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24/07/2014 - 08:03

Time Brasil já tem 300 vagas nos Jogos Olímpicos Rio 2016


Comitê Olímpico Brasileiro intensifica apoio a atletas para alcançar o TOP 10 no quadro geral de medalhas dos Jogos.

A pouco mais de dois anos para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a delegação brasileira já conta com 300 vagas garantidas para a competição. A informação foi passada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em apresentação no dia 23 de julho (quarta-feira). Na oportunidade, o COB detalhou o mapa estratégico e as ações que estão sendo realizadas para que o Time Brasil alcance o TOP 10 no número total de medalhas dos Jogos Rio 2016, principal meta da entidade para o evento. Em 2012, a Itália ficou na 10ª colocação, com 28 medalhas. O Brasil ficou em 15º em Londres, quando conquistou 17 medalhas no total, o recorde do país.

“A meta do COB é ficar entre os dez primeiros países no quadro total de medalhas. É uma meta ousada, porém factível, dentro da realidade que podemos atingir. Para isso estamos trabalhando intensamente com as Confederações para proporcionar aos atletas e equipes todas as condições de preparação e treinamento”, explicou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Time Brasil - O COB trabalha com a expectativa de aproximadamente 400 atletas na delegação brasileira durante os Jogos. Por ser a delegação do país sede, o Brasil tem vaga garantida em grande parte das modalidades, mas não em todas. Alguns esportes definem suas vagas através de índices estabelecidos pelas respectivas Federações Internacionais, como atletismo e natação. Em outros, como hóquei sobre grama e tênis, a classificação se dará através do ranking mundial.

Ao fim do encontro, o diretor de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, informou que o COB já tem contrato firmado com a Prefeitura do Rio e os administradores da HSBC Arena para a instalação de um Centro de Treinamento de Ginástica na quadra de aquecimento do local. As obras de adequação se iniciarão até o final de setembro. “Em dezembro desse ano o local já estará disponível para os nossos ginastas, lembrando que as duas seleções estão, neste momento, bem atendidas. A feminina está em Três Rios e a masculina treina em São Paulo. Durante esses dois últimos anos, proporcionamos diversos períodos de treinamento no exterior para os atletas da modalidade”, disse Marcus Vinicius, que apresentou o planejamento do COB nesta quarta ao lado dos gerentes da área de esportes da entidade.

Para alcançar a meta do TOP 10, o COB implementou um Plano Estratégico em 2009, quando o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos. Ainda no ciclo olímpico passado, o COB preparou, com a ajuda das Confederações Brasileiras Olímpicas, um guia para o desenvolvimento sustentável de todas as modalidades olímpicas. Dentro do planejamento estratégico do COB, os primeiros anos deste ciclo olímpico são voltados para a preparação técnica, física e mental e a estruturação esportiva das equipes brasileiras, a partir de sete ações básicas: suporte para treinamentos e competições; utilização das Ciências do Esporte; apoio a atletas e aos técnicos brasileiros; disponibilização de serviços médicos e fisioterapêuticos; aquisição de equipamentos esportivos; contratação de técnicos estrangeiros; e monitoramento de resultados internacionais.

O Comitê Olímpico monitora os principais atletas brasileiros, buscando atender, em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas, suas principais necessidades em termos de treinamento esportivo. Um dos objetivos principais desse monitoramento é avaliar que etapa o Brasil atingiu no processo de preparação das equipes e atletas com chances de integrar a delegação brasileira em 2016, através da comparação de resultados obtidos em campeonatos mundiais ou rankings das federações Internacionais. Com esses dados, o COB estabelece estratégias de investimentos visando ao aprimoramento e/ou desenvolvimento esportivo de cada esporte, disciplina ou atleta de potencial. O COB busca investir nos detalhes que possam fazer a diferença no resultado final dos atletas.

De acordo com o planejamento estratégico feito para cada modalidade, o COB vem possibilitando a realização de estágios nacionais e internacionais para diversas modalidades, incluindo a realização de campings de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições estratégicas do calendário internacional. Ex: atletismo nos Estados Unidos, lutas feminina no Japão, ginástica feminina na Alemanha.

A participação de treinadores qualificados no processo de preparação de atletas e equipes é condição fundamental para o sucesso de uma campanha em competições como Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos. Por essa razão, a valorização dos treinadores, brasileiros ou estrangeiros, tem sido um dos pilares estratégicos do COB neste ciclo olímpico. Neste momento, são 42 técnicos estrangeiros, de 23 modalidades diferentes, trabalhando com as equipes brasileiras, através de recursos da Lei Agnelo/Piva.

