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12/08/2014 - 08:25

Demanda por energia faz usinas investirem em sistemas de água ultrapura


Com a crescente demanda por produção e comercialização de energia elétrica no mercado brasileiro, muitas usinas têm investido em centrais termelétricas que utilizam o bagaço da cana de açúcar como combustível para geração de energia. Para deixar seus sistemas de produção e cogeração mais eficientes e confiáveis, empresas de diferentes portes buscam por inovações, como sistemas de ultrafiltração e de osmose reversa para o tratamento da água utilizada no processo. Para atender a este tipo de demanda, a GE criou o Propak, tecnologia que unifica em uma única plataforma os dois sistemas citados, proporcionando uma redução de até 35% no espaço necessário para sua instalação e diminuindo substancialmente a necessidade de construção civil.

De acordo com Kelsey Cichy, gerente comercial da GE Water & Process Technologies para a América Latina, os novos modelos de turbinas e caldeiras a vapor exigem altos níveis de pureza de água, o que torna os sistemas antigos inadequados para seu tratamento. “Quando a chamada água desmineralizada ou ultrapura é utilizada nas plantas de cogeração, é possível atingir elevados ciclos de concentração nas caldeiras e a pureza do vapor produzido atende a qualidade exigida pelas turbinas atuais. Isso gera economia de água e redução da necessidade de paradas para manutenção da planta”, explica.

Cichy completa que para assegurar a qualidade da água de alimentação que será desmineralizada através da osmose reversa, sem que esta última sofra com a falta de qualidade e inconstância de um pré-tratamento convencional, a GE incluiu no mesmo skid a tecnologia de ultrafiltração que representa uma barreira física segura e confiável para realizar o pré-tratamento da água antes de passar pela osmose reversa. Adicionalmente, o Propak gera menos efluentes e pode reduzir os custos operacionais do tratamento da água entre 50% e 70% quando comparado a um sistema convencional com troca iônica”.

Uma das indústrias sucroalcooleiras que já trabalham com o sistema desenvolvido pela GE é a Usina São João, localizada em Araras, no interior de São Paulo. Anualmente a usina produz cerca de 250 mil toneladas de açúcar cristal e 100 milhões de litros de etanol. Além disso, a partir da safra 2015/2016, deverá gerar cerca de 120 MWh de energia elétrica.

“Nossa planta está passando por um processo de modernização, o que incluiu a troca de caldeiras antigas por mais sofisticadas”, explica Denilson José Fonseca, engenheiro de projetos da usina. “Com o novo projeto, tínhamos a necessidade iminente de cogerar energia e ao mesmo tempo reduzir os custos operacionais provenientes deste processo”, revela o engenheiro.

Com a instalação do Propak para o tratamento da água para caldeiras, a usina deverá apresentar ganhos em eficiência energética e diminuir a demanda por manutenções em todo o sistema, reduzindo seus custos operacionais para tratamento de água.

O Propak opera de forma totalmente automatizada e pode ser remotamente monitorado por engenheiros especializados da GE, através da plataforma InSight, que envia informações do sistema em operação na usina para a Central de Controle da GE nos Estados Unidos. O InSight foi criado pela GE para auxiliar as indústrias a identificar problemas de operação e garantir a qualidade de seus processos.

“O acompanhamento remoto também permite que somente um operador seja necessário na planta de instalação do equipamento e apenas em momentos específicos, como para realizar manutenções”, relata Fonseca sobre a redistribuição de tarefas entre os colaboradores da usina após a implantação do Propak.

Além da Usina São João, a GE já forneceu o sistema Propak para a Usina Alto Alegre, no Paraná. O sistema está em operação desde a safra 2011/2012.

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