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03/06/2014 - 09:31

10 erros comuns ao testar eletricidade


Profissionais que trabalham com eletricidade rapidamente desenvolvem um respeito saudável por qualquer coisa que tenha uma possibilidade remota de estar "viva". Entretanto, a pressão para terminar o trabalho dentro do prazo ou fazer com que um equipamento de missão crítica volte à atividade pode provocar descuidos e erros incomuns até mesmo nos eletricistas mais experientes. É preciso estar atento para garantir e maximizar a segurança nas medições elétricas e assim otimizar o desempenho dentro do ambiente de trabalho.

Ao executar uma medição elétrica é fundamental que o eletricista não troque o fusível original por um mais barato. Se o multímetro digital cumpre com os padrões atuais de segurança, esse dispositivo é um fusível especial de areia, projetado para estourar antes que a sobrecarga chegue às mãos do profissional. Ao trocar o fusível do Multímetro é necessário certificar-se de usar um fusível autorizado.

Outro erro comum no teste de eletricidade é usar um pedaço de fio ou metal para "desviar" totalmente do fusível. Isso pode parecer um bom e rápido reparo para situações em que não há um fusível extra, mas é exatamente esse fusível que pode proteger o profissional de um pico de energia.

Para garantir uma medição segura, também é necessária a utilização de uma ferramenta de teste adequada. É importante que o Multímetro seja apropriado para o trabalho a ser feito. O ideal é assegurar-se de que o equipamento de teste tenha a classificação correta de categoria para cada trabalho que o eletricista desempenha, mesmo que isso exija a troca de Multímetros ao longo do dia.

Escolher o Multímetro mais barato é um fato comum no teste elétrico, afinal, o dispositivo pode ser utilizado depois. Porém, caso ocorra um acidente , é sinal de que a ferramenta barata não tinha os recursos de segurança que afirmava ter. Desta forma, o melhor a se fazer é procurar testes de laboratórios independentes.

Equipamentos de segurança como óculos, luvas e a vestimenta à prova de fogo são indispensáveis para que o eletricista esteja sempre protegido. Além disso, o circuito no qual o profissional está executando seu trabalho deve ser desenergizado sempre que possível. Caso a situação exija que o trabalho seja desempenhado em um circuito vivo, é essencial que o profissional utilize ferramentas com isolamento adequado, tire relógio e joias e permaneça sobre um tapete isolado.

Para uma medição sem riscos não se pode abrir mão de utilizar procedimentos adequados de lockout (bloqueio)/tagout (colocação de avisos). Ao trabalhar com circuitos vivos, um velho truque dos eletricistas pode ajudar e muito: ficar com uma das mãos no bolso. Isso diminui a possibilidade de fechar um circuito ao longo do tórax, passando pelo coração. O ideal é pendurar ou apoiar o medidor, evitando segurá-lo nas mãos para impedir a exposição aos efeitos dos transientes

As pontas de prova são um componente importante da segurança do Multímetro, portanto, menosprezá-las é inadmissível. As pontas de prova devem corresponder ao nível de categoria do trabalho, além de isolamento duplo, conectores de entrada reforçados, proteção para os dedos e superfície que não escorrega.

Não utilize indefinidamente uma ferramenta de teste antiga. As ferramentas de teste atuais contêm recursos de segurança que antes eram desconhecidos e que justificam o custo da atualização do equipamento, além de serem muito mais baratos do que uma ida ao pronto-socorro.

Merece ser ressaltado que nenhuma ferramenta, por maior qualidade e número de certificações que tenha, faz o trabalho sozinha. Cabe ao usuário, aprender os regulamentos e padrões de segurança e usá-los com eficiência no trabalho. Afinal de contas, é a segurança dele, principalmente, que está em jogo.

. Por: René Guiraldo, Gerente Nacional de Vendas da Fluke do Brasil.

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