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19/12/2007 - 12:35

Açucar Guarani: Produção de Etanol e Açúcar aumenta 264% e 88% no 3T07


E a Margem EBITDA Ajustado atinge 25% no mesmo período.

São Paulo - A Açúcar Guarani S.A. (Bovespa: ACGU3), uma das empresas brasileiras líderes na transformação de cana-de-açúcar e na produção de açúcar, etanol e energia elétrica, apresenta suasdemonstrações financeiras consolidadas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Lei das Sociedades por Ações e nas regulamentações da CVM, exceto quando indicado. Os dados apresentados para o 2T07 contêm apenas os números referentes às unidades industriais Cruz Alta, Severínia e São José, exceto quando indicado.

Os dados do 2T08 contêm os números consolidados da Companhia, já incluindo as aquisições diretas ou indiretas recentes das unidades São José, Andrade e Companhia de Sena, em Moçambique, a unidade Tanabi inaugurada em outubro de 2007 e o projeto de expansão Cardoso. O 2T08 abrange os meses de agosto, setembro e outubro de 2007.

Destaques no Período - Aumento da produção de Etanol e Açúcar em 264,0% e 87,5%, respectivamente, em comparação ao 2T07, com aumento do processamento de cana-de-açúcar de 122,7% no trimestre; Margem EBITDA de 25,9% e Margem EBITDA Ajustado de 24,8% no 2T08; Margem Bruta de 35,8% no 2T08; Aumento de 196,9% no volume de etanol destinado ao mercado doméstico, em relação ao 2T07; Queda de 29,6% no preço médio em Reais do Açúcar e de 27,4% no preço médio em Reais do Etanol comercializados, quando comparados ao 2T07.

Comportamento do mercado de açúcar e etanol: Açúcar - No período de agosto a outubro de 2007, os preços do açúcar continuaram enfraquecidos, devido principalmente à grande oferta de açúcar da safra 2006/07, especialmente proveniente da Índia, e indicações de que o excedente de açúcar indiano poderia variar entre 11 e 18 milhões de toneladas. Previsões de que a próxima safra indiana será grande e deverá gerar um excedente próximo a 10 milhões de toneladas de açúcar aumentaram o pessimismo, mesmo com incertezas sobre a capacidade logística local para escoar um volume muito acima de 4 a 5 milhões de toneladas, na safra em questão. A relação entre o estoque e o consumo mundiais de açúcar deverá atingir níveis recordes, ao final da safra brasileira 2007/08, conforme mostra o gráfico 1, embora grande parte dos estoques deva estar concentrada na Índia.

Ao contrário da Índia, o Brasil teve uma safra com produção de açúcar estável, em virtude da maior destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol, além do atraso no início da safra e da incidência de chuvas no período, resultando em pior rendimento agrícola.

Nesse sentido, vale ressaltar que a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) divulgou projeção de que, no Centro-Sul do Brasil, o mix de produção esperado para esta safra destinaria 55% do ATR para a produção de etanol.

Estimativas da UNICA também indicam uma produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil nesta safra de 26,2 milhões de toneladas, apresentando um acréscimo de 1,6% em relação à safra anterior, uma vez que a entrada em operação de novas unidades industriais e a maior margem propiciada pelo etanol elevaram a estimativa de produção daquele produto.

A atuação dos fundos, por sua vez, foi caracterizada por intensa volatilidade – ora nas compras, acompanhando o fluxo de recursos que deixaram o mercado norte-americano pela queda na taxa de juros local e enxergando oportunidade de ganhos na commodity, ora nas vendas, encorpando a fuga de capitais provocada pela crise no crédito imobiliário norte-americano.

Neste balanço de forças, o resultado foi a redução em 18% do preço da commodity no contrato nº 11 da Bolsa de Nova Iorque (New York Board of Trade – NYBOT) atingindo 9,80 US¢/lb e em 23% no contrato nº 5 da Bolsa de Londres (London International Financial Futures Exchange – LIFFE) atingindo 279,04 US$/ton, ao compararmos a média do 2T08 em relação à média do 2T07, conforme observado nos gráficos 2 e 3, contra respectivamente 12,00 US¢/lb e 360,13 US$/ton no respectivo período do ano anterior.

