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03/06/2014 - 09:31

Medição óptica, a nova revolução industrial

Ao longo das últimas décadas do século 18, o mundo viu ter início aquela que é considerada a primeira Revolução Industrial, responsável por transformar toda a produção de fábricas na Europa e, anos depois, nos Estados Unidos. Foi nesse período que o mundo conheceu as primeiras máquinas utilizadas na manufatura e, consequentemente, passou a enxergar que, de fato, é possível evoluir na execução de processos industriais.

Mais de 250 anos depois, uma nova revolução começa a ganhar espaço nas indústrias de todo o mundo, por meio de uma técnica tão inovadora quanto a introdução das máquinas nos trabalhos dos anos 1700 e 1800: a medição óptica. Mas o que exatamente é isso? A medição ou digitalização óptica nada mais é que a utilização de um escâner extremamente preciso no processo de produção, capaz de gerar na tela do computador um arquivo em três dimensões idêntico à peça real.

Já utilizada em algumas das maiores companhias do mundo, como Volkswagen, Embraer, Ford, GM, Honda, Fiat, Toyota e Whirlpool, a tecnologia começa a ganhar espaço no mercado por meio das pequenas e médias empresas. Por mais incrível que possa parecer, a medição óptica já está disponível também para elas, já que, representa economia de tempo e dinheiro. A utilização de moldes e protótipos na produção tem tudo para, em pouco tempo, ser considerada uma nova revolução industrial, pois esses são um facilitador para que soluções de alta qualidade sejam oferecidas aos consumidores.

Graças ao escaneamento, as indústrias conseguem controlar a qualidade do produto ou da ferramenta que o está produzindo, comparando o resultado adquirido com o modelo CAD que gerou o produto, não apenas em alguns pontos, mas em toda a superfície e todos os detalhes da peça. Ou seja, apenas escaneando uma superfície, é possível controlar a qualidade, por exemplo, de toda linha de automóveis de uma fábrica.

Além disso, a tecnologia permite pôr em prática a engenharia reversa, nome dado ao procedimento em que se descobrem os princípios tecnológicos de um dispositivo por meio da análise de sua estrutura e operação. A digitalização óptica é utilizada para a geração de modelos 3D em CAD de qualquer tamanho, complexidade e densidade, que proporcionam a reconstrução de peças, moldes e ferramentas, a fim de localizar imperfeições e encontrar o melhor formato para o produto final.

Entre as aplicações mais interessantes da digitalização óptica, está a medição automatizada, na qual o processo produtivo é controlado automaticamente, com robôs alimentando células de medição (robôs com sistemas ópticos acoplados). Este processo está atualmente sendo aplicado na indústria automobilística com grande sucesso, pois permite a visualização não apenas de poucos pontos, mas de toda a peça de interesse. Os softwares também passam por uma automação, em que, a partir de um aprendizado simples (ou programação), conseguem repetir todas as instruções dadas a eles, literalmente aprendendo o procedimento de medição e avaliando de maneira rápida o produto.

Fora esse processo, a engenharia reversa alimenta outro grande avanço: a prototipagem rápida. Nesse procedimento, o arquivo CAD gerado é enviado para a cuba de resina (uma espécie de grande impressora 3D), é materializado de forma idêntica à peça projetada e, então, serve como molde para a identificação de erros no design e na funcionalidade do produto oferecido ao usuário final. Desde que começaram a ser utilizados nas grandes indústrias, os protótipos têm otimizado os processos e hoje já são capazes de reduzir entre 50% e 80% o tempo gasto no ciclo de desenvolvimento de um produto, além de diminuir também os custos.

. Por: Dr. Vicente Massaroti, especialista em medição óptica e gerente de engenharia da Robtec, empresa líder em serviços de digitalização óptica, impressão 3D e prototipagem rápida na América Latina.

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