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30/07/2014 - 08:04

MME não acredita que haja uma crise, mas sim um momento de ajustes de mercado no setor elétrico

Afirmação foi feita pelo coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Carlos Alexandre Príncipe, durante o 11º Congresso de Eficiência Energética.

As principais autoridades do setor elétrico se reuniram no maior congresso sobre eficiência energética do País para discutir soluções que amenizem as consequências e efeitos da pior crise energética do Brasil. A Medida Provisória 579 foi alvo de críticas e considerada como o gatilho da crise. “Desde 2009, o foco tem sido apenas a modicidade tarifária, e a MP 579 em 2012 reforçou a ideia, forçando uma queda muito alta das tarifas e represando os reajustes tarifários. Como resultado, neste ano a crise ultrapassou os limites das distribuidoras e alcançou as geradoras de energia”, explicou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adriano Pires, durante palestra no 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE).

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Cesar Tavares, concorda com a situação e disse que o setor elétrico vive hoje duas crises distintas, sendo uma delas de cunho econômico-financeiro com início a partir da publicação da Medida Provisória 579 e outra de suprimento. “Em termos de preço, estamos vivendo uma situação como se já houvesse um racionamento de energia”, complementou.

Já o coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Carlos Alexandre Príncipe, não acredita que haja uma crise, mas sim que o País vive um momento de ajustes de mercado no setor elétrico. Também defende que se não houver pressão e iniciativa por parte da sociedade por ações e processos energeticamente eficientes e, por conta disso, as empresas se beneficiarem de maior produtividade, não há o que fazer. “Costumo dizer que as políticas públicas do Governo são reflexo da sociedade. Então, havendo pressão é que nós somos capazes de oferecer políticas públicas de soluções energéticas. No entanto, fiquei impressionado com todo o material apresentado e as discussões tão proveitosas. Pelo que pude observar durante o decorrer do Congresso, há soluções e muita vontade de aproveitar as circunstâncias para inserir a eficiência energética como um diferencial de mercado.”

Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), organizadora do COBEE, Rodrigo Aguiar, o Congresso cumpriu o objetivo ao demonstrar o anseio do mercado por soluções e ações sustentáveis que garantam a segurança energética nacional. “Ao longo do Congresso, ficou óbvio que a eficiência energética é uma dessas ferramentas, seja porque o custo de geração é mais barato ou porque reduz a carga do sistema elétrico e isso garante a possibilidade de redução do custo da energia.”

O 11º COBEE aconteceu em São Paulo durante os dias 21 e 22 de julho e teve 11 painéis de discussão, 71 palestrantes e moderadores e público de aproximadamente 800 pessoas.

Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Amílcar Guerreiro, diretor de Estudos Econômicos Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Carlos Alexandre Príncipe, coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Adriano Oliveira, diretor do Departamento de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e Máximo Luiz Pompermayer, superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram alguns dos participantes.

Também estiveram representadas as principais entidades do setor, como Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), além de entidades financeiras como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), IFC – Corporação Financeira Internacional, Carbon Trust, Desenvolve-SP e Caixa Econômica Federal.

Durante o Congresso também aconteceram os lançamentos da cartilha da parceria Abesco & Sebrae-SP, com dicas para todo o segmento industrial sobre economia de energia, e da cartilha WEG e CELESC sobre projetos de sucesso no segmento industrial.

Por fim, foi assinado um acordo de intenções entre a ABESCO e a Japanese Business Alliance for Smart Energy Worldwide (JASE-W) sobre questões de investimentos em consultoria de projetos de eficiência energética no Brasil.

Perfil da Abesco - Fundada em 1997, a Abesco é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que representa oficialmente o segmento de eficiência energética brasileiro, fomentando e promovendo ações e projetos para o crescimento do mercado energético. A entidade atua para disseminar e promover a eficiência energética, atividade técnico-econômica que objetiva proporcionar o melhor consumo de energia e água, com redução de custos operacionais correlatos, minimizar contingenciamentos no suprimento desses insumos e introduzir elementos e instrumentos necessários para o gerenciamento energético e hídrico de empresas ou empreendimentos.

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