Entretanto, mesmo com o cenário pouco otimista, a média das cotações do açúcar bruto no 2T08 apresentou uma recuperação de aproximadamente 6% em relação ao 1T08, devido a fatores como: a) a forte alta dos preços do petróleo – cotado no seu recorde histórico, acima de 90 US$/barril (gráfico 4); b) as compras por partes dos fundos de índice, investindo em commodities cotadas em dólar; c) a manutenção da expectativa de que a Rússia aumentasse a tarifa de importação de açúcar, que veio a ocorrer em dezembro de 2007; e d) a maior destinação de cana-de-açúcar para etanol, reduzindo a participação do açúcar brasileiro no mercado internacional.

Os preços do açúcar branco (Londres nº 5) continuaram em queda, mas com intensidade amortecida. A percepção de aumento da demanda por açúcar bruto, em razão da projeção de elevação da capacidade de refino em países produtores e re-processadores do produto, resultou na desvalorização do prêmio entre os contratos de Londres e Nova Iorque, que recuou 34%, quando comparadas as médias do prêmio no 2T08 em relação ao 2T07.

O prêmio do açúcar branco atingiu uma média de 63,03 US$/ton no 2T08. Contudo, esse patamar de prêmio, que reduziu a remuneração dos produtores e refinadores, já mostra sinal de recuperação, tendo atingido níveis de 73 US$/ton durante o mês de novembro de 2007.

Os níveis de preços do açúcar e o spread do branco também já mostram sinais de recuperação para o período 2008/09. Nas telas de outubro/08 e março/09 temos preços para o açúcar bruto de 10,70 US¢/lb e 11,26 US¢/lb, respectivamente, significativamente superiores aos patamares atuais. A principal razão para tal recuperação seria uma possível redução da produção indiana a partir da safra 2008/09.

No mercado doméstico, ao compararmos a média dos preços do açúcar no 2T08 em relação ao 2T07, notamos uma queda de 38%, conforme observado no gráfico 6, que reflete um nível de 24,71 R$/saca de 50 kg conforme os números divulgados pela ESALQ, contra os 39,97 R$/saca de 50 kg do período anterior.

A taxa de câmbio continuou pressionando negativamente as margens dos exportadores de açúcar e etanol, como resultado da boa situação econômica apresentada pelo País, que mantém a atratividade dos investimentos externos, bem como pelos saldos positivos ainda elevados na balança comercial, apesar do aumento de importações. A taxa de câmbio demonstrou uma apreciação de 12%, quando comparamos a média das cotações do 2T08 em relação ao 2T07.

Etanol - A produção brasileira de etanol – que de acordo com a consultoria Datagro deverá atingir 21,3 milhões de metros cúbicos na safra 2007/08, 20% a mais do que na safra 2006/07 – resultou no aumento considerável da oferta do combustível no mercado doméstico, mantendo enfraquecidos os preços durante a safra.

Por outro lado, graças ao aumento das vendas – e da frota – de veículos flex-fuel (gráfico 9), e pela própria queda de preços verificada, devido à alta elasticidade a preço desse produto, a demanda pelo etanol também cresceu. Os preços relativamente baixos, comparados à gasolina na bomba, levaram à demanda recorde de cerca de 1,5 bilhões de litros de etanol, apenas no mercado doméstico, no mês de outubro de 2007 (gráfico 10). Neste mesmo mês, também as vendas de veículos flex-fuel apresentaram recorde, tendo sido comercializados mais de 200 mil veículos no País.

Durante o período de agosto a outubro de 2007, a paridade entre os preços do etanol hidratado e da gasolina comum, na bomba, foi menor que 70% em 21 dos 27 estados brasileiros, resultando em um aumento de 35% na demanda doméstica por etanol no 2T08 em relação ao mesmo período da safra anterior.

Os preços médios do etanol anidro e hidratado, no mercado doméstico, apresentaram queda de 27% e 26%, respectivamente, no 2T08 em relação ao 2T07, fruto de uma oferta significativamente elevada, causada: a) pela entrada em operação de novas destilarias; b) pelo direcionamento de produção ao etanol em detrimento do açúcar; e c) pela necessidade de caixa de alguns produtores.

O volume de etanol exportado pelo Brasil no 2T08 diminuiu 21% em relação ao mesmo período da safra anterior. A principal causa foi um aumento da produção de biocombustíveis nos Estados Unidos e a conseqüente redução dos preços domésticos do etanol.

A consultoria de gerenciamento de riscos em commodities FCStone calcula que os estoques de etanol no Centro-Oeste americano podem alcançar 1,6 bilhão de litros em 2007.

