro trimestre deste ano, a média do EBTIDA das operadoras brasileiras foi de 23%, enquanto a maioria das operadoras européias vem trabalhando com margens de até 40%”, afirma Alex Zago, analista de telecom da IDC Brasil responsável por este CIS.

Razões para isso não faltam. Temos uma alta incidência de usuários pré-pagos - 80% do total da base de assinantes - com gasto médio de 10 dólares mensais; a contribuição proveniente de dados dentro do total das receitas das operadoras móveis foi de apenas 9% no terceiro trimestre de 2007; e a forte competição do mercado móvel que requer altos investimentos para aquisição de novos clientes, como os subsídios de aparelhos, publicidade, promoções, etc., são as principais razões dos lucros menores no mercado móvel nacional.

Ao analisar o caso da Malásia, país emergente que contou com várias operadoras lançando de forma simultânea os serviços 3G – semelhante com o que pode acontecer no Brasil --, é possível especular um cenário. Mais de dois anos após a introdução da primeira rede de terceira geração no país, a migração dos serviços 2G para 3G tem se mostrado lenta. Mesmo seguindo a cartilha, com oferta de promoções, subsídios de aparelhos, planos com preços atrativos e publicidade, etc, hoje a Malásia ainda conta com menos de 4% do total de usuários móveis assinando um plano de 3G.

E, apesar de todos os serviços 3G que as operadoras lançaram por lá, como de acesso banda larga, vídeo fone, download de músicas inteiras, video-greetings, etc, nenhuma mudança significativa foi verificada na ARPU. Basicamente, os usuários atuais de 3G na Malásia gastam quase o mesmo tanto que antes concediam às suas contas de 2G.

“Isso nos mostra que em curto e médio prazos o 3G pode não ser um forte gerador de receita para as operadoras móveis. Mas essa situação não significa que o 3G não vá decolar. Acreditamos que, a partir de 2009, este mercado possa acelerar por conta da maior disponibilidade de serviços 3G para os assinantes de pré-pagos, com redução nos preços dos aparelhos e avanços nos serviços de terceira geração”, analisa Zago.

De acordo com a IDC, no curto prazo o Brasil tende a seguir os mesmos passos da Malásia. No médio prazo, no entanto, a migração de 2G para 3G tende a crescer mais rapidamente. Para Zago, porém, ainda observando o caso da Malásia, “Não há evidências claras de que o crescimento do 3G vá reverter em mais ARPU para as operadoras móveis brasileiras”.

A análise do potencial dos serviços de 3G no mercado brasileiro é tema do novo CIS (Continuous Intelligence Service) da IDC, boletim mensal dedicado aos clientes da consultoria com assuntos emergentes do mercado de telecomunicações.

Perfil da IDC - IDC, empresa líder em inteligência de mercado, consultoria e conferências nos segmentos de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, utiliza sua extensa base de conhecimento sobre o mercado, provedores e consumidores para auxiliar seus clientes no endereçamento de questões estratégicas relativas à oferta e ao uso de soluções tecnológicas. A IDC possui mais de 900 analistas, distribuídos em 90 países, e há mais de 43 anos provê informação global, regional e local sobre tecnologias, oportunidades e tendências. A IDC é subsidiária da IDG, líder mundial em mídia de tecnologia. | www.idc.com.

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