Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

04/07/2014 - 09:32

Somente dois em cada dez nódulos são associados ao câncer de mama, revela INCA

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA,) revelam que terão surgido no Brasil mais de 57 mil novos casos de câncer de mama até o final deste ano. O que mais preocupa é saber que a taxa de mortalidade da doença continua elevada porque o diagnóstico geralmente é realizado quando o tumor já está num estágio avançado. Se fosse diagnosticada precocemente e tratada logo no início, seria uma doença com boas chances de cura. Falta de atenção, de condições, de oportunidade ou ainda o medo de ter de enfrentar um diagnóstico de câncer são alguns dos motivos que levam as mulheres a não seguir à risca a recomendação de fazer mamografia todos os anos a partir dos 40 anos. Vale ressaltar que, a cada dez nódulos encontrados e submetidos à biópsia, somente dois estão de fato relacionados ao câncer de mama.

De acordo com a American Cancer Society, cerca de 80% das alterações submetidas à biópsia a vácuo por agulha (mamotomia) são consideradas benignas. Guiada por ultrassom, estereotaxia (mamografia), ou por ressonância magnética, a biópsia percutânea resulta na remoção de uma amostra do tecido para que seja realizado um exame histológico, que apontará se as alterações celulares são benignas ou malignas. Na opinião da doutora Vivian Schivartche, médica radiologista especialista em diagnósticos de câncer de mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, o rastreamento mamográfico deve começar aos 40 anos e ser regular. Mas a especialista também alerta para a possibilidade de algumas mulheres notarem o aparecimento de um nódulo no seio antes disso. Nesse caso, é importante procurar o médico antes do intervalo dos exames e fazer ultrassonografia das mamas.

“Somente dois em cada dez dos nódulos diagnosticados por métodos de imagem são associados a tumores malignos. Mesmo nesses casos, as chances de cura são promissoras. Hoje em dia, as pacientes contam com recursos diagnósticos de ponta. Durante a mamotomia, fazemos biópsia de nódulos de até 1,5cm ou calcificações muito pequenas agrupadas nas mamas. O procedimento, que é guiado pela estereotaxia (mamografia), ultrassom, ou por ressonância magnética, é realizado em clínica ou ambulatório, dispensa internação, faz uso de anestesia local – sendo indolor – e praticamente não deixa nenhuma cicatriz na paciente, retirando bastante material da lesão. Vale ressaltar que a mamotomia é indicada para nódulos ou lesões não palpáveis, encontrados nos exames de rastreamento (imagem)”, diz a médica.

De acordo com a radiologista, até poucos anos atrás, a mulher era submetida a um procedimento cirúrgico para retirar a lesão e analisar se o nódulo era benigno ou maligno. “A paciente permanecia internada por dois ou três dias e ainda ficava com cicatriz. Se o diagnóstico era maligno, fazia-se nova cirurgia para retirada de tecido ao redor do tumor. A mamotomia, que é realizada na maior parte das clínicas das grandes cidades, é um método diagnóstico preciso, facilita a vida da paciente e não deixa marcas – nem físicas, nem emocionais”, diz a médica.

Comprovado: tomossíntese oferece muitos benefícios no diagnóstico do câncer de mama -Estudo publicado recentemente na revista médica norte-americana JAMA confirmou benefícios da mamografia 3D. Também conhecido como tomossíntese, esse exame já está disponível nas principais clínicas de diagnóstico por imagem do Brasil. Na opinião de Vivian Schivartche, que faz parte da equipe que primeiro introduziu a tomossíntese na América Latina, no Centro de Diagnósticos Brasil (São Paulo), além de aumentar a detecção do câncer da mama, a tomossíntese possibilita a detecção de tumores menores, fato que tem implicação direta tanto na sobrevida quanto na qualidade de vida das pacientes.

“Vale ressaltar que tumores menores permitem a realização de cirurgias menos mutilantes e a um custo consideravelmente mais baixo de tratamento. Tudo isso tem impacto na qualidade de vida da paciente e deve ser priorizado sempre que possível, já que procedimentos complexos acabam gerando estresse e desgaste emocional”, diz a médica – ressaltando outra grande vantagem da tomossíntese: sua capacidade de superar um dos problemas mais comuns da mamografia, que é a superposição de estruturas em planos diferentes da mama, podendo esconder tumores.

A radiologista afirma, ainda, que sempre que a mamografia convencional ou 2D é realizada isoladamente, a superposição de estruturas pode simular lesões suspeitas. Com a tomossíntese, cada imagem representa uma fatia de um milímetro da mama, eliminando a superposição dos tecidos. Com isso, há melhor definição das bordas das lesões, proporcionando melhor caracterização dos seus contornos. Também é possível obter melhor detecção de lesões sutis e saber exatamente onde, na mama, a lesão está. Em média, a tomossíntese leva quatro segundos para ser realizada. Estudos iniciais realizados pelo CDB Premium em 2010 resultaram num aumento de 15% na detecção do câncer de mama, já que essa combinação de técnicas permite enxergar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas.

Dra. Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama, médica radiologista do CDB Premium – pertencente ao Centro de Diagnósticos Brasil (São Paulo). [www.cdb.com.br].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira