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11/06/2014 - 11:16

Câmara de Conciliação incentiva o diálogo entre motoristas e empresas do setor


Há décadas, as Gerenciadoras de Riscos (GRIS) prestam um serviço de vital importância para o mercado de transporte e distribuição de cargas, validando o perfil operacional dos profissionais motoristas (caminhoneiros) que atuam na área. Entretanto, essa validação nem sempre acontece de forma imediata, gerando desconforto para todos os envolvidos.

Diante disso, as entidades de caminhoneiros questionaram o processo e apelaram à Justiça Trabalhista, expondo seus motivos. Assim, a GRISTEC (Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento), juntamente com o Sindirisco (Sindicato das Empresas de Gerenciamento de Riscos do Estado de São Paulo), o sindicam-SP (Sindicato dos Caminhoneiros de São Paulo) e a Fetrabens-SP (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo) fundaram a Câmara Brasileira de Mediação e Conciliação dos Caminhoneiros, em outubro de 2010.

Anteriormente, não havia um canal de comunicação entre os motoristas e as empresas, o que dificultava o diálogo. A Câmara possibilitou que as gerenciadoras de riscos e caminhoneiros mantivessem contato permanente. Dessa forma, passou a ser possível resolver pendências relativas ao perfil operacional, sem qualquer custo para caminhoneiros de todo o País, mesmo os não sindicalizados.

Atualmente, Sindicatos e Federações de Caminhoneiros do Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de São Paulo, encaminham solicitações de seus caminhoneiros à Câmara com excelentes resultados.

Até abril deste ano, mais de 1.200 pendências apresentadas à Câmara dos Caminhoneiros foram conciliadas no prazo de três dias, em média. Esses caminhoneiros, tiveram seus perfis devidamente validados e estão trabalhando normalmente, garantindo seu sustento e o abastecimento do mercado.

Por outro lado, as gerenciadoras de risco foram amplamente beneficiadas com a criação da Câmara, pois inúmeras pendências deixaram de ser encaminhados à Justiça. Os motoristas conciliados em poucos dias dão sequência às suas atividades de trabalho. Se considerarmos que a análise de um procedimento judicial leva no mínimo um ano, com transtornos e muitas despesas para todos os envolvidos, perceberemos um grande avanço.

Porém, com estrutura profissionalizada e operando há quase quatro anos, a Câmara dos Caminhoneiros ainda é pouco conhecida. Mesmo assim, os resultados são animadores. Aparentemente, trata-se de uma questão cultural, que somente será superada com muito trabalho e persistência. De qualquer forma, as GRIS (gerenciadoras de riscos) e os sindicatos de caminhoneiros vão prosseguir executando esse trabalho em favor dos caminhoneiros com firmeza e dedicação.

Bom para os caminhoneiros, bom para os embarcadores, bom para o Brasil.

.Por: Cyro Buonavoglia, especialista em gerenciamento de risco, é presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários.

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