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14/08/2014 - 09:34

IBD Certificações está em fase de finalização para aplicar o Rainforest Alliance no Brasil


O selo mais conhecido do mundo para produtos convencionais sustentáveis. Processo de filiação a The Sustainable Agriculture Network está em fase final, mas a certificadora brasileira, já faz auditorias e espera certificar pelo menos 30 clientes, em até três meses.

São Paulo - O IBD Certificações**, está finalizando processo de filiação como certificadora junto a The Sustainable Agriculture Network (SAN), ou Rede de Agricultura Sustentável (RAS), em português, cuja secretaria está sediada em San José, na Costa Rica. "Trata-se de uma coalizão de organizações independentes sem fins lucrativos que promove a sustentabilidade ambiental, social e econômica das atividades agrícolas convencionais, por meio do desenvolvimento de normas e coopera com certificadoras para a verificação das mesmas", explica Alexandre Harkaly*, diretor-executivo do IBD. Entre as organizações, está a Rainforest Alliance, que tem em seu conselho administrativo Gisele Bündchen, modelo brasileira e uma das celebridades internacionais mais engajadas com as questões ambientais, entre as quais a preservação das florestas tropicais da América do Sul.

O processo de filiação à RAS foi iniciado no ano passado e, atualmente, o IBD já está fazendo auditorias em empresas e fazendas para que possam receber o Rainforest Alliance Certified, o selo mais conhecido em âmbito mundial para produtos convencionais sustentáveis e que lidera o mercado de certificações nos Estados Unidos. "Ele tem rigorosos controles ambientais, sociais e de rastreabilidade da produção e é o de maior penetração nas grandes indústrias de chá, café, cacau e pecuária", diz o executivo do IBD, que deverá certificar pelo menos 50 clientes, em até três meses.

Na opinião de Harkaly, assim como no mercado norte-americano, este também deverá ser o selo mais importante no Brasil para produtos convencionais sustentáveis. Os principais requisitos do Rainforest Alliance Certified são a inserção de métodos agrícolas que estimulam a redução do uso de agroquímicos, manejo adequado do solo e dos recursos naturais, conservação e recuperação dos recursos existentes e adoção de práticas que visam o bem-estar animal. "A certificação requer ainda total respeito aos trabalhadores e a garantia de que o consumidor terá acesso a produtos produzidos de acordo com esta norma", observa Harkaly, que também é engenheiro agrônomo.

Demanda em expansão-Segundo o diretor-executivo do IBD, além da agricultura, o selo pode ser aplicado na pecuária, em cadeias de custódia e o potencial de mercado é expressivo. "Há uma forte demanda de grandes empresas que vendem seus produtos nos Estados