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07/06/2014 - 08:46

Lula defende mais autoestima para o Brasil em evento da Revista Voto na Capital gaúcha


Publicação comemora dez anos no mercado com palestra do ex-presidente da República sobre as expectativas para o Brasil na próxima década.

Com suas peculiares tiradas espirituosas, várias vezes suscitando risos na plateia, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva falou, em Porto Alegre, no dia 05 de junho (quinta-feira), sobre "O Brasil da próxima década", quando fez uma análise do Brasil nos últimos 10 anos e das expectativas para a próxima década. O evento, para 250 convidados, foi realizado pela Revista Voto para a comemoração dos seus dez anos no mercado e contou com o patrocínio da Souza, Cruz, Gerdau, Celulose RIograndense, Ecovix e apoio da Capemisa.

“A Revista Voto faz este aniversário tão emblemático em meio a esta época tão decisiva, na qual o Brasil está para ser anfitrião do mais complexo e passional evento de toda a sua história, a Copa do Mundo e muito próximo de realizar mais uma eleição. Para marcar isso tudo, pensamos que só poderíamos trazer para esta reflexão da contemporaneidade a mais expressiva liderança política do Brasil na última década, o ex-presidente Lula. Em seis destes 10 anos de vida da Voto, Lula foi o Presidência da República. Daí, suas ações e iniciativas terem marcado a identidade de um período da história do Brasil e da história da revista”, destacou Karim.

Para o ex-presidente Lula, é um prazer fazer parte da história da Revista Voto. “Uma publicação independente sobreviver 10 anos no Brasil, não é brincadeira. Espero que venham mais 10 anos, mais 20 anos, e que eu esteja vivo para acompanhar o sucesso da Voto e da Karim."

Lula afirmou que estava ansioso por voltar ao Rio Grande do Sul para debater sobre política e as expectativas para o País nos próximos anos. "Eu tenho feito debate no mundo inteiro, mas eu queria muito vir aqui debater com vocês. Este é um Estado diferenciado, com uma história diferente de todo o resto do Brasil, foram travadas grandes lutas por aqui”, lembrou.

"Eu queria vir debater com vocês porque, depois que a gente deixa de ser presidente, é como se fosse um vaso chinês. Não se pode ser grande para não atrapalhar e incomodar quem vem depois. Se um ex-presidente não pode contribuir, não deve atrapalhar e tem que dar conselho somente se for pedido. Porque quando não se está no governo a gente só pode dizer o que se acha e o que se pensa e quando a gente está no governo só nos resta fazer. Pensa e achar não adianta de nada," ressaltou.

O ex-presidente falou sobre os projetos e iniciativas que implementou enquanto esteve no comando do Governo Federal: concessão de crédito facilitada, Fome Zero, Bolsa Família, a primeira fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "O que fez o Brasil ficar famoso em todo mundo foi ter tirado 36 milhões de pessoas da linha da pobreza, ter feito que 42 milhões de habitantes passassem a fazer parte da classe média e ter criado 20 milhões de empregos formais", declarou.

Lula também fez questão de reafirmar a sua posição sobre os debates que estão acontecendo no Brasil às vésperas da Copa do Mundo. "Este País chorou quando a gente conquistou o Mundial, quando conquistou as Olimpíadas e agora o pessoal está com vergonha. Uma Copa do Mundo não é só rendimento econômico e o legado que os investimentos de infraestrutura deixarão por aqui, mas este é um encontro de nações. Não é só dinheiro. O torcedor quer chegar ao estádio e assistir a um bom jogo. O cara que vem da China não está preocupado em quanto tempo ele vai chegar no estádio, se está fazendo calor ou se está frio. Nós vamos fazer uma Copa extraordinária!”, afirmou.

E fez questão de registrar a sua insatisfação sobre como a população brasileira vê e fala do próprio País. “O nosso complexo de vira-lata é de tal magnitude que nós somos os únicos que vamos com prazer para o Exterior falar mal de nós mesmos. No Brasil, nós precisamos aprender o que a gente era e o que a gente é. Este País é uma nação tão grande que nós temos que dizer em alto e bom som que conquistamos o nosso caminho, aumentamos a nossa autoestima”. E deixou um questionamento aos 250 convidados presentes no evento em celebração aos 10 anos da Revista VOTO: “Alguém de vocês aqui estava melhor em 2002 do que agora? E os próximos anos serão ainda melhores”, finalizou. Empolgado, defendeu seus pontos de vista durante mais de duas: “Eu estava com saudade de falar...”

A Voto – Com a premissa de que apenas com a boa política é possível a transformação, a publicação propõe, mensalmente, uma análise sobre o cenário político, cultural e econômico. A revista segue sempre um caminho democrático, mostrando os “dois lados da moeda”, como define a diretora-executiva Karim Miskulin, dando espaço a diferentes opiniões e partidos, respeitando liberdades individuais e coletivas. A proposta da publicação durante esta última década sempre foi embasada na liberdade de expressão e na democracia. E depois da consolidação nacional, vieram parcerias importantes, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, e na criação da Casa da Liberdade – espaço itinerante que reúne grandes nomes a fim de discutir o panorama cultural e os momentos socioeconômicos do Brasil.

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