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29/12/2007 - 09:28

Brasil fecha ano com menor endividamento em 9 anos

Brasília - A economia feita pelo setor público brasileiro para o pagamento de juros em novembro ficou abaixo do estimado por analistas, mas o resultado acumulado no ano é recorde e já supera a meta do governo para o ano em mais de 17 bilhões de reais, informou o Banco Central, dia 28 de dezembro (sexta-feira).

O superávit primário elevado, aliado ao crescimento da economia e à inflação contribuíram para reduzir o endividamento do país a 42,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no mês passado, menor patamar desde dezembro de 1998, quando a relação dívida/PIB estava em 38,9 por cento.

A expectativa do BC é que, em dezembro, o endividamento fique em, no mínimo, 43,5 por cento do PIB, também menor valor anual desde 1998.

O superávit primário foi de 6,817 bilhões de reais em novembro, ante superávit de 5,605 bilhões de reais em igual mês do ano passado.

Analistas consultados pela Reuters esperavam um superávit de 8,2 bilhões de reais, de acordo com as projeções de 10 economistas.

Segundo o chefe de Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o que surpreendeu foi o resultado das estatais, que registraram no mês um superávit de apenas 26 milhões de reais.

O governo central, em compensação, fez um superávit fiscal de 4,784 bilhões de reais, o maior para novembro da série do BC, iniciada em 1991. Estados e municípios registraram um superávit de 2 bilhões de reais.

No acumulado do ano, o resultado primário soma 113,387 bilhões de reais, frente a uma meta de 95,9 bilhões de reais.

Em outubro, o endividamento havia fechado em 43,2 por cento do PIB. Lopes afirmou que, em novembro, contribuiu para a redução da dívida a depreciação cambial de 2,28 por cento, uma vez que o país é ativo em câmbio.

Nos últimos meses, a queda do endividamento tem sido reflexo do resultado primário e do crescimento do PIB. A inflação relativamente elevada medida pelo IGP-DI também tem contribuído para reduzir a relação. É que o indicador é usado para trazer os valores do PIB a preços correntes para efeitos de cálculo da relação dívida/PIB.

"A tendência de queda mostra a sustentabilidade da dívida. Isso reduz o risco e a percepção dos investidores e isso pode se refletir em um custo mais baixo da dívida", afirmou Lopes a jornalistas.

Em 12 meses encerrados em novembro, o superávit primário ficou em patamar equivalente a 4,22 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).| Por: Isabel Versiane, com edição de Renato Andrade/Reuters.

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