Gás natural para climatização

Cresce cada dia mais as possibilidades do uso do gás natural em novas aplicações e produtos. Nesta tendência, a climatização de ambientes através do uso de equipamentos de ar condicionado a gás natural, o GHP (Gas Heat Pump), também conhecido como Multsplit a gás, ganhou mais um incentivo rumo ao crescimento da sua participação no mercado.

A Comgás - maior distribuidora de gás natural canalizado do País - firmou parceria com fabricantes LG e Toyota Tsusho (representante da marca Yanmar) e a LG, para melhorar a competitividade deste aplicativo, com uma redução média de 19% no valor das condensadoras do GHP em relação aos preços de mercado.

O investimento em uma central de ar-condicionado a gás natural custava, na década passada, o dobro da convencional. Com as novas soluções propostas, o custo do sistema ficará cerca 30% menor do que movido a eletricidade. Já o investimento em infraestrutura poder ser reduzido em até 70%. O programa da Comgás para a difusão do GHP (Gás Heat Pump) tem como objetivo dobrar em dois anos a atual participação de mercado, que atualmente está em 3%. A tendência de aumento das tarifas elétricas deverá acelerar, ainda mais, o alcance desta meta.

Nesta primeira fase, a iniciativa foca os segmentos do comércio e serviços, como prédios de escritório, universidades, hospitais, hotéis, academias e outros. Em um futuro próximo, o mercado residencial de alto padrão.

A Comgás tem também tem realizado parcerias estratégicas com instaladoras e agentes líderes do segmento de climatização, como a Ambient Air. Tais soluções ganham destaque entre as empresas projetistas, que buscam inovação, modernidade e segurança para seus clientes.

Estudos-Estudos recentes da Cone Consultoria Empresarial revelaram que, somente em São Paulo, 14 regiões da cidade, entre elas estão os bairros da Vila Olímpia e Brooklin, concentram 750 edifícios corporativos que, juntos possuem uma carga elétrica estimada de 973 MW e carga térmica 292 MW, perfazendo um total de 1.265 MW.

No mesmo horário pesquisado, o consumo de gás natural estimado é de 1,5 MM m³/dia (horário comercial). Segundo o estudo, essas áreas concentram grande parte do consumo de energia elétrica da capital paulista, sobrecarregando o sistema.

Um alternativa viável seria otimizar o uso do gás natural nesses condomínios, que já são atendidos pela rede da distribuidora. Além do uso em torneiras/chuveiros e fogão, o gás natural pode ser utilizado para a cogeração de energia e climatização de ambientes.

Sobre climatização e GHP -O GHP (Gas Heat Pump) é indicado para empreendimentos de comércio e serviços, tornando-se uma alternativa interessante em locais com restrições de fornecimento de energia elétrica.

A economia de energia e os benefícios ao meio ambiente são vantagens consideráveis do sistema GHP em relação ao sistema elétrico. A operação do GHP é silenciosa e com baixo nível de vibração. Outra vantagem é o controle individual, onde o usuário pode climatizar vários ambientes com diferentes temperaturas, resultando em maior conforto e facilidade na manutenção - uma vez que não é necessário parar o sistema todo.

Além disso, o GHP consome até 90% menos eletricidade que um equipamento equivalente elétrico e utiliza gás de refrigeração de baixo impacto ambiental: o tipo R410A. Através da redução no consumo de energia e racionalização no consumo de água, o GHP contribui para pontuação na certificação Leed Greenbuilding (a mais conceituada para edificações sustentáveis).

A Comgás - Fundada em 1872, a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) é considerada a maior distribuidora de gás natural canalizado do País. A empresa foi privatizada em 1999, tendo como controladores o Grupo Cosan e o Grupo Shell, com participação acionária de 60,7% e 18,2%, respectivamente. São aproximadamente 11 mil quilômetros de rede de distribuição, que levam o gás natural para mais de 1,3 milhão de consumidores nos segmentos residencial, comercial, industrial, cogeração e GNV. A companhia está presente em 75 cidades do Estado de São Paulo, responsáveis por 27% do PIB nacional. Como prestadora de serviços públicos, suas atividades são reguladas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), órgão do governo do Estado.