Ciências do Esporte - Desde 2010 o COB vem desenvolvendo e aplicando avaliações e testes científicos com atletas e equipes olímpicas, visando à melhora de suas performances. Esse processo está sendo intensificado neste ciclo olímpico. Através do estudo das necessidades dos atletas/equipes, feito em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB desenvolve projetos customizados, envolvendo diferentes áreas do conhecimento científico, que compreende sete setores: Fisiologia (testes de campo e laboratório), Bioquímica, Nutrição, Preparação Mental (Psicologia e Coaching), Meteorologia & Geociência, Cinemática (análise de imagens) e Treinamento Esportivo. A partir daí, são realizados acompanhamentos de aspectos bioquímicos-nutricionais, ajustes necessários à preparação física, prevenção de lesões e ações fisiológicas de recuperação de atletas em treinamento e competições.

O gerente-geral de performance esportiva do COB, Jorge Bichara, explicou a linha geral do trabalho de preparação mental desenvolvido pelo COB em suporte aos atletas. “Estamos trabalhando essa parte de preparação mental e emocional. Esse trabalho já vem ao longo de alguns anos. Em Londres 2012, trabalhamos com sete psicólogos dentro da equipe. Nesse momento, temos a área de Psicologia e a área de Coaching trabalhando com os atletas”, disse Bichara. “A Psicologia faz parte de um leque de serviços que contribuem para aquele atleta chegar equilibrado nos Jogos. O atleta precisa ter uma série de qualidades bem trabalhadas para que ele consiga naquele momento específico, naquele dia único, ter condição de oferecer sua melhor performance. Para isso, trabalhamos para preencher todas essas lacunas. A Copa do Mundo de futebol foi rica em experiências para todos nós. Estamos fazendo um estudo grande sobre como essa influência aconteceu junto aos atletas, junto aos nossos treinadores, procurando potencializar o que aconteceu de positivo e neutralizar o que aconteceu de negativo”, completou o gerente.

O COB tem adquirido equipamentos e materiais esportivos específicos para diversas modalidades, entre eles 20 embarcações de vela, sendo dois barcos para cada uma das duas classes do Programa Olímpico do Rio 2016; equipamentos para a ginástica artística; equipamentos para salto com vara, cedidos para o treinamento dos principais atletas do Brasil na modalidade; armas para o tiro esportivo, entre outros.

Assim como o Crystal Palace em Londres 2012, o Time Brasil terá uma base exclusiva de treinamento antes e durante o Rio 2016. O COB tem convênio firmado desde 2011 com o Exército brasileiro para utilização da Escola de Educação Física (EsEFEx) dentro da Fortaleza de São João, na Urca. O objetivo é dar privacidade e estrutura de qualidade para o treinamento da delegação brasileira. A EsEFEx, terá capacidade para receber até 260 atletas em seus alojamentos. Catorze modalidades esportivas, como vôlei, basquete, atletismo, natação, entre outros terão aparelhos novos e modernos na escola. O COB também tem convênio com a Escola Naval para transformar o local em base exclusiva para a preparação da equipe brasileira de vela. Em ambos os casos o Ministério do Esporte está apoiando financeiramente os projetos, com investimentos de R$ 3 milhões na Escola Naval e de R$ 22 milhões na EsEFEx.

Pensando no futuro do esporte olímpico brasileiro, para além do Rio 2016, o COB contratou a inglesa Sue Campbell como consultora para o Programa 2020 e 2024 da entidade. O objetivo principal é auxiliar as Confederações Brasileiras Olímpicas no desenvolvimento e confirmação de atletas para o alto rendimento. Sue é ex-presidente da UK Sport, um dos órgãos que dirigem o esporte britânico.

Recursos - O orçamento do COB para os quatro anos deste ciclo olímpico é de aproximadamente R$ 700 milhões, oriundos principalmente da Lei Agnelo/Piva. “Vale ressaltar que o investimento na preparação e treinamento dos atletas brasileiros é feito ao longo de todo o ciclo olímpico, que inclui uma série de ações objetivando a performance desses atletas em Campeonatos Mundiais, Copas do Mundo, Jogos Sul-americanos, Jogos Pan-americanos e Jogos Olímpicos, entre outras competições”, explicou Marcus Vinicius Freire.

Resultados - Em 2013, o Brasil conquistou 27 medalhas em provas olímpicas nos Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes, sendo oito de ouro, dez de prata e nove de bronze. Em termos de resultados, este foi o melhor primeiro ano de ciclo olímpico do Brasil. “Isso não é garantia de resultados em 2016. Mas indica que estamos trabalhando no caminho certo. A curva de medalhas é ascendente”, encerrou Marcus Vinícius.

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