A combinação de preços mais baixos de etanol e preços elevados de milho depreciou as margens das destilarias nos Estados Unidos. Como conseqüência, há relatos de possíveis postergações de projetos de novas destilarias, permitindo supor que a atual taxa de expansão da produção americana de etanol poderia ser revista. Caso ocorra uma redução nesta taxa, poderão surgir oportunidades adicionais de exportação do etanol brasileiro para aquele país e/ou para países que fazem parte do Caribbean Basin Initiative (CBI).

Desempenho operacional - A Margem EBITDA ajustada por fatores não recorrentes elevou-se de 13,0% no 1T08 para 24,8% no 2T08, com média do semestre de 19,1%, ou EBITDA Ajustado de R$ 88,4 milhões, apesar da manutenção de um cenário de mercado desfavorável e com preços deprimidos, nos mercados externo e interno, para o açúcar e o etanol. Possibilitaram essa recuperação os ganhos representados: a) pela estratégia de suprimento de cana-deaçúcar por terceiros, que na média do trimestre alcançou 83,5% da matéria prima processada, com custos que acompanharam a redução dos preços de mercado, em função do mecanismo Consecana; b) pela maior escala de produção e comercialização; c) pela manutenção dos indicadores de produtividade agrícola e industrial em níveis elevados, apesar das variações climáticas ocorridas no período, ora com chuvas no 1T08, ora com período de seca prolongado no 2T08; e d) pelos primeiros efeitos positivos da integração da unidade Andrade.

Vale ressaltar, entretanto, que os níveis de resultado apresentados encontram-se ainda em patamares significativamente inferiores aos verificados no mesmo período da safra anterior e às médias históricas da empresa, em função da forte queda de preços e da apreciação da moeda nacional.

O EBITDA é igual ao lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA não é uma medida de desempenho financeiro segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, tampouco deve ser considerado isoladamente, ou como uma alternativa ao lucro líquido, como medida de desempenho operacional, ou alternativa aos fluxos de caixa operacionais, ou como medida de liquidez. Outras empresas podem calcular o EBITDA de maneira diferente de nós. Em razão de não serem consideradas, para o seu cálculo, as despesas e receitas financeiras, o imposto de renda e a contribuição social, e a depreciação e amortização, o EBITDA funciona como indicador de nosso desempenho econômico geral, que não é afetado por flutuações nas taxas de juros, alterações da carga tributária do imposto de renda e da contribuição social ou dos níveis de depreciação e amortização. O EBITDA, no entanto, apresenta limitações que prejudicam a sua utilização como medida de nossa lucratividade, em razão de não considerar determinados custos decorrentes de nossos negócios, que poderiam afetar, de maneira significativa, os nossos lucros, tais como despesas financeiras, tributos, depreciação, despesas de capital e outros encargos relacionados.

Produção – Processamento de Cana-de-açúcar - Na safra 2007/08 a Açúcar Guarani processou 10,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até o mês de outubro, das quais 9,6 milhões em suas unidades no Brasil e 0,6 milhão em sua unidade em Moçambique. O total de cana-de-açúcar processada no período representou um crescimento de 106,7% em relação à safra anterior, tendo em vista a consolidação das operações das empresas Companhia Energética São José e Andrade Açúcar e Álcool, além da Companhia de Sena através da holding Sena Holdings Limited (SHL), em Moçambique.

Das 10,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas, 7,8 milhões foram supridas por terceiros, o que representou cerca de 76,3% do total e os restantes 23,7% através de cana-de-açúcar cultivada pelo Grupo Guarani, enquanto essa relação representou 68,5% e 31,5% respectivamente, durante o mesmo período da safra anterior.

O nível do total de açucares recuperáveis (ATR) elevou-se no 2T08 comparativamente ao 1T08, em função da forte seca ocorrida no mês de outubro e do período de chuvas nos meses de junho e julho. Nesta safra 2007/08, esperamos obter um nível de ATR médio na cana-de-açúcar própria e de terceiros de 145 kg por tonelada, valor pouco superior ao da safra passada. Vale frisar que a elevação do nível de ATR neste final de safra beneficiou os custos de produção do período, porém com influência no atraso de crescimento da cana-de-açúcar.

Com o encerramento da moagem em todas as suas unidades no Brasil neste mês de dezembro, a Açúcar Guarani estima processar 12,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2007/08, o que significará um aumento de 54,9% frente ao nível verificado na safra passada. No Brasil serão processados 12,1 milhão de toneladas, ou cerca de 95% do total, enquanto a unidade em Moçambique foi responsável por 0,6 milhão de toneladas.

