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07/06/2014 - 08:07

Julio Bueno propõe nova visão sobre o conteúdo nacional


Em Seminário promovido pela Firjan e Sinaval, com apoio do Governo do Estado, secretário defendeu aumento da competitividade internacional no setor de petróleo e gás.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, defendeu hoje uma “nova visão” sobre a exigência do conteúdo nacional para a indústria naval brasileira, voltada ao setor de petróleo e gás natural. Em palestra sobre políticas públicas voltadas à cadeia de petróleo e gás, durante o III Seminário do Balanço Naval, promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore(Sinaval) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com apoio do Governo do Estado, o secretário afirmou que “é hora das empresas nacionais do setor se voltarem para o mercado internacional e buscarem competitividade em nível mundial”.

“A indústria naval brasileira teve um processo de recuperação que foi excelente, desde 2003, quando a Petrobras voltou a encomendar navios e plataformas no Brasil. Saímos de sete mil empregos e no Brasil e quatro mil no Rio, para 78 mil empregos no País e 30 mil no Rio. Mas está na hora de dar um passo adiante”, afirmou para mais de 300 convidados, entre empresários, trabalhadores e autoridades.

Para o secretário, é preciso que o setor rediscuta a política de conteúdo nacional hoje existente no País, que prevê a contratação local de equipamentos e máquinas para o setor de petróleo. “Precisamos garantir a continuidade das encomendas nos estaleiros e junto a fornecedores nacionais, mas é preciso que esse segmento seja inserido no contexto internacional”, defendeu.

Ele destacou que o primeiro passo para esse avanço na política nacional para o setor é maior previsibilidade das encomendas futuras que a Petrobras realizará nos próximos anos, para que a indústria nacional se prepare.

“Segundo a Agência Internacional de Energia serão quase US$ 1,2 trilhão investidos no Brasil nos próximos 20 anos, ou cerca de US$ 55 bilhões por ano entre 2015 e 2035. Isso é um montante formidável, mas estamos considerando apenas as áreas já concedidas. O volume pode ser muito maior, considerando outras áreas que ainda serão leiloadas. Mais que isso, precisamos avançar na identificação de novas áreas potenciais”, disse o secretário, lembrando que o Brasil possui hoje apenas 1,5 milhão de quilômetros quadrados de suas bacias sedimentares mapeados, de um total de 7,5 milhões de metros quadrados.

Julio Bueno destacou ainda que o Estado do Rio de Janeiro deverá receber 80% dos investimentos previstos para serem feitos no Brasil no setor de petróleo nos próximos anos. Por conta disso, disse ele, pelo menos três ações estão sendo tomadas pelo Estado. A primeira delas foi consolidar o Rio de Janeiro como destino dos principais centros de pesquisa e desenvolvimento do mundo. O Parque Tecnológico da Ilha do Fundão concentra hoje pelo menos 15 grandes centros de empresas como a BG, Halliburton, Schlumberger, FMC e Baker Hughes, em torno do Cenpes, da Petrobras, que recebe investimentos de US$ 1 bilhão por ano.

A segunda ação foi a criação do cluster de subsea, que visa atrair para o Rio de Janeiro empresas voltadas para a fabricação de equipamentos do setor de exploração de petróleo e gás natural, que fiquem no fundo do mar.

“Hoje o Rio de Janeiro já possui 85 empresas nesse segmento, mas tem muito espaço para atrair novas fabricantes mundiais, considerando que a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), estima que o Brasil vá concentrar 44% dos equipamentos subsea no mundo até 2020”, disse Julio Bueno, lembrando que a política voltada para esse setor já atraiu para o Rio nos últimos anos mais de US$ 1 bilhão em investimentos, por exemplo, com as empresas Technip e NOV, ambas instaladas no Porto do Açu e já operando em fase de testes.

O secretário também aproveitou o evento, que contou com a presença do governador Luiz Fernando Pezão na sua abertura, para anunciar a criação do Fórum Estadual de Óleo e Gás como a terceira ação movida pelo Estado nesse setor. O decreto que cria o Fórum será assinado pelo governador no próximo dia 18 de junho. Participam do fórum, além do governo, a Petrobras, Firjan, IBP, Onip, Sebrae e Prominp.

Os principais objetivos do Fórum serão: atrair investimentos e fortalecer a cadeia de fornecedores, além de melhorar o ambiente de negócios no Estado e estruturar política de incentivos para o setor.

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