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25/07/2014 - 07:51

Atividade cai e aumenta dificuldade de acesso ao crédito na indústria da construção

Pesquisa da CNI mostra que cresceram as dificuldades do setor com a inadimplência dos clientes e os juros elevados. Empresários também estão insatisfeitos com a margem de lucro e a situação financeira.

O indicador de nível de atividade na indústria da construção brasileira alcançou 44,5 pontos em junho. Foi o sétimo mês consecutivo em que o indicador ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que revela queda na atividade. O indicador de número de empregados situou-se em 45,3 pontos, o que significa redução do quadro de trabalhadores no setor. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada no dia 23 de julho (quarta-feira), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme a pesquisa, o indicador de evolução do nível de atividade em relação ao usual para o mês ficou em 41,7 pontos, o menor da série histórica iniciada em dezembro de 2009. A utilização da capacidade de operação caiu 1 ponto percentual em relação a maio e alcançou 69% em junho. "Esse desempenho negativo está em linha com a desaceleração da economia brasileira", analisa a CNI.

A retração da atividade compromete a situação financeira das empresas. No segundo trimestre do ano, o indicador de margem de lucro operacional ficou em 41,4 pontos e o de situação financeira recuou para 45,1 pontos, ambos abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que demonstra a insatisfação dos empresários. "A avaliação desses quesitos no segundo trimestre foi a pior desde que a pesquisa foi iniciada", diz a Sondagem.

Além disso, o indicador de acesso ao crédito alcançou 37,9 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa a dificuldade da facilidade para obtenção de financiamentos. Ao se afastar significativamente dos 50 pontos, o indicador revela que a percepção de dificuldade de acesso ao crédito se disseminou pela indústria da construção.

Dificuldades e expectativas - A pesquisa informa ainda que cresceram as dificuldades das empresas com a inadimplência dos clientes e com os juros elevados. Entre os principais problemas enfrentados pelo setor, as menções sobre a inadimplência dos clientes aumentou de 15,7% no primeiro trimestre para 21,4% em junho. As assinalações da elevada taxa de juros subiram de 18% para 22,5%. Mas o principal problema do setor, com 46,9% das respostas, continua sendo a elevada carga tributária, seguida da falta de trabalhador qualificado, com 34,2% das menções.

Diante desse cenário, as perspectivas dos empresários da construção já não são otimistas. Em julho, o indicador de expectativa sobre a evolução do nível de atividade para os próximos seis meses ficou em 51,2 pontos e o de expectativa em relação a novos empreendimentos foi de 50,3 pontos, praticamente sobre a linha divisória dos 50 pontos, que separa a previsão de aumento da estimativa de queda. Os indicadores de compras de insumos e de matérias-primas e de evolução do número dos empregados ficaram levemente abaixo dos 50 pontos.

"Não há mais entre os empresários o otimismo observado nos anos anteriores. Entre as grandes empresas há expectativa de queda nos novos empreendimentos e serviços, na compra de insumos e matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses", diz a pesquisa.

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