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26/07/2014 - 07:21

A felicidade aumenta a produtividade

Estimular a felicidade dentro de sua empresa é um dos indicadores-chave de uma empresa de alto desempenho que investe em sua Employer Brand.

“O dinheiro não compra a felicidade”. Esse velho provérbio, largamente empregado, parte para o senso comum que a felicidade não gera dinheiro. E, de fato, a maioria das pessoas não espera que o ato de ser feliz a leve automaticamente à prosperidade. No entanto, já se perguntou “o que faz você feliz?" Hoje, trabalhar em algo que você possa se desenvolver profissionalmente e ser reconhecido, pode atingir o mesmo nível de importância de desejar uma alta capacidade sexual e ter um bom equilíbrio entre a família e amigos. E isso faz com que a felicidade do colaborador seja um assunto sério, que deve ser alvo dos investimentos de qualquer empresa.

Os governos federais de diferentes países estão começando a perceber que os modelos que usamos para medir a produtividade estão desatualizados. Em vista disso o ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, em fevereiro de 2008, pediu a dois economistas vencedores do prêmio Nobel, Joseph E. Stiglitz e Amartya Sem, que identificassem as limitações do Produto Interno Bruto (PIB) e que sugerissem novos indicadores econômicos, resultando na inclusão dos itens felicidade e bem-estar, o que, para ele, foi um ato “revolucionário”.

Felicidade e Produtividade - Resultados da recente pesquisa elaborada pelo Top Employers Institute indicam que não há contradição entre produtividade e felicidade dos funcionários. Nas instituições que participaram do levantamento percebemos que as medidas práticas de investimentos utilizadas junto aos colaboradores, coincidem surpreendentemente com os fatores chamados pelos "psicólogos positivistas" como cruciais para o bem estar.

No conceito de fluxo, desenvolvido em 1990 pelo professor de psicologia húngaro, Mihaly Csikszentmihali, felicidade é o resultado de um sentimento de foco energizado, total envolvimento e sucesso no processo da atividade. De acordo com Jonathan Haidt, professor de psicologia da Universidade de Virginia, a oferta de postos de trabalho onde os colaboradores possam experimentar esse conceito de fluxo não é suficiente para fazer as pessoas trabalharem felizes e tornar as empresas rentáveis. Os profissionais também precisam de um significado, uma razão para a qual estão fazendo isso. Um ambiente com profissionais felizes, consequentemente é mais produtivo. E vice-versa: ser produtivo faz as pessoas felizes.

Mas, isso não implica no recrutamento de ‘’workaholics’’, pois isso significaria transformar seus operativos em pessoas negativas e cínicas. O profissional que enxerga e obtém inspiração no trabalho e não o trata como vício mantém um equilíbrio aceitável entre trabalho-vida. Isso deve ser uma das questões-chave dos empregadores. Quão produtivos são os empregados felizes?

O mercado de trabalho e psicólogos organizacionais gostariam de saber se é possível medir o impacto da felicidade sobre a produtividade. Sabemos que a felicidade é contagiosa, o que significa que um ou dois colegas "felizes" podem elevar uma equipe inteira. Mas isso significa que as empresas em que trabalham são mais rentáveis???

Pesquisas internacionais mostram que a felicidade dos trabalhadores tem um impacto positivo sobre o desempenho e resultados financeiros. Ações positivas, como o feedback de colegas e executivos, as oportunidades de autonomia, treinamento, educação e desenvolvimento, tornam os colaboradores mais criativos e inovadores. E, como resultado, mais propensos a se beneficiarem dos instrumentos de RH oferecidos pela empresa.

Ansiedade Status: ser bom e ser reconhecido por isso-A felicidade é relativa. Não são apenas as condições absolutas que fazem os funcionários felizes, mas também a forma como se relacionam com seus colegas, como são tratados e o que eles observam que outras empresas fazem por seus profissionais. É a ansiedade do status, onde as pessoas esperam ser tratadas de formas semelhantes. É por isso que a política e os instrumentos de RH devem ser aferidos regularmente e que sejam transparentes dentro da organização.

Você tem que ser bom, mas também precisa obter reconhecimento sobre isso. Assim, a equipe fica orgulhosa e menos preocupada em perder postos, o que acaba contribuindo para o recrutamento de novos talentos.

Ao investir em sua Employer Brand empregadores também devem se preocupar em fazer as pessoas mais felizes. Mas, não é necessário um novo método de medição ou modelo para incorporar a satisfação dos funcionários no balanço de sua organização. Rentabilidade é um resultado natural das ações em prol da satisfação de seus colaboradores. De fato, talvez o dinheiro não compre felicidade, mas a felicidade do profissional certamente pode tornar as empresas produtivas e lucrativas.

. Por: David Plink se especializou em ajudar pessoas a tomarem decisões de carreira. Já trabalhou em publicidade e recrutamento para vários meios de comunicação e, adquiriu ampla experiência através de seus trabalhos de pesquisa de mercado na AC Nielsen, USA. Possui MBA pela Berkeley e bacharelado pela Universidade de Leiden. É CEO do Top Employers Institute, é casado e pai de quatro filhos.

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