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31/07/2014 - 09:19

A chave para uma recuperação empresarial bem sucedida

Em tempos de instabilidade econômica e de incertezas no universo empresarial, é imprescindível que donos e gestores de negócios tenham estratégias muito bem definidas não apenas no momento de expandir, como também na hora de pisar no freio e concentrar energia na busca do equilíbrio.

Nessa maré de inconstâncias no mundo dos negócios, a chave para uma reviravolta começa justamente com o reconhecimento por parte de seus acionistas de que a empresa não está funcionando como deveria e que mudanças devem ser implementadas.

A constatação pode parecer óbvia. No entanto, é a razão pela qual tantos esforços de recuperação falham. Os acionistas e os gestores tendem a acreditar que o negócio vai melhorar em um breve futuro, embora nada de diferente seja feito. E somente depois que a situação atinge grau calamitoso é que a busca por alternativas se inicia. A atitude de negar a existência de crise é fatal para uma empresa, ainda mais quando a mesma enfrenta problemas de fluxo de caixa de curto prazo, transformando o que é uma situação negativa temporária em uma condição crônica de incapacidade de gestão.

A intervenção precoce, combinada com um plano de recuperação tático e disciplinado é a chave para que a companhia se reequilibre. Nesse sentido, contar com consultorias especializadas pode fazer a diferença.

Além de auxiliar na gestão, uma consultoria conta com expertise para desenvolver um plano de recuperação do negócio. Em busca de eficiência operacional, por exemplo, pode desenvolver uma força-tarefa para identificar oportunidades de redução de custos que não afetariam produtos ou clientes. O desenvolvimento de novos canais de venda é outro importante recurso que pode ser constituído com o apoio especializado.

Na área administrativa e financeira, uma medida fundamental é a revisão de todos os procedimentos, a fim de que se identifique economias potenciais. Nesse contexto, uma boa alternativa é a criação de um "Comitê Diário de Gerenciamento de Caixa", responsável pela identificação e pagamento apenas dos créditos críticos à operação e que diretamente gerem receitas à companhia, incluindo matérias-primas de fornecedores e valores destinados aos funcionários da empresa.

O apoio da consultoria também pode ser importante na reestruturação de capital. Ela deve liderar as negociações com as instituições financeiras e outros credores com os quais a empresa estava prestes a entrar em ou já em fase de inadimplemento. Nesses casos, a melhor estratégia é a transparência total, através do desenvolvimento de um plano de negócios factível, que demonstre aos credores a real necessidade de reestruturar seu fluxo de pagamentos.

Se bem engrenadas e conduzidas, em um período próximo de três meses já é possível perceber resultados significativos de recuperação da empresa.

Nesse prazo, é possível o redimensionamento de pessoal, a ampliação de negócios mais produtivos e rentáveis, trazendo aumento de receita para a empresa, além da elaboração de uma nova disciplina de gestão de custos para as funções financeiras e administrativas, analisadas de forma diária e permanente.

No quesito estrutura de capital, em um trimestre de trabalho focado, é possível obter sucesso na negociação junto aos credores, conseguindo um período de carência ampliado, bem como o aumento de linhas de crédito sem necessariamente que a empresa esteja sujeita a apontamentos.

Para que todas essas ações se traduzam em sucesso, entretanto, é fundamental que o gestor não reconheça tardiamente a hora exata de encarar a crise e optar pela reestruturação. Essa visão é o primeiro e grande passo para a reviravolta no mundo dos negócios.

. Por: Benjamin Yung, especialista no segmento de reestruturação financeira e fundador da consultoria Estratégias Empresariais – [email protected]

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