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12/08/2014 - 07:48

Fratura do quadril aumenta cinco vezes o risco de morte em idosas

Alimentação rica em proteínas, hábito de vida saudável com exercícios supervisionados e exposição ao sol da manhã, podem fortalecer os ossos na terceira idade e evitar fraturas.

Mulheres com idade entre 65 e 69 anos que fraturam o quadril têm um risco até cinco vezes maior de morrer em um ano, diz um estudo feito pelo National Institutes of Health (EUA) e publicado na revista Archives of Internal Medicine. De acordo com os cientistas, essa pesquisa chama a atenção para o fato de que o primeiro ano após a fratura do quadril ser um período crítico para as mulheres idosas, principalmente na faixa etária até 69 anos.

Segundo o ortopedista Daniel Ramallo, quando pensamos em fratura no quadril do idoso, temos que levar em consideração que o decúbito, ou seja, o paciente acamado e impossibilitado de se levantar se torna muito mais vulnerável a lesões de pele (escaras e ulceras de pressão), tem sua higiene brônquica e sua capacidade pulmonar reduzida predispondo quadro infeccioso em vias aéreas, uma higiene íntima muito dificultada acarretando um aumento expressivo de infecções urinárias, ou seja, a deteriorização progressiva induzida pela imobilidade do leito é muito significativa nesta população em questão, que já o sistema imunológico e orgânico está mais sensível.

Para o ortopedista com especialização em traumatologia, é indispensável no manejo desse paciente uma equipe multidisciplinar capaz de não só operar e promover a consolidação óssea do paciente, mas devolve-lo as atividades diárias sem restrição.

Segundo a Fundação Internacional contra a Osteoporose, com sede nos Estados Unidos, ocorrem 1,6 milhão de fraturas de quadril por ano, 51% delas na Europa e na América. Metade das mulheres com mais de 50 anos irá quebrar algum osso por causa da osteoporose. O estudo recolheu informações de cerca de dez mil mulheres americanas, que se inscreveram de 1986 a 1988 em um projeto de pesquisas sobre fraturas relacionadas à osteoporose. Em 20 anos, 1.116 voluntárias sofreram fraturas no quadril. Elas foram comparadas, por idade, a um grupo de 4.464 mulheres que não se machucaram. Os números finais sugerem que a fratura do quadril desempenha um papel importante na piora da saúde feminina. O risco de vida é maior nos três primeiros meses após a fratura, o que leva a supor que a internação, cirurgia e imobilização levam a outras complicações, que resultam em morte. De acordo com Ramallo, o primeiro ano após a fratura do quadril é um período crítico para as mulheres idosas.” O estudo também descobriu que mulheres com idade entre 70 e 79 anos têm duas vezes mais chances de morrer em um ano, e aquelas com mais de 80 anos têm o triplo de chances. As três principais causas de morte entre as mulheres estudadas foram problemas cardíacos, câncer e acidentes vasculares encefálicos (popularmente conhecido como derrame)” explicou.

Segundo o ortopedista, o especialista em traumatologia é o profissional apto para a condução desta patologia. Um planejamento operatório rápido e seguro (visto que muitas vezes o paciente possui várias outras co-morbidades bem como hipertensão, diabetes, fibrilação atrial dentre outros), que permita a deambulação precoce é a chave para o sucesso. Muitas vezes já na primeira semana, o paciente retorna a pequenas caminhadas com auxilio de andador, já recuperando a sua independência em domicilio o que é fundamental para a recuperação.

Consumo de proteínas diminui o risco de fraturas -A fratura do quadril é um dos problemas mais sérios na terceira idade. Como os idosos têm menos equilíbrio, as quedas e consequentes fraturas se torna um risco grande para a saúde. Mas a alimentação pode ter um papel importante na diminuição nos casos de fratura. Idosos que consomem uma dieta rica em proteína são menos propensos a sofrer fraturas de quadril do que idosos cuja ingestão diária deste nutriente é menor, de acordo com novo estudo do Institute for Aging Research, em Boston, EUA.

Os pesquisadores analisaram a dieta diária de 946 idosos e, assim, puderam constatar que aqueles que consumiam uma taxa abaixo de 25% de proteína, ou seja, menos do que as 46 gramas de proteína por dia recomendada pelos médicos, tiveram suas chances dobradas de sofrer uma fratura no quadril em comparação aos que consumiam maiores quantidades de proteína. Outros estudos, mais voltados para a alimentação, demonstraram, ainda, que a ingestão de proteína está também ligada à maior densidade mineral óssea. De acordo com os pesquisadores, a maioria das fraturas ocorre após uma queda, o que pode ser causado pela menor massa muscular e diminuição da força nas extremidades inferiores. Por isso, a proteína na dieta pode ser eficiente para proteger idosos contra as fraturas, através da construção de músculos mais fortes nas pernas. Após o estudo, os médicos recomendam que os idosos consumam pelo menos 46 gramas de proteína por dia, que pode ser obtida de fontes animal (queijo, leite, frango) ou vegetal (legumes, grãos, nozes e sementes). “Além da dieta, a prática de exercícios para construir músculos mais fortes e melhor equilíbrio, bem como outras estratégias de prevenção de quedas, regular, como reduzir os riscos em casa, pode ajudar a proteger idosos contra quedas e fraturas no quadril” diz Ramallo, lembrando que os idosos sofrem uma perda orgânica em todos os sistemas e não só no sistema ósseo. “Temos, por exemplo, a sarcopenia senil ou seja, uma perda gradual da massa muscular, secundária ao envelhecimento prejudicando o mecanismos de defesa e proteção do idoso que fica muito mais susceptível a quedas e perdas de equilíbrio frente aos obstáculos domésticos e da rua. Além disso, a menor massa muscular expõe de maneira considerável o osso, sendo o impacto muito maior sobre aquele órgão já fragilizado pela baixa densidade mineral. Dentro deste contexto, uma dieta que atenda a demanda diária de proteína, associada a um programa de atividade física supervisionada por um médico é essencial na prevenção das fraturas na terceira idade, visto que permite uma manutenção da massa muscular, melhorando o equilíbrio, agilidade, e capacidade protetora nesses pacientes” finaliza.

Clínica de Ortopedia e Traumatologia Daniel Ramallo, Largo do Machado 21/ sala 615, Rio de janeiro (RJ). Telefone(21)3909-9065.

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