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06/06/2014 - 07:18

Incor abre exposição comemorativa do Dia Mundial sem Tabaco

Narguilé é inofensivo para a saúde? Cigarro eletrônico pode ser um tratamento efetivo para parar de fumar? Incor abriu no dia 31 de maio, mostra de painéis informativos para a população.

Muitos jovens acreditam que fumar no narguilé não faz mal à saúde e não provoca dependência química, e cada vez mais adultos recorrem ao cigarro eletrônico como alternativa de tratamento para parar de fumar ou para continuar com o vício da nicotina, sem os inconvenientes do cigarro tradicional. Será que essas estratégias funcionam mesmo? Quais as alternativas de tratamento com eficácia comprovada para ajudar quem quer parar e fumar? O Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) abrirá no dia 31 de maio (sábado), Dia Mundial sem Tabaco, exposição com série de banners com respostas a estas e outras questões que rondam a cabeça das pessoas que pensam em parar de fumar ou não querem sucumbir ao vício.

Além dos painéis informativos, a exposição do Incor, que ficará aberta até 30 de junho próximo, das 8h às 20h, apresentará modelos de narguilé e cigarro eletrônico vendidos pela internet (a Anvisa ainda não autorizou a comercialização no País).

Segundo a curadora da exposição, a Dra. Jaqueline Scholz Issa, cardiologista e coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, informações como essas são importantes não apenas para sensibilizar as pessoas com relação aos malefícios do cigarro.

“A população deve conhecer as alternativas da medicina para auxiliá-la no combate ao vício e possíveis armadilhas que podem afastá-las do sucesso em seu objetivo de ficar longe do tabagismo”.

A médica cita o exemplo do narguilé. A ideia de que ele não faz mal à saúde é preocupante, pois seu consumo chega a dobrar as chances do desenvolvimento de doenças respiratórias e de câncer no pulmão; e o uso compartilhado do bocal é uma via de alto risco de contaminação de doenças transmissíveis – como resfriados, herpes, tuberculose, hepatite e infecções respiratórias.

A troca do bocal para que outras pessoas usem o aparelho não evita a exposição a essas doenças, visto que a parte interna do aparelho fica contaminada pelos usuários anteriores, alerta a médica.

Engana-se também quem consome o produto pensando estar protegido das substâncias tóxicas do fumo, por causa da filtragem da fumaça pela água. O líquido não tem essa capacidade de purificação, mas somente de dar frescor à garganta, que muitas vezes fica irritada pela alta temperatura da fumaça. “Uma sessão típica de uma hora de fumo com narguilé equivale à inalação de 100 vezes mais fumaça do que o volume de fumaça de um único cigarro”, diz Jaqueline.

Com relação ao cigarro eletrônico, a médica do Incor afirma que ainda não há pesquisas científicas suficientes que comprovem que ele é uma alternativa terapêutica efetiva para a cessação do tabagismo. Até o momento, ele tem se mostrado mais como uma alternativa de diminuição de danos para quem não consegue ou não quer deixar o vício da nicotina.

“Embora a fumaça do cigarro eletrônico seja menos poluente do que a do cigarro comum, ainda não sabermos qual a toxidade dos subprodutos da vaporização da nicotina”, esclarece a cardiologista.

O cigarro eletrônico usa uma solução de nicotina que, inserida pelo fumante no aparelho, é vaporizada para inalação. Disponível em vários modelos, otimizados com o recurso de diferentes aromatizantes (desde menta até chocolate), o produto é tido pelos consumidores como mais palatável e socialmente aceito: por não ter o cheiro e gosto característicos do produto convencional, o cigarro eletrônico pode ser consumido em qualquer local, sem constrangimento para o fumante, alegam muitos consumidores.

A melhor forma de tratar o tabagismo é com o acompanhamento de um médico capacitado para escolher o melhor método para cada paciente, levando em consideração as particularidades destes, defende a médica do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor.

. Exposição do Incor Comemorativa do Dia Mundial sem Tabaco, de 31 de maio a 30 de junho de 2014, das 8h às 20h, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 – andar térreo.

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