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19/07/2014 - 08:01

Suas informações na nuvem

Toda vez que falamos de inovações tecnológicas de uma forma geral, há sempre o grupo dos desconfiados que questiona se o produto ou serviço não representa apenas uma moda passageira. Com a Tecnologia da Informação (TI) não é diferente. Há sempre aqueles que questionam tudo o que surge de novo neste setor tão dinâmico.

Nos últimos tempos há uma grande preocupação com temas ligados à segurança e privacidade da informação, afinal, ninguém quer expor ou colocar em risco seus dados. Via de regra, os administradores sempre buscam ter seus dados ao alcance (físico) das mãos. Mas, quando falamos da área de TI, as inovações não param e a grande tendência que despontou há alguns anos é a tecnologia de computação em nuvem, ou nas nuvens, do inglês cloud computing.

Mesmo sendo algo recente no país – chegou por aqui em 2008, mas ganhou volume comercial a partir de 2012 – essa tendência vem ganhando espaço e amadurecendo de forma acelerada, com um crescente número de usuários entre organizações e entidades de diferentes portes e perfis, e também de pessoas físicas.

Ao falarmos de computação em nuvem, estamos abordando o uso da memória e capacidade de armazenamento de dados em locais que não estão fisicamente em nossos computadores ou servidores. Com o uso desses serviços, podemos arquivar nossos dados e ter acesso a eles de qualquer lugar, desde que tenhamos uma conexão à Internet. É o que achamos de acesso remoto.

Neste modelo, o usuário não precisa se preocupar com a estrutura necessária para o processo de armazenamento das informações, pois o fornecedor fica responsável pela manutenção da infraestrutura, atualizações, backup e pela segurança de uma forma geral. Ao usuário cabe acessar e utilizar.

O grande questionamento é sobre a segurança deste armazenamento. Será que os dados estarão (mais) seguros na nuvem?

Minha resposta é sim, por vários aspectos.

Quando analisamos a estrutura de empresas pequenas e médias é possível perceber que, por mais que exista uma preocupação com a segurança no armazenamento dos dados, este não é o foco principal do negócio e, muitas vezes, o gestor não tem o conhecimento e nem dispõe do tempo necessário para decidir sobre os investimentos necessários e o que realmente a companhia necessita.

Se a empresa for pequena, é muito comum que nem tenha um profissional de TI em seu quadro de funcionários. Também é normal que o pequeno empreendimento não tenha acesso a manuais de boas práticas, demore a identificar ameaças de ataques e, mesmo quando consegue reconhecê-las, não é capaz de mensurar o real risco que está correndo.

No ambiente em nuvem, mesmo com as informações fisicamente distantes, a segurança é muito superior, já que os data-centers investem na proteção de seus sistemas, contam com know-how tecnológico e também mão de obra especializada.

Quanto ao investimento, também acaba se tornando viável devido às garantias oferecidas pelos data-centers a seus clientes e ao fato do seu uso ser compartilhado com vários usuários. A empresa investe, mas em contrapartida não precisa se preocupar com a infraestrutura (capacity planing, disponibilidade, atualizações, investimentos capex).

E as vantagens não param por aí, pois, com o cloud computing, os usuários – sejam pessoas jurídicas ou físicas – podem escolher pelo tipo de nuvem que desejam para o armazenamento de seus dados. A nuvem pode ser privada, pública, de comunidade ou híbrida, com restrições de acesso para um ou outro tipo de usuário a ser definido pelo contratante do serviço.

A única desvantagem está na dependência da internet, pois, sem a rede, não é possível acessar os dados armazenados.

De uma forma geral, minha percepção é que o cloud computing veio para ficar e a tendência é que este modelo de armazenamento de dados esteja cada vez mais acessível a um número maior de empresas e usuários finais. Se ainda há dúvidas sobre a segurança, o tempo e o mercado deixarão todos mais seguros para optar por este modelo.

. Por: Marcos Sakamoto, presidente da Assespro-SP| Perfil-A Assespro é uma associação empresarial que congrega as empresas de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e tem como objetivo ser a interlocutora do setor na busca e defesa de seus interesses diante do mercado e das autoridades. A Assespro-SP é a regional da entidade no Estado de São Paulo. [www.assespro-sp.org.br].

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