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02/08/2014 - 07:34

Brasil e Japão estreitam laços em diversos setores


A presidenta Dilma Rousseff recebeu, no dia 1º de agosto (sexta-feira), no Palácio do Planalto , o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. Do encontro, resultou a decisão de elevar as relações diplomáticas entre os dois países ao nível de parceria estratégica global, iniciativa que contribuirá para intensificar os contatos políticos e econômicos de alto nível entre as duas nações.

“Reafirmamos nossa determinação de apoiar a ampliação e diversificação do comércio bilateral, sobretudo do lado das exportações brasileiras ainda muito concentradas em produtos básicos”, afirmou a presidenta Dilma, que em seguida agradeceu a abertura do mercado japonês para exportações brasileiras de carne suína e reforçou a expectativa de que o Japão suspenda o embargo à importação de carne bovina processada do Brasil.

O relacionamento entre Brasil e Japão completa 120 anos em 2015 e o país asiático é o sexto maior parceiro comercial brasileiro no mundo e o segundo na Ásia. Em 2013, o comércio bilateral alcançou US$ 15 bilhões, com superávit de US$ 882 milhões para o Brasil. A presidenta Dilma celebrou a presença de empresas japonesas no Brasil nos setores de agricultura, mineração, siderurgia, papel e celulose, eletroeletrônicos e mais recentemente no setor automobilístico e na indústria naval.

Por meio do Inovar Auto, empresas como Toyota, Nissan, Honda e Bridgestone se instalaram no Brasil. Já no setor naval, a associação entre empresas brasileiras e japonesas nos estaleiros Atlântico Sul (em Pernambuco), Enseada de Paraguaçu (na Bahia) e Ecovix/Engevix (no Rio Grande do Sul) também foi celebrada por Dilma, que destacou: “Vamos complementar esse esforço com intercâmbio de instrutores e qualificação profissional de trabalhadores brasileiros”.

O setor de petróleo e gás também recebe reforço na parceria bilateral. Acordo assinado pela Petrobras com uma seguradora e um banco japoneses vai permitir a construção de novas plataformas para produção de petróleo em alto mar. São também promissores os entendimentos entre Petrobras e a Companhia Nacional Japonesa de Petróleo, Gás e Metais para cooperação no estudo da exploração de hidratos de metano, fonte não convencional de gás natural.

Também foram assinados acordos de cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, dando continuidade à cooperação em biotecnologia, pesquisa agrícola, biomedicina, oceanografia, setores espacial, nuclear e de prevenção de desastres naturais. “Decidimos também pela ampliação da presença de estudantes brasileiros no Japão pelo programa Ciência sem Fronteiras e a oferta de estágios para estes bolsistas”, detalhou Dilma.

A agenda multilateral na política externa também recebeu atenção durante o encontro. Segundo Dilma, o primeiro-ministro e ela renovaram a expectativa de que a próxima cúpula do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, fortaleça o papel deste grupo na coordenação das principais economias para promover a retomada do desenvolvimento econômico. A presidenta brasileira destacou ainda que a celebração dos 70 anos de criação da Organização das Nações Unidas (ONU) precisa ser um momento em que se ajuste a ONU à nova realidade mundial do século 21.

“Dentro da perspectiva do G4, reiteramos a importância de uma ampla reforma da ONU que inclua a expansão e a ampliação de seu Conselho de Segurança no que se refere a membros permanentes. Déficits de segurança nessa área alimentam antigos conflitos de grandes dimensões humanitárias sem perspectiva de solução”, avaliou Dilma. Também foram estabelecidas parcerias, entre outros, nos setores ambiental, de sustentabilidade, cooperação em saúde, regulação farmacêutica, sistemas públicos de saúde e políticas estratégias para promoção de estilos de vida saudável.

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