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19/06/2014 - 06:09

Lentes intraoculares: qual a mais indicada para a sua cirurgia de catarata?


Especialista fala sobre a importância das lentes intraoculares (LIOs) na hora da cirurgia de catarata e as possibilidades de se enxergar bem.

A vida, sem dúvida, pode ser muito melhor sem o uso de óculos. Enxergar tudo em volta e sem nenhuma dificuldade é, certamente, o desejo de qualquer indivíduo acometido por alguma deficiência oftalmológica. No tratamento de catarata, por exemplo, o cristalino natural é removido e substituído por uma lente artificial conhecida como lente intraocular (LIO). Mas o que vem a ser esta lente? Pode ser removida? Ou após ser implantada fica permanentemente nos olhos dos indivíduos?

Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida, a LIO é uma pequena lente com grau a ser implantada dentro do olho para curar a catarata. No implante desta LIO, aproveita-se para também melhorar ou diminuir o astigmatismo, a miopia, a hipermetropia ou até a presbiopia (visão de perto após os 40 anos), no mesmo ato cirúrgico. Esta LIO é feita de uma variedade de materiais (acrílico, silicone, entre outros), e realiza a função da lente natural do olho, chamada de cristalino, que opacifica e causa a catarata. “De uma forma geral, existem vários tipos de LIO. As LIOs chamadas monofocais, que corrigem somente a visão de longe, relacionada com a miopia e a hipermetropia. As LIOs chamadas tóricas, que corrigem a visão de longe relacionada com a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo. E as LIOs chamadas multifocais ou acomodativas, que corrigem a visão de longe e de perto (ou a presbiopia)”, explica. A maioria das LIOs tem aproximadamente 0,5 a 0,6 cm de diâmetro e a maioria são dobráveis para entrar em incisões de 2 a 3 milímetros.

Para entender melhor, as LIOs monofocais podem ser apropriadas para uma grande maioria das cirurgias de catarata. Essas lentes têm somente um foco e o paciente escolhe se quer ter o foco para perto ou para longe. Ainda assim, existe a necessidade de uso dos óculos para a realização de atividades como leitura, costura ou uso de computador.

As LIOs multifocais e as tóricas são conhecidas no meio médico como LIOs “premium” devido a sua capacidade de corrigir o astigmatismo (tórica) e a presbiopia (multifocal), conhecida como “vista cansada”. Podem também corrigir ambas, ao mesmo tempo. Segundo o Dr. Richard, o Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo é a única instituição de ensino, credenciada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que implanta estas lentes intraoculares de rotina para seus pacientes, sem custo.

As multifocais, por exemplo, proporcionam a chance de uma vida sem óculos, já que elas possuem mais de um ponto focal. “Em 90% dos casos o paciente não necessita do uso de óculos ou fica menos dependente deles. Porém, nem todos os indivíduos entram no perfil para usufruir deste recurso da LIO multifocal”, complementa Dr. Richard.

Já as acomodativas fornecem maior independência dos óculos. Elas movimentam-se dentro de um saco capsular (algo parecido com um cápsula ao redor do cristalino), proporcionando uma melhor focalização para perto e para longe, chamada de acomodação. Porém, estudos recentes não tem mostrado tanto benefício permanente com estas LIOS. Já as tóricas permitem corrigir o astigmatismo pré-existente de pacientes submetidos à cirurgia de catarata.

É importante ressaltar que o estilo de vida, a exigência visual e as condições prévias dos olhos do paciente são determinantes na escolha das LIOs. “O paciente, além de se informar bem antes de escolher o cirurgião, deve também buscar informações sobre as lentes intraoculares disponíveis e conversar com o médico sobre qual é a mais indicada para a sua visão e expectativa. A realização de um exame oftalmológico completo e especializado identificará a opção mais adequada a cada caso”, orienta Dr. Richard.

Dr. Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecido mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas doenças visuais.

O profissional é especializado em oftalmologia pelo Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por mês. É também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de tecidos oculares desta instituição.

O profissional ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São Paulo. É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.

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