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20/12/2007 - 08:22

Consumo e investimentos elevam projeção do crescimento do PIB para 5,2%, segundo o Ipea

Rio de Janeiro - O aumento do consumo em 6% e dos investimentos em 14,4% no terceiro trimestre, levaram o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a rever de 4,5% para 5,2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas no país – este ano. Os números estão na Carta de Conjuntura, divulgada no dia 19 de dezembro, pelo Ipea.

O coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do instituto, Marcelo Nonnenberg, destacou que “tanto o consumo quanto os investimentos estão surpreendendo positivamente”.

Ele disse também que a revisão dos dados referentes ao PIB do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) influenciou na revisão do crescimento da economia.

Marcelo Nonnenberg informou que a demanda doméstica cresceu 7,9% no terceiro trimestre, acima dos 5,9% verificado no trimestre anterior.

“O crescimento teria sido ainda maior caso as importações não tivessem crescido tanto quanto cresceram no terceiro trimestre”, disse.

Ele disse, porém, que a expansão das importações não é ruim. “Pelo contrário, isso significou aumento dos investimentos e modernização da indústria”.

O desempenho dos investimentos, segundo o economista, sinaliza que houve uma mudança no ciclo econômico em relação aos anos anteriores.

De acordo com Nonnenberg, a partir de 2004 as taxas de crescimento dos investimentos são constantes e elevadas por períodos mais longos. “A partir do final de 2004 e início de 2005 é que a gente começa a ter uma mudança de cenário, com uma sustentação do ritmo de crescimento”, explicou o coordenador do Gap.

Ele também lembrou que a produção industrial é um componente importante desse processo de crescimento. Em outubro, a alta da produção industrial foi de 10%, destacando a indústria de bens de capital, que evoluiu 27%. Em 12 meses, a expansão do setor de bens de capital atinge quase 17%.

Em segundo lugar o destaque é para o setor de bens de consumo duráveis, cujo crescimento vem se mostrando sustentável e contínuo por um período bastante longo. “São esses dois setores que estão puxando para cima o crescimento da indústria”, disse Nonnenberg.

O economista disse que o crescimento da produção industrial está provocando um aumento do nível de capacidade instalada, o que também explica a ampliação dos investimentos.

“Na medida em que as empresas percebem que o aumento do consumo vai continuar e que ao mesmo tempo a utilização da capacidade instalada está atingindo níveis cada vez mais altos, isso motiva as empresas a fazer novos investimentos”.

Também no varejo, o comportamento é positivo, segundo Nonnenberg. O crescimento observado em outubro sobre o mesmo mês anterior é de 9,6%, se destacando os setores de móveis e eletrodomésticos (13,5%), tecidos, vestuário e calçados (14,5%) e equipamentos de informática (39%).| Por: Alana Gandra/ABr

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