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28/12/2007 - 09:19

O Futuro chegou

Sucessivas edições da Árvore da Lagoa, no Rio de Janeiro testemunham o avanço tecnológico.

Este ano, a 12ª edição consecutiva da Árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência renovou seu próprio recorde de “maior árvore de Natal flutuante do mundo”. Com 85 metros que equivalem a um prédio de 28 andares, o símbolo natalino entrou pela segunda vez para o Guiness, o Livro dos Recordes. A primeira foi em 1999, quando media 76 metros. Muito mais do que ostentar títulos, no entanto, a Árvore encarna a permanente evolução tecnológica dos últimos anos e não pára de se superar. O sistema de telemetria computadorizada, por exemplo, permitiu que o acionamento dos computadores se adequasse à iluminação programada. Além de economizar energia, o melhor uso e a redução no número de geradores abriram um espaço interno dentro da Árvore para um tanque de armazenamento de combustível. Com isso, o transporte que já foi realizado duas vezes por semana, limitou-se a apenas um deslocamento durante os 37 dias de operação.

O uso dos geradores, por sinal, é um capítulo à parte. Nos últimos dois anos, a Mil Geradores desbancou uma multinacional e passou a prestar um serviço de excelência à Árvore. Se no início a operação dos equipamentos era manual, hoje, as 2,9 mil microlâmpadas e 37 mil metros de mangueiras luminosas são acionadas por um sistema totalmente digital. Abertos, barulhentos e com mais fumaça nos primórdios, os geradores passaram a ser fechados e silenciosos e ‘exportaram’ know how para os carros alegóricos que os adotaram para brilhar com autonomia na Marquês de Sapucaí no desfile das Escolas de Samba.

Hoje, o circuito elétrico é acionado por computador, equipado com dimmer para regular a memória do equipamento. Isso permite, por exemplo, identificar onde ocorreu um defeito em 12 relatórios que são processados a cada hora. Em contrapartida, uma curiosidade é que: todos os programas da Árvore são armazenados em disquetes. É isso mesmo – as dimensões da sala de comando tornam o velho e bom disquete mais conveniente.

Outra evolução promove um forte contraste entre a primeira edição e suas sucessoras. Quando flutuou pela primeira vez na Lagoa Rodrigo de Freitas, em 1996, a altura da Árvore era de 48 metros, quase a metade do tamanho atual. Na época, porém, por falta de grandes guindastes, a estrela foi instalada de helicóptero no topo do símbolo natalino. Uma verdadeira operação de guerra, complexa e arriscada. Hoje, um guindaste, com lança de 90 metros, faz o indispensável acabamento final na instalação da estrela e dos painéis luminosos.

Outro avanço tecnológico facilitou muito o deslocamento da Árvore, uma embarcação que navega pelo espelho d’água da Lagoa três vezes durante sua operação, para ser fixada em locais de melhor visibilidade para o público em toda a orla. Em cada um dos três pontos é preciso localizar onde estão as quatro mega âncoras responsáveis pela amarração da balsa que sustenta o símbolo natalino (cada uma pesa até seis toneladas). No passado, isso era feito com auxílio de sondas. Uma operação demorada nas águas turvas da Lagoa dos anos 90. Para tornar a localização das âncoras mais rápida e precisa, foi adotado o sistema de GPS, que identifica rapidamente os locais via satélite.

A próxima etapa, na edição 2008, mais um exercício de futurologia poderá entrar em cena. Os técnicos já pensam na possibilidade de operar o sistema dos dimmers que controlam o suave acender e apagar das lâmpadas do lado de fora da Árvore. Mais exatamente, da orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, através do sistema de controle remoto wireless. O projeto poderá liberar os funcionários de passar o Natal e reveillon isolados na água, embora a presença de pelo menos uma dupla de seguranças seja indispensável.

Preservação ambiental - Nos últimos dois anos, os sete geradores, cuja capacidade instalada foi reduzida nesta edição para 2.515 KVA (energia suficiente para manter acessos 300 apartamentos de 2 quartos com todos os eletrodomésticos modernos durante 30 dias), passaram a ser acionados por biodiesel, combustível mais limpo que o diesel comum. Se a medida já contribuía para reduzir as emissões de carbono na atmosfera, pela primeira vez será adotada a neutralização das emissões.

Para isso, foi contratado um especialista que vai aferir o total de emissões provocadas pela montagem, operação e desmontagem da Árvore – além dos deslocamentos dos profissionais envolvidos com o símbolo natalino, incluindo os 75 músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira que se apresentaram no concerto de inauguração, em 1º de dezembro.

A contrapartida será o plantio de árvores em número proporcional ao total de emissões, através da parceria da Bradesco Seguros e Previdência com a Fundação S.O.S. Mata Atlântica, que já plantou 18 milhões de árvores no país. As mudas serão acompanhadas e fiscalizadas até completarem três anos de vida, quando adquirem autonomia. As que morrerem serão substituídas.

Assim, de certa forma, a Árvore, terceiro mais importante evento turístico do Rio de Janeiro, após o carnaval e o reveillon, será ‘clonada’em milhares de ipês (Tabebuia chrysotricha), pau-brasil (Caesalpina echinata), novas copaíbas (Copaipera lagsdorffi), maçarandubas (Persea pyrifolia) e pau-ferro (Caesalpinia ferra), entre outras espécies nativas da Mata Atlântica.

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