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30/05/2014 - 05:34

A Potência do Objeto


Exposição marca a apresentação, ao público, do projeto que transformará o conjunto histórico de três edifícios centenários na Praça Tiradentes em um moderno centro de referência do artesanato brasileiro.

A partir do dia 31 de maio de 2014, às 11 horas, será aberta a exposição “A Potência do Objeto”, que reúne peças de artistas populares e artesãos de várias regiões do país, que revelam para o público a excelência desta produção artesanal. A iniciativa é do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e marca a apresentação do projeto do novo Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, que ocupará o conjunto histórico dos três prédios centenários na Praça Tiradentes, atualmente em obras de restauro e modernização, entre eles o Solar Visconde do Rio Seco.

Os três edifícios, que serão interligados pelo projeto arquitetônico de revitalização do local, abrigarão o novo Centro, uma inovadora plataforma de conexões deste amplo universo do artesanato brasileiro, que irá articular seus artesãos entre si, e a redes de negócio, pensamento e pesquisa, e ainda a outras esferas criativas, como a arte, o design, a arquitetura e a moda.

O diretor-superintendente do Sebrae/RJ, Cezar Vasquez, ressalta que o novo espaço funcionará também como uma âncora cultural da região e criará um corredor de lazer e comércio. “O local será também uma grande vitrine da produção e comercialização do artesanato, um espaço cultural urbano inovador, contemporâneo, uma peça-chave para as experiências que transformarão o artesanato em objeto do desejo por meio de um mix de atividades, em diversas áreas, como exposições, uma loja-evento, midiateca, oficinas, espaços multiuso, café, bar e restaurante”, afirma.

A partir de uma gestão pioneira e inovadora, o novo Centro terá uma importante interface virtual, com um acervo digitalizado de obras, catálogos, livros, documentos, audiovisual, entre outros materiais ligados a esta área. Haverá ainda interfaces institucionais, multidisciplinares, com eventos que aproximem o artesanato brasileiro de todo o sistema da economia criativa no país.

O desenvolvimento do projeto foi realizado pelo Sebrae com consultoria do Grupo do Rio, com direção de criação de Jair de Souza e direção executiva de Marisa Manfredini.

Exposição “A Potência do Objeto” -A exposição “A potência do objeto” será instalada em meio à obra de restauro e readequação dos prédios centenários, em uma área de aproximadamente 400 metros quadrados dentro do Solar Visconde do Rio Seco. Serão sete conjuntos de peças, de diferentes regiões brasileiras, escolhidos a partir de seus mestres, história e cultura, agrupadas como instalações, de modo a potencializar sua importância. Os trabalhos são feitos em barro, madeira, fibras vegetais e tecidos.

A partir das instalações, o visitante fará uma viagem pelas regiões do Brasil de modo lúdico, sem uma ordem geográfica. Os espaços da exposição são os seguintes:. Os leões de Tracunhaém (Pernambuco) – Criados em barro e tendo o Mestre Nuca (Manoel Borges da Silva) como personagem matricial, os leões são hoje replicados por vários artesãos da comunidade. Nascido em Nazaré da Mata, em Pernambuco, foi em Tracunhahém que aprendeu a trabalhar com argila.  Quando recebeu a encomenda de uma escultura de leão, a partir de louça portuguesa vinda do Recife Antigo, deu início a sua mais famosa série: os leões de Tracunhaém. Os caracóis foram ideia de sua mulher Maria. Logo se tornaram sua marca e fizeram dele o mais famoso ceramista da cidade.

. As cabeças de Irinéia (Muquém, Alagoas) – No povoado quilombola remanescente de União?de Palmares, Irinéia Rosa Nunes da Silva modela suas cabeças de barro como ex-votos que, em seu silêncio rústico, ocupam com vigor o espaço. Hoje integram diversas coleções de arte.

. As Varinhas da Conquista (Marajó, Pará) – Produzidas na Ilha de Marajó, as Varinhas da Conquista, também conhecidas como Varinhas do Amor, estão em extinção. Feitas com talos de madeira de Santa Clara, Tapiririca e Morototó ainda verde, são esculpidas com gilete, canivete ou estilete. Apenas as mulheres podem “bordá-las” com a lâmina, fazendo desenhos “mágicos”, inspirados na iconografia marajoara. Uma tradição passada de mãe para filha.

. Luminárias de Ladrilã (Rio Grande do Sul) – As Anêmonas de Luz surpreendem pelos formatos e textura, em que o encontro da lã com a luz cria uma atmosfera acolhedora. Criada pelo grupo de mulheres do projeto Ladrilã, de Pelotas, desenvolvido pelas designers Tina Moura e Lui Lo Pumo, a premiada série de luminárias em lã e feltro é inventiva e contemporânea.

. Arteflora (Brasília, Distrito Federal) – Tendo como matéria-prima folhas, hastes e flores típicas do cerrado, como a folha-moeda, o artesanato de flores do cerrado faz parte do cenário de Brasília, e até exportadas por cooperativas e artesãos. O grupo Arteflora, formado por mulheres das cidades satélites de Brasília, está entre os mais ativos grupos de empreendedorismo no país. Pela mão dos artesãos, folhas se transformam em flores, tão delicadas que parecem rendas. Depois de um processo de secagem – a esqueletização – elas são misturadas com hastes e sementes. Surgem, então, as flores, que podem também ser coloridas com urucum, açafrão e casca de caju. Com a mesma técnica, as folhas secas são usadas em joias, painéis e bolsas.

. Mulheres de Zezinha (Turmalina, Minas) – As bonecas de barro claro de Zezinha estão entre as mais conhecidas cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Maria José Gomes da Silva aprendeu a modelar o barro com seus pais, também ceramistas, em Turmalina. Suas noivas, mães com seus filhos, mulheres em tarefas domésticas fizeram fama por sua expressão única, e foram se tornando cada vez mais sofisticadas, com ricos vestidos cheios de detalhes e adereços.

. Rendas e bordados (Várias regiões) – Uma expressão múltipla de nossa cultura, resultado das técnicas que chegaram ao Brasil vindas de diferentes lugares da Europa. Recriadas com novas tramas e pontos, se tornaram expressão cultural de diversas regiões, como a renda Renascença, de Pernambuco, a Irlandesa, de Sergipe, as feitas em bilro, na Bahia e em Santa Catarina, a Frivolité, do Piauí, ou a Tenerife, de São Paulo. Os bordados também são muitos, como os tradicionais de Rio e Espírito Santo, o Labirinto, de Santa Catarina, o Redendê, de Sergipe, e o Richelieu, do Rio Grande do Norte.

. [Exposição “A Potência do Objeto”, de 31 de maio a 26 de julho de 2014, terça-feira a sábado, das 10h às 18h, noCentro de Referência do Artesanato Brasileiro, Praça Tiradentes, 67 (Solar Visconde do Rio Seco), Centro, Rio de Janeiro.A exposição não abre nos feriados.Entrada gratuita | Telefone: (21) 98475-0729 | Site: www.artesanatobrasileiro.art.br].

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