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26/07/2014 - 07:19

Enxaqueca e a alimentação

A migrânea, popularmente conhecida como enxaqueca ou dor de cabeça, é um sintoma comum na prática clínica, podendo ser episódica ou crônica, que acomete milhares de pessoas ao redor do mundo, estando entre as 20 doenças mais incapacitantes.

A enxaqueca possui um grande impacto, já que as pessoas acometidas com esse problema apresentam um risco elevado de desenvolver várias doenças, como por exemplo, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas, como a esclerose múltipla, depressão, transtorno bipolar, ansiedade, doenças da tireoide, asma, alergia, epilepsia (convulsão), litíase renal (pedra nos rins), entre outras, apesar de que os mecanismos responsáveis por isso ainda não estão bem esclarecidos.

A causa da enxaqueca é multifatorial. Álcool, cigarro, nutrição, exercício físico, ciclo menstrual e alterações ambientais têm sido associados com a enxaqueca.

Outro fator relacionado é o estresse. Experiências estressantes podem ser o gatilho para o aparecimento de enxaqueca em cerca de 50% a 70% dos indivíduos.

O tratamento da enxaqueca tradicionalmente engloba a utilização de fármacos durante as crises e como medida profilática. Contudo, além dos medicamentos, por meio da nutrição funcional conseguimos melhorar o tratamento ou auxiliar na prevenção da enxaqueca. Abaixo, serão descritos alguns nutrientes, alimentos e fitoterápicos que podem auxiliar na redução da dor de cabeça/enxaqueca:

Magnésio: a suplementação de magnésio (Mg) pode ser benéfica para a enxaqueca. O benefício também ocorre nas enxaquecas associadas com a menstruação. O Mg pode ajudar a diminuir vários aspectos da inflamação neurogênica, o que também contribui para a melhora da dor de cabeça. Esse nutriente pode ser encontrado em alimentos como: grãos integrais (arroz integral), oleaginosas (castanha-do-Brasil, amêndoas) e sementes (semente de abóbora), além de vegetais folhosos verdes escuros, como a couve.

Vitaminas do complexo B: Algumas vitaminas do complexo B têm sido associadas à prevenção e à melhora da dor de cabeça, como a vitamina B2 e a vitamina B12. Um estudo com suplementação de vitamina B12 levou a uma melhora da enxaqueca em 53% dos pacientes, além de diminuir a duração total de enxaqueca, a frequência da enxaqueca e o número de medicamentos utilizados. Além da suplementação, é sugerido o consumo de alimentos fontes, como cereais integrais, ovos, carne, oleaginosas, como as citadas acima e vegetais folhosos verdes escuros.

Coenzima Q10: A coenzima Q10 possui dois papéis principais que contribuem com a prevenção da enxaqueca: melhora a função mitocondrial, além de ser um antioxidante. Alimentos fontes de coenzima Q10 incluem: sardinha, abacate, óleo de canola, pistache, gergelim, brócolis, couve-flor, entre outros.

Ácido lipoico: O ácido lipoico também está associado à redução da enxaqueca por sua ação antioxidante. Entre os principais alimentos fontes, podem ser citados: levedo de cerveja, carnes, vegetais folhosos verdes escuros, como espinafre, brócolis, couve de Bruxelas, ervilhas, cereais integrais, como o arroz integral e farelo de arroz.

Fitoterápicos: O Petasites hybridus é uma planta da família Compositae, cujo extrato da raiz parece ter propriedades antienxaqueca. Outros dois fitoterápicos que também possuem estudos mostrando benefícios na prevenção da enxaqueca são o Tanacetum parthenium e o Ginkgo biloba, no entanto, esses são dois fitoterápicos restritos à prescrição médica.

Outras estratégias nutricionais que auxiliam a reduzir a frequência da enxaqueca é a exclusão de alimentos que contêm tiramina, como vinho, alimentos curados, defumados, em conserva e marinados, incluindo alguns peixes, aves, carne bovina e carne de porco, queijos maturados (principalmente cheddar, provolone, emmental, roquefort, etc.), outros laticínios (creme de leite, iogurte), levedura de cerveja, cerveja, vinho, chocolate, alimentos fermentados, feijão e alguns alimentos à base de soja.

Além disso, alguns pacientes se beneficiam com a exclusão de adoçantes, cafeína, alimentos ricos em nitrato, bebidas alcoólicas da dieta e com o aumento da ingestão de água e aumento da frequência alimentar, evitando longos períodos em jejum.

Vale ressaltar também a importância do profissional nutricionista propor um plano alimentar rico em alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, após avaliar possíveis alimentos associados à enxaqueca, respeitando a individualidade bioquímica dos pacientes.

. Por: Viviane Sant’Anna – nutricionista da Clínica Lituânia - http://www.clinicalituania.com.br| [email protected]

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