Energia eólica domina contratação no leilão A-3

A fonte eólica foi, novamente, a responsável por atender a maior parte da demanda de contratação de energia para o País, confirmando as expectativas da ABEEólica - Associação Brasileira de Energia Eólica. O leilão A-3, realizado no dia 06 de junho de 2014 (sexta-feira),viabilizou a contratação de 968,6 MW e a fonte eólica vendeu 551 MW, ao preço médio de R$ 129,89 e deságio de 2.28%, o que representa 57% na demanda total do certame.

Para a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Melo, os resultados refletem a maturidade da indústria eólica, que no seu processo de consolidação, vem permitindo uma precificação mais adequada dos crescentes riscos e desafios envolvidos na implementação dos projetos. “Destacamos a portaria 34/2014, que restringiu a possibilidade de alteração das características técnicas dos projetos, impediu a redução da garantia física e alocou o risco da transmissão aos geradores eólicos”, destaca.

Os 551 MW de fonte eólica contratados no leilão representam a geração de pouco mais de 8.000 novos postos de trabalho, R$ 2.479,50 em investimentos e a produção de 276 aerogeradores e 827 novas pás. Esse volume de energia será utilizado para abastecer cerca de 1 milhão e 300 residências e evitará pouco mais de 590 toneladas de CO2.

“A cada leilão, a fonte eólica vem reforçando sua importância estratégica como uma relevante fonte na composição da matriz elétrica nacional, demonstrando sua competitividade e seus crescentes esforços na formação de uma cadeia produtiva com alto grau de nacionalização. A indústria realiza constantes investimentos tecnológicos para o aumento de produtividade e a redução dos custos de produção para a geração de uma fonte limpa, renovável e abundante no País, considerando que seu potencial estimado gira em torno de 350 GW on shore”, destaca Elbia. E complementa: “Com pouco mais de quatro anos da realização do leilão exclusivo, a energia eólica já representa, no Brasil, a segunda fonte mais contratada nos leilões de energia e vem formando uma cadeia produtiva com equipamentos modernos e cada vez mais adaptados aos ventos brasileiros”, finaliza. |www.abeeolica.org.br.