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25/06/2014 - 09:25

Projeto Surdo: avanço na tecnologia de aquisição sísmica

Nova tecnologia melhorará a aquisição de dados sísmicos e o conhecimento da subsuperfície para aumentar a recuperação de óleo em reservatórios. Investimento total referente ao desenho e fabricação do equipamento é de R$ 26 milhões, cabendo à BG Brasil R$ 8 milhões no projeto. Projeto é realizado em parceria entre a empresa de óleo e gás BG Brasil, o Senai Cimatec da Bahia e a norueguesa Petroleum Geo-Services.

A indústria de óleo e gás demanda tecnologias cada vez mais sofisticadas para explorar reservatórios profundos com geologia complexa, como é o caso do pré-sal. Com um passo à frente, a BG Brasil assinou um acordo de cooperação tecnológica com o Senai Cimatec Da Bahia, em parceria com a norueguesa Petroleum Geo-Services (PGS), especializada em serviços sísmicos, para, juntos, desenvolverem o projeto Surdo.

“O Surdo é um equipamento que poderá revolucionar a aquisição e processamento de dados sísmicos, o que resultaria em uma melhoria significativa no imageamento da subsuperfície. Desta forma, esperamos observar uma redução dos riscos exploratórios, e uma melhor caracterização de reservatórios em produção”, afirma Nelson Silva, CEO da BG América do Sul.

Na prática, os três parceiros se unem para desenvolver, manufaturar e testar no Brasil um equipamento capaz de gerar ondas acústicas no ambiente marinho de maneira inovadora. Trata-se de uma tecnologia ambientalmente responsável, e que pode aumentar o sucesso na descoberta de reservas e reduzir custos de desenvolvimento ao longo da vida de produção de um campo, uma vez que este poderá ser realizado de forma mais eficiente.

“Este projeto exemplifica nossa estratégia de direcionar nossos investimentos em P&D alinhados aos interesses nacionais, com potencial para agregar valor à indústria de óleo e gás, à cadeia de suprimentos e à economia do país”, afirma Richard Moore, Chief Technology Officer do BG Group.

O projeto será desenvolvido em Salvador (BA), nas instalações do Senai Cimatec, a um custo total de R$ 26 milhões, incluindo o financiamento adicional do projeto piloto da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A BG Brasil contribui com R$ 8 milhões, verba de pesquisa e desenvolvimento da empresa.

“Os desafios técnicos e operacionais do projeto Surdo vão ao encontro da proposta de inovação colocada pela Embrapii, aproximando a academia da indústria. O SENAI acredita neste modelo novo de financiamento em P&D e irá realizar os esforços necessários para o sucesso deste projeto junto com o BG Group e a PGS”, pondera Leone Peter Correia da Silva Andrade, Diretor Regional do SENAI Bahia.

O equipamento vai gerar dados complementares para a metodologia de Inversão de Onda Completa (Full Waveform Inversion, denominação em inglês), uma metodologia que está sendo aprimorada com o uso de um supercomputador – outro projeto em desenvolvimento pela BG Brasil e o Senai Cimatec, junto a um grupo diferente de parceiros.

“Estamos muito animados para trabalhar com o BG Group e o Senai Cimatec neste projeto. O trabalho será feito com fornecedores locais e nosso grupo Geoscience e Engenharia, no Rio de Janeiro. Este projeto segue a nossa estratégia para aumentar nossa presença na P&D no Brasil”, disse Stephane Dezaunay, Brazil Country Manager PGS.

O nome do projeto – Surdo – faz menção ao instrumento de percussão, o tambor, que gera um som bastante grave. O desenvolvimento do projeto se dará em três etapas: a primeira será o desenho e construção de um protótipo do equipamento em escala reduzida, para teste do conceito; a segunda, desenvolvimento do protótipo em escala real e testes preliminares; e a terceira, a realização de testes de campo no Brasil, que acontecerá caso as duas primeiras etapas sejam bem sucedidas. A expectativa é de que, no futuro, o equipamento possa ser manufaturado e comercializado no país.

A BG Brasil é parte do BG Group, companhia que atua nas áreas de exploração e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito em mais de 20 países. No pré-sal da Bacia de Santos, a BG Brasil tem participação em três blocos, que incluem grandes descobertas como Lula, Iracema, Iara, Sapinhoá e Lapa. Na Bacia de Barreirinhas, localizada na margem equatorial brasileira do estado do Maranhão, a companhia é operadora e possui 100% de participação em dois blocos, 75% em quatro (sujeitos à aprovação da ANP) e 50% de participação em outros quatro blocos.

Presente no Brasil desde 1994, a BG Brasil tem compromisso de longo prazo com o país. A estratégia de sustentabilidade da companhia tem foco em tecnologia, investimento social, conteúdo local, meio ambiente e segurança – pilares que guardam estreita sintonia com os interesses nacionais.

PGS -Com sede em Oslo, na Noruega, a Petroleum Geo-Services (PGS) foi fundada em 1991, com apenas dois navios sísmicos e algumas ideias inovadoras sobre como reformular o setor. Hoje, a empresa está presente em 25 países, com centros regionais em Londres, Houston e Cingapura, equipada com 21 centros de processamento de dados, 14 navios sísmicos marítimos, 35 escritórios espalhados pelo mundo, e empregando mais de 70 nacionalidades.

Oferece uma ampla gama de produtos, incluindo serviços sísmicos e eletromagnéticos, de aquisição de dados, processamento, análise de reservatórios, com o intuito de facilitar as campanhas de exploração das petrolíferas e as descobertas das reservas de petróleo e gás no mar em todo o continente.

O Senai Cimatec - O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-BA) tem como missão promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria baiana. Entre as suas áreas de atuação estão a educação profissional, a prestação de serviços técnicos e tecnológicos, a pesquisa aplicada e a consultoria. A unidade Senai Cimatec é destaque nacional e internacional, sendo referência em tecnologia e educação no país.

O SENAI-BA está vinculado ao SENAI Nacional, braço educacional do Sistema CNI (Confederação Nacional da Indústria). Na Bahia, integra o Sistema FIEB, tendo à frente a Federação das Indústrias do Estado da Bahia.

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