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21/12/2007 - 08:51

ANACE traça cenário positivo para consumidor livre

Para associação, persiste a preocupação com a falta de lastro contratual no período entre 2008 e 2010.

O resultado do leilão de Santo Antonio e a possibilidade de crescimento da energia incentivada formam um cenário tranqüilizador para o mercado livre. Essa é a opinião da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (ANACE), uma semana após o consórcio Furnas/ Odebrecht anunciar que o preço da energia na primeira usina do Rio Madeira será de R$ 78,87/ MWh para os consumidores cativos.

Segundo a ANACE, o valor sugerido pelo consórcio é um balizador para os mercados livre e cativo, mas não significa dizer que será o praticado por todas as geradoras a partir de 2012. “Analisando o último leilão A-5, realizado no dia 16 de outubro, com energia de hidrelétricas negociada a R$ 129,14/ MWh e de térmicas a R$ 129,37/ MWh, podemos verificar que o valor de Santo Antonio é apenas um dos formadores de preço do mercado cativo”, avalia Paulo Mayon, diretor-presidente da ANACE.

Mayon completa a análise com outra observação. “Se o crescimento do País continuar entre 4,5% e 5% ao ano, em 2013, a energia gerada por Santo Antonio representará menos que 2% do consumo total do Brasil. Os outros 98% da matriz energética nacional serão formados pelo preço médio dos volumes negociados nos leilões anteriores incluindo o impacto do eventual despacho efetivo de térmicas”, enfatiza. Para a ANACE, o valor médio da energia, em 2013, será de aproximadamente R$ 115/ MWh para o consumidor cativo.

“No momento, existe muita especulação sobre os preços em processo de negociação no mercado livre. Isto é normal, tanto por parte de quem deseja vender energia por valores mais altos, como daqueles contrários ao modelo de competição, que hoje responde por 30% da contratação do setor” afirma Mayon.

Apesar da previsão dos preços para o consumidor livre serem mais altos no período de 2012, do que os valores praticados após o racionamento de 2001, quando houve sobra de energia, a ANACE não vislumbra nenhum processo de retorno maciço ao ambiente cativo.

“Apenas uma parcela do mercado livre estará descontratada nesse período, as tarifas cativas não cairão de maneira significativa e o ganho médio histórico em decorrência da migração dos consumidores livres justificou substancialmente esta decisão empresarial. Em julho, a média de economia entre os consumidores livres e cativos foi de 28%” explica Mayon.

Na visão da ANACE, a preocupação que persiste, e que já existia antes do leilão de Santo Antônio, é o “apagão contratual”. A falta de lastro de contratos adicionada à impossibilidade do consumidor comercializar seus excedentes traz um risco crescente e que precisa ser tratado adequadamente. Caso contrário é possível que uma onda de inadimplência na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) afete a todos.

“A ANACE defende os interesses de consumidores cativos e livres e por isso tentamos traçar cenários mais próximos da realidade, sem tender para nenhum dos lados. Nossa intenção é fazer com que os consumidores possam se planejar e escolher o modelo de mercado que for mais conveniente para a necessidade de seus negócios”, afirma Mayon.

Perfil da ANACE - A ANACE foi fundada em março de 2006, para promover, defender e administrar os direitos e interesses dos consumidores livres e cativos de energia perante as entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras do setor energético. Uma das principais bandeiras da associação é lutar pela abertura do mercado de energia para todos os consumidores, inclusive residenciais. Assim, cada consumidor poderá escolher seu fornecedor e usufruir das vantagens dessa decisão.

Hoje, a ANACE tem em seu quadro de associados 110 unidades industriais e comerciais, sendo elas: Anglo American Brasil (mineração), Aracruz (papel e celulose), Basa (construção civil e administração de shopping centers), Battistella (área florestal, distribuidora de peças mecânicas e de energia auxiliar, veículos pesados e logística), Brasil Telecom, Ceusa (revestimentos cerâmicos), Dixie Toga (setor de embalagens), Döhler (têxtil), ElectroVidro (Vidros), Eucatex (construção civil, indústria moveleira e agroindústria), Galvani (mineração e fertilizante), Grupo Multiplan (administração de shopping centers, prédios comerciais e residenciais), Impressora Paranaense, Insit Embalagens, Itap Bemis (embalagens), Laminor (laminação de alumínio), Sadia, Seara Alimentos, Telefônica e Weg (motores elétricos). || www.anacebrasil.org.br

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