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11/07/2014 - 08:12

20 anos de estabilidade da moeda brasileira


O Plano Real completa 20 anos com muito a comemorar, tanto por parte dos empresários, como da população e do governo. No dia 1º de julho de 1994, houve o início de um processo de recuperação da credibilidade da moeda brasileira após um período de inflação elevada e de incapacidade de previsão para a realização de investimento, consumo e poupança.

A nova moeda trouxe benefícios para a sociedade, possibilitando o entendimento de que inflação baixa melhora a distribuição de renda, aumenta o poder de compra, possibilita o retorno do crédito de longo prazo e juros mais baixos e traz mais possibilidades de aumento do consumo.

Neste processo, os supermercados se destacaram como aliados do governo no combate à inflação, resultando em intensas negociações com as indústrias a fim de oferecer o menor preço possível no ponto de venda. Os índices de inflação desde o Plano Real comprovam a elevada eficiência do setor.

Enquanto o índice de inflação oficial brasileiro, o IPCA/IBGE, registrou alta acumulada de 359,99%, o IPS/APAS apresentou elevação de 160,79%. Assim, os ganhos de eficiência e produtividade alcançados ao longo dos anos pelos supermercados, aliados às constantes negociações junto à indústria, possibilitam preços mais competitivos, que são revertidos nos preços dos produtos, o que justifica uma evolução menor do que em outros setores da economia brasileira.

Não há comparação entre a condução da economia brasileira antes e após o Plano Real. Foram diversas as tentativas de estabilização da moeda e redução da inflação e, para tanto, existiram vários planos econômicos, congelamentos de preços, tablitas, confiscos, entre outras tentativas tidas como “planos econômicos”.

Além de cessar um processo inflacionário crônico, todo o procedimento respeitou a propriedade privada, os contratos firmados e os direitos da sociedade. Esse ganho é intangível e de difícil mensuração, mas foi fundamental, pois proporcionou alicerces para a condução das medidas do Plano Real e o alcance da melhora na conjuntura econômica no Brasil nos dias atuais.

A sociedade brasileira tende a conviver daqui pra frente com um cenário econômico mais favorável do que em outros momentos anteriores. Contudo, há avanços ainda a serem conquistados e consolidados no que diz respeito à estabilidade monetária e, consequentemente, econômica. Há um conjunto de ações de diversas vertentes a serem cumpridas pelo governo, pela população e pelas empresas para que a sociedade continue desfrutando de um ambiente econômico mais estável.

No que diz respeito ao setor supermercadista, deve ser mantida a busca pela maior eficiência e aumento da produtividade, o que possibilita preços mais competitivos.

Os mais jovens, provavelmente, não se lembram da inflação e muito menos se recordam das “maquininhas” de remarcação de preços. Por outro lado, também não se lembram do crescimento econômico brasileiro a taxas chinesas verificadas nas décadas de 1970, por exemplo.

Se o governo proporcionar um ambiente favorável de investimentos para a infraestrutura e oferecer condições para o aumento da produtividade da economia brasileira, tudo indica que esta geração e as próximas poderão viver algo que poucos brasileiros tiveram a oportunidade e o privilégio de presenciar: inflação baixa e controlada, taxa de juros baixas e crescimento econômico com desenvolvimento social.

. Por: Rodrigo Mariano, Gerente do Departamento de Economia e Pesquisa APAS (Associação Brasileira dos Supermercados).  

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