APO divulga atualização da matriz de responsabilidades olímpica

71% dos projetos atingiram nível de maturidade 4 ou 5, ou seja, com contratos assinados e as obras iniciadas, dizem os organizadores.

A Autoridade Pública Olímpica (APO) - em parceria com os Governos Federal e Estadual e a Prefeitura do Rio - divulgou, no dia 29 de julho(terça-feira), a atualização da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O documento relaciona 52 projetos associados exclusivamente à organização e realização do evento. Nessa atualização, 71% dos projetos atingiram nível de maturidade 4 ou 5, ou seja, com contratos assinados e as obras iniciadas. Isso corresponde a um avanço de quase 50% em relação à primeira divulgação, em 28 de janeiro, quando a Matriz apresentava valores e prazos de 46% dos projetos.

Na primeira publicação, 24 dos 52 projetos já estavam licitados ou com pedido de proposta e somavam R$ 5,64 bilhões em obras e organização. Nesta atualização do documento, os 37 projetos nesta situação somam R$ 6,5 bilhões em julho. Os outros 15 ainda não têm data para serem licitados, pois são relacionados às instalações complementares, chamadas de overlay, que só necessitam ficar prontas próximo à competição.

Os investimentos privados continuam contribuindo majoritariamente para o financiamento dos projetos, com o valor de R$ 4,2 bilhões (65%), sendo o restante proveniente do setor público.

De acordo com o presidente da APO, o general Fernando Azevedo e Silva, os 52 projetos atuais não são os mesmos de janeiro. Houve uma necessidade de acrescentar um e de passar outro para o lugar adequado: - O de urbanização de Deodoro, Marechal Hermes e Realengo foi tirado da Matriz de Responsabilidade e passado para o Plano de Políticas Públicas. Por outro lado, outro projeto básico e executivo de Deodoro entrou para a Matriz.

Os projetos do Complexo Esportivo de Deodoro foram os que mais contribuíram para o avanço dos índices e dos valores da Matriz. São 11 projetos de construção e adequação de instalações esportivas que vão sediar as provas de 11 modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas, e que estavam na primeira versão da Matriz com maturidade 2, sem valores e prazos definidos.

“A grande novidade deste documento é a evolução do Complexo Esportivo de Deodoro, que andou muito bem. Entre o masterplan, os projetos, a licitação e o início da obra agora no último dia 3 de julho, a prefeitura agiu muito rápido. Não temos um prazo muito elástico, mas agora estamos dentro do cronograma atual previsto. A União foi ágil em repassar os recursos e a prefeitura foi muito eficiente em antecipar a licitação e as obras”, disse o presidente da APO.

Perfil - A Matriz engloba os compromissos assumidos pelos entes governamentais associados exclusivamente à organização e realização dos Jogos Rio 2016, ou seja, os projetos que não aconteceriam se o Rio não fosse escolhido como cidade-sede. É um documento dinâmico, com permanente acompanhamento e atualização, com divulgação periódica para garantir a transparência do processo e prestar contas à sociedade.

As informações estão organizadas agrupando obras e serviços relacionados às regiões olímpicas: Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana.

“A Matriz é um documento totalmente renovado, flexível, dinâmico e transparente. Estamos confiantes na boa organização dos Jogos no Rio, pois a Matriz indica que as obras estão encaminhadas e mostramos hoje com essa atualização que a evolução foi muito grande. A parceria e integração dos níveis de governo estão muito boas e mostra o quanto estão comprometidos com a organização de uma Olimpíada enxuta e eficiente”, disse o general. | Juliana Romar.

Os projetos avançam de acordo com o nível de maturidade, conforme os seguintes indicadores: