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12/08/2014 - 08:56

Sorgo de alta biomassa Blade® transfere competitividade e é alternativa para usinas flex e full

Capacidade energética equivalente à do bagaço da cana-de-açúcar e custo reduzido por tonelada de matéria-prima estão entre os benefícios da tecnologia, diz Ceres.

Campinas (SP) – A tendência de avanço das usinas flex e full no Brasil traz uma oportunidade efetiva para a utilização do sorgo de alta biomassa como fonte energética de caldeiras, acredita a Ceres Sementes do Brasil. Líder no desenvolvimento de culturas energéticas, a Ceres é detentora de um dos maiores bancos de germoplasma do mundo na área. Tornou-se também a primeira a comercializar no País um híbrido de sorgo alta biomassa.

Usina flex é um conceito que define unidades aptas a produzir etanol de cana-de-açúcar, milho ou sorgo granífero. Já existem plantas do gênero em funcionamento no Brasil, principalmente no estado de Mato Grosso. O conceito de usina full aplica-se unicamente à industrialização de etanol de milho.

De acordo com especialistas, fatores como a projeção de aumento na demanda por etanol combustível nos próximos anos - no Brasil e no exterior -, além do excesso da oferta e do crescimento de estoques de milho, devem impulsionar investimentos na construção de plantas de etanol a base desse grão ou também de sorgo, e a Ceres vê nessa perspectiva excelente potencial para emprego de seu sorgo de alta biomassa Blade®.

“Trata-se de uma grande opção às usinas que necessitam de biomassa para utilizar no processo de queima em suas caldeiras, frente à falta de bagaço de cana em volume suficiente para essa finalidade”, afirma Wagner Seara, gerente de vendas da Ceres. “O plantio de sorgo alta biomassa Blade® se encaixa perfeitamente no sistema de manejo e plantio de grãos no Cerrado, com emprego dos mesmos equipamentos de plantio ou defensivos agrícolas. O ciclo da cultura dura em média de 120 a 150 dias”, complementa o executivo.

Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, o chefe do Departamento de Biocombustíveis do BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico e Social -, Carlos Cavalcanti, destacou que a produção de etanol de milho pode ser uma solução para acrescentar até 2,7 bilhões de litros ao volume do biocombustível produzido no Centro-Oeste do País, além de contribuir para a destinação da crescente colheita do grão na região.

A mesma reportagem ressalta que o banco de fomento apresentou um estudo que estima o investimento necessário para capacitar uma usina de cana a operar também com o milho entre R$ 100 milhões a R$ 205 milhões, montante inferior ao exigido para desenvolvimento de um projeto greenfield, da ordem de R$ 400 milhões.

Para as usinas sucroenergéticas, o modelo flex assegura a continuidade da produção de etanol na entressafra da cana, enquanto na cadeia produtiva do milho, ou do sorgo-grão, a usina full tem sido apontada como alternativa viável, no médio prazo, na busca pelo equilíbrio dos preços de comercialização do milho.

Seara enfatiza que a matéria-prima resultante do híbrido de sorgo de alta biomassa comercializado pela empresa poderá transferir competitividade à produção de etanol de milho, sobretudo, por se constituir numa alternativa eficiente, complementar, na cogeração de energia associada ao processo produtivo.

O executivo observa ainda que, diferentemente do processo padrão, no qual a cana de açúcar é moída e seu bagaço alimenta o sistema na cogeração, o processo envolvendo o milho ou o sorgo granífero dá origem, após a produção de etanol, a um subproduto chamado DDG (Distillers Dried Grains) ou “grãos secos por destilação”.

Com alto valor proteico, explica Seara, o DDG é comercializado para alimentação animal. “Para produzir o DDG, que é um produto altamente valioso, é necessário alimentar o processo com biomassa complementar como a do sorgo de alta biomassa Blade®.”

“O sorgo de alta biomassa Blade® tem mostrado poder calorífico inferior (PCI) igual ou superior ao do bagaço da cana-de-açúcar a 50% de umidade e menor teor de impurezas minerais, por isso pode ser empregado na usina flex tão logo o estoque de bagaço proveniente da moagem de cana termine, geralmente a partir de março, bem como na usina full”, continua Seara.

Ele revela que o sorgo de alta biomassa Blade® pode alcançar produtividade média entre 30 e 40 toneladas por hectare, com 50% de umidade, enquanto ainda está na lavoura, e seu custo médio de produção é atualmente mais atrativo que o do bagaço da cana durante a safra. “A planta pode ser colhida e levada diretamente à caldeira ou também armazenada”, acrescenta Seara.

Segundo a Ceres, empresas dos setores alimentício, citrícola, frigorífico e de grãos também realizam atualmente testes e pesquisas tendo em vista o emprego do sorgo de alta biomassa como fonte de calor e energia em seus processos produtivos.

Subsidiária da norte americana Ceres Inc., a Ceres Sementes está completando 4 anos no Brasil. A empresa se prepara para iniciar mais uma safra comercial de híbridos de sorgo de alta biomassa e de sorgo sacarino, este empregado na produção de etanol e na cogeração por bagaço.

Mais sobre a Ceres -A Ceres Sementes do Brasil [www.ceressementes.com.br] é uma empresa de biotecnologia que desenvolve e comercializa sementes de culturas agrícolas voltadas à produção de biocombustíveis e bioenergia para uso em transporte, geração de energia elétrica e geração de calor. A empresa une o melhoramento genético avançado e a biotecnologia para prover soluções tecnológicas de ponta ante a limitação do estoque de matérias-primas para energia renovável.

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