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31/07/2014 - 09:19

Projeto inovador integra criação de pirarucu com fertirrigação

Quem passa em frente da casa do senhor Domingos Mendes da Silva, de 55 anos, morador do reassentamento Santa Rita, localizado a 54 quilômetros de Porto Velho, não imagina o que ele tem no quintal. Em meio a plantações de frutas, verduras e legumes, ele cuida de uma unidade demonstrativa de criação de um dos maiores peixes de água doce do mundo: o pirarucu.

A estrutura impressiona para um projeto que tem apenas dois anos de existência. São oito caixas d´água de 1000 litros e três tanques para recria e engorda. Os alevinos de cinco centímetros são comprados em Porto Velho. Uma parte é criada por sr. Domingos na unidade demonstrativa por três meses até atingir a fase juvenil (cerca de 20 centímetros), quando é comercializada para outros criadores. A outra parte vai para os tanques maiores onde é feita a engorda para que eles cheguem à fase adulta, o que ocorre depois de aproximadamente um ano, quando atingem até 12 quilos e 90 centímetros.

Segundo os dados da Emater, a produção de pirarucu é crescente. Em dois anos de trabalho já foram comercializados mais de 4 mil exemplares de peixes em idade juvenil e ainda há mais 3,5 toneladas prontas para serem comercializadas. “Ainda estamos no início dos trabalhos. Vendemos para pequenos comerciantes. Mas nossa intenção é aumentar a produção de peixes para que possamos atender a demanda do mercado que é crescente. Pensamos também em vender para outros Estados e até para fora do Brasil. Sonhar não custa nada”, declara o criador.

O sistema superintensivo adotado na unidade demonstrativa maximiza o uso da área, permitindo a produção de até 50 quilos de peixe por metro cúbico de água, enquanto no sistema convencional extensivo, a produção não chega a um quilo de peixe por metro cúbico.

Fertirrigação -O desenvolvimento do projeto em três hectares no sítio do sr. Domingos não termina na criação dos pirarucus. A água dos tanques dos peixes, que é trocada todos os dias, rica em nutrientes como Nitrogênio e Fósforo, é usada na irrigação das plantações da propriedade, cuja produção também é comercializada. São pés de mamão, goiaba, abacaxi, açaí, coco, manga, graviola, abóbora, feijão, maxixe, tudo fertirrigado. A fertirrigação também evita que a água dos tanques seja descartada em igarapés da região, como geralmente acontece em criadouros de peixes.

Tanto as estruturas do criador de pirarucu como a fertirrigação contam com investimentos da Santo Antônio Energia e com o apoio da Emater e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri). O projeto é inovador e possui as licenças prévias de instalação e de operação. “A parceria com a Santo Antônio Energia é muito positiva porque sem a parceria com a empresa não teríamos condições de iniciar este projeto. A concessionária acreditou em nossa ideia e nosso sonho está se tornando realidade”, afirma sr. Domingos, que idealizou todo o projeto ainda quando residia no Joana D´Arc.

Os trabalhos estão indo tão bem que o sítio do sr. Domingos está se tornando um modelo para outros moradores do reassentamento Santa Rita. “Estamos fazendo daqui uma unidade demonstrativa, mostrando a estrutura e os resultados para despertar o interesse nos outros moradores”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, Janderson Dalazen.

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