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25/06/2014 - 11:03

A Copa do Mundo trará benefícios à carreira?


Para discutirmos esse assunto, é necessário visualizar os dados da última Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. Segundo o site do governo do país, existia a previsão de criação de 129.000 empregos, sendo que eram previstos 450.000 turistas, e a expectativa era que com a vinda destes turistas e com as imagens que seriam divulgadas do país, o aquecimento do turismo seria significativo. Porém, compareceram 310.000 turistas durante a Copa, número muito inferior ao previsto.

Nesta Copa, muitos negócios, muitas parcerias ainda estão sendo firmadas; são fornecedores, parceiros, tanto no que se refere aos suportes profissionais que deverão ocorrer dentro dos estádios, quanto nos serviços que serão oferecidos nos arredores dos estádios ou nas festas que ocorrerão oficialmente, promovidas pela FIFA em algumas das cidades-sede. Pode-se pensar no grau de organização de um evento destes quando se imagina que existam doze sedes e que em cada uma delas podem ocorrer ao menos três festas paralelas. Tudo isso amarrado por contratos de parcerias de serviços e fornecedores.

Para que estes eventos ocorram, há necessidade de criar uma cadeia de serviços paralelos, que podemos chamá-los de serviços de apoio. Nestes serviços precisamos pensar em hotéis (ou similares), restaurantes, lanchonetes, transporte público (ônibus, táxis, metrô e trem) e aeroportos.

Cabe lembrar que há no mercado uma quantidade bem interessante de vagas, com salários também interessantes, porém que não consegue ser preenchida por falta de capacitação profissional da população. Também é bom ficar atento, isto é mais fácil para as pessoas que costumam praticar o turismo no exterior, o quanto nossos aparelhos turísticos estão abandonados e são muito mal explorados. Isto ocorre por falta de investimento na formação de profissionais na área de turismo.

As pessoas estão sendo preparadas para falar ao menos duas línguas nos restaurantes, meios de transportes, segurança, hospitais, hotéis e pontos turísticos? Pelo que se pode perceber não houve uma preparação adequada para estes prestadores de serviço. Não pode ser levado em consideração apenas os hotéis cinco estrelas, que antes mesmo da existência deste evento já possuem pessoal qualificado, muito menos pode ser levado em consideração os restaurantes que atendem as pessoas classe A.

O que se percebe no Brasil é que, em virtude da Copa do Mundo, o turismo deve sofrer um colapso nos meses de junho e julho, afinal, com preços elevados, muitas pessoas que costumam viajar nesta época do ano deixarão de fazê-la. Desta forma, o novo turista da Copa do Mundo tende a não ser um aumento de demanda para o setor e sim uma substituição de demanda. Com certeza, ele pagará mais caro, mas exigirá também muito mais do seu prestador de serviço.

Pode-se perceber uma geração de emprego pontual durante os preparativos para a Copa do Mundo; apenas nas sedes onde estádios foram construídos, houve uma necessidade direta de mão de obra; porém, esta demanda praticamente acabou, e este pessoal, em grande maioria, pode ficar desempregado a médio prazo.

Quando a Copa acabar poderemos avaliar se no meio esportivo este evento terá êxito, quais os benefícios oferecidos à população, se os objetivos conquistados foram muito menores do que poderiam ser e se o dinheiro gasto na construção de estádios seria mais bem utilizado se fosse investido na capacitação técnico-profissional dos jovens.

. Prof. Nelson Destro Fragoso – É graduado em Psicologia pela Universidade Guarulhos (1994), em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdade Tibiriçá (1989). Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1998). Atualmente é Professor no UNISAL Santa Teresinha, Professor do Instituto Europeo de Design e também atua como Psicólogo Clinico particular e na Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo. | Perfil da UNISAL -O Centro Universitário Salesiano de São Paulo está presente no mercado desde 1997 como Centro Universitário. Sua história começou bem antes, em 1952, com a abertura da Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciência e Letras na cidade de Lorena/SP. Hoje conta com Unidades em Americana, Campinas – polo de Pós-Graduação em Sorocaba, Lorena – e os polos de Pós-Graduação em Pindamonhangaba e São José dos Campos, e São Paulo. O UNISAL ministra cursos de Graduação, Pós-Graduação lato sensu e stricto sensu e Extensão. A Instituição pertence às IUS – Instituições Universitárias Salesianas – presentes em mais de 77 países da América, Europa, Ásia, África e Oceania.

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