A estimativa anterior de 13,1 milhões de toneladas foi revisada para baixo, em virtude do menor processamento em Moçambique (menos 0,2 milhão de toneladas), por problemas climáticos e de rendimento agrícola que afetaram o país como um todo e também nossa unidade local, e do menor processamento de cana-de-açúcar no Brasil (menos 0,2 milhão de toneladas) por ajustes nos novos equipamentos que entraram em operação nesta safra, nas unidades Tanabi e São José.

Durante novembro e dezembro a Guarani deverá processar 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no Brasil, das quais cerca de 60% de cana-de-açúcar própria e 40% de cana-de-açúcar de terceiros fornecedores, levando a média do ano a, respectivamente, 29% e 71%. Consequentemente, nossos custos deverão ser ajustados até o final da safra para refletir este mix de cana-de-açúcar própria x de terceiros, além dos ajustes normais previstos no mecanismo Consecana, para refletir o custo médio da safra, bem como pelo mix efetivo de produção do período.

Produção de Açúcar.A produção de açúcar da Açúcar Guarani elevou-se em 67,2% no primeiro semestre de 2007/08 em relação ao mesmo período da safra anterior, tendo atingido 960 mil toneladas. Deste total, 360 mil toneladas já foram refinadas, enquanto uma parte significativa do restante, representada por açúcar bruto ou cristal, deverá ser refinada no período de entressafra. No consolidado do Grupo Guarani, esperamos ao final da safra 2007/08 atingir uma participação aproximada de 51% de açúcares refinados na produção, índice inferior ao patamar histórico da Guarani em função da agregação das operações da unidade São José, que produz basicamente VHP e VVHP, e da unidade Andrade, que teve sua refinaria em operação plena apenas a partir de junho de 2007.

Produção de Etanol: A produção de etanol da Açúcar Guarani elevou-se em 230,5% nesta safra 2007/08 frente à safra 2006/07 em função da incorporação da unidade Andrade, do aumento de capacidade da unidade Cruz Alta e da entrada em operação da unidade Tanabi, a partir de outubro de 2007. Esse acréscimo de produção também decorreu da estratégia do grupo, acompanhando o setor de forma geral, em privilegiar a produção de etanol, tendo em vista os preços reais e esperados, que propiciaram um melhor nível de remuneração do produto em relação, principalmente, ao açúcar bruto.

Até outubro de 2007, a participação de etanol hidratado em relação ao etanol produzido elevou-se a 76,1%, contra os 58,9% do mesmo período da safra anterior, tanto em função das características das unidades recentemente integradas ao grupo (Andrade em maio de 2007 e Tanabi com início de operação em outubro de 2007), como pela maior demanda de etanol hidratado em função do preço competitivo em relação ao preço da gasolina na bomba e pelo maior número de veículos “flex-fuel” que passaram a privilegiar esse combustível.

Produção de Energia excedente para venda - Alcançamos um nível de produção excedente entregue à CPFL de 97,1 mil Mwh neste primeiro semestre de 2007/08, ou um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Receita Líquida de Vendas - A Açúcar Guarani obteve neste segundo trimestre, compreendendo os meses de agosto a outubro de 2007, uma Receita Líquida de Vendas de R$ 239,1 milhões, ou um decréscimo de 2,2% sobre os R$ 244,4 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. No acumulado do semestre, foi registrado um acréscimo de 9,6%, com uma Receita Líquida de Vendas de R$ 462,2 milhões.

Esse acréscimo em base semestral foi basicamente decorrente do aumento do volume comercializado, tanto de açúcar como de etanol. Para o etanol, entretanto, este aumento não foi mais significativo em virtude da política de estocagem durante o período.

De outro lado, como já demonstrado no primeiro trimestre dessa safra, os preços continuaram muito deprimidos, tanto para o açúcar como para o etanol, em ambos os mercados, interno e externo.

No que se refere ao açúcar, apesar dos preços médios apresentarem uma queda de 29,6% entre o 2T08 e o 2T07, os volumes comercializados elevaram-se em 16,7%, com bons níveis de fixação de preços no mercado externo, resultando em uma Receita Líquida de Vendas no 2T08 de R$ 167,2 milhões ou uma queda de 17,9% durante aqueles períodos.

A queda da receita foi mais acentuada no mercado interno (-40,2%), com volumes praticamente mantidos e preços com deterioração de 39,2% na média, enquanto no mercado externo, em função dos maiores volumes de açúcares refinados, registrou-se um aumento de 2,2% na receita, com volumes 31,7% maiores e preços com queda de 22,4%.

No que se refere ao etanol, verifica-se um aumento de Receita Líquida de Vendas de 59,8% entre os segundos trimestres de 2007/08 e 2006/07, resultado de um aumento de volume de 120,2%, basicamente para o mercado interno uma vez que as exportações foram reduzidas em 75,8%, em volume, no período, e apresentaram uma queda de preço de 23,5%. Referida queda de preço está mais relacionada aos reflexos da queda do preço do açúcar, em virtude das pressões exercidas pelos altos estoques do produto e pela necessidade de geração de caixa de alguns produtores, uma vez que a demanda interna mostrou-se aquecida no período, demonstrando a alta elasticidade dos combustíveis a preço.

Os preços veículo-usina (líquidos de impostos) atingiram na média do 2T08 níveis de 583,3 R$/m³ para o etanol hidratado e 674,4 R$/m³ para o etanol anidro.

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas - A Açúcar Guarani registrou neste segundo trimestre de 2007/08 outras receitas operacionais líquidas de despesas, de R$ 6,8 milhões em decorrência substancialmente de receita no valor de R$ 7,2 milhões reconhecida por sua subsidiária SHL, da qual detém uma participação acionária de 50% e controle compartilhado, referente ao abandono de dívida por parte de seu outro acionista. Tal resultado é oriundo de acordo de garantia de passivos e contingências firmado quando da venda da participação acionária inicialmente para empresa do Grupo Tereos e, posteriormente à transferência do controle da SHL à Guarani, em maio de 2007.

Lucro Líquido (Prejuízo) - A Açúcar Guarani apresentou um Lucro Líquido consolidado de R$ 11,8 milhões no segundo trimestre de 2007/08 e uma margem líquida de 4,9%, comparativamente aos R$ 45,3 milhões referentes ao mesmo período do ano anterior. Na posição acumulada do primeiro semestre, a Guarani permanece com um prejuízo líquido de R$ 27,0 milhões e uma margem líquida negativa de 5,8%.

É importante ressaltar que referido prejuízo acumulado está impactado por uma amortização de ágio de R$ 26,5 milhões no período, em decorrência da aquisição das participações acionárias das empresas Companhia Energética São José, Andrade Açúcar e Álcool e SHL.

Adicionalmente, como havíamos comentado anteriormente, esse resultado está impactado também por despesas não recorrentes referentes ao processo de abertura de capital e ao pagamento de despesas de ICMS pela Andrade para beneficiar-se de redução de multas e juros sobre pendências com o fisco estadual, além da receita relativa à unidade em Moçambique, conforme detalhado anteriormente. Descontados estes efeitos, o resultado do semestre seria um Prejuízo Líquido de R$ 8,2 milhões, com uma margem líquida de -1,8%. | Site: www.acucarguarani.com.br/ri

Perfil - A Açúcar Guarani é uma das empresas líderes do mercado sucroalcooleiro brasileiro. Tem como atividade principal a transformação da cana-de-açúcar em açúcar, etanol e energia. É a terceira maior processadora de cana-de-açúcar e a terceira maior produtora de açúcar do Brasil, além de estar entre as empresas que mais cresceram em produção de etanol nas duas últimas safras, com um processamento de 12,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2007/2008. A Guarani possui seis unidades industriais, sendo cinco no Brasil, na região noroeste do Estado de São Paulo, e uma em Moçambique, na África, além de um projeto greenfield, no município de Pedranópolis, em São Paulo.

A Guarani tem como estratégia aumentar sua produção de etanol, consolidar sua liderança em produtos de alto valor agregado e com maior margem, crescer seletivamente em mercados estratégicos no Brasil e no mundo e continuar reduzindo custos e aumentando sua eficiência operacional. A Tereos, acionista controladora da Guarani, é uma cooperativa agro-industrial com experiência na produção de açúcar e álcool a partir da beterraba, da cana-de-açúcar e de cereais, na França e no mundo. É a quarta maior produtora de açúcar, a terceira maior produtora de álcool do mundo, bem como a terceira maior em produtos à base de amido da Europa. A Guarani acredita na importância de uma atuação positiva nas áreas social e ambiental. Para isso desenvolve projetos e ações nas comunidades circunvizinhas às suas unidades industriais, com foco em educação, saúde, cultura e lazer. Além disso, mantém projetos de reflorestamento, preservação de matas e de recuperação de nascentes fluviais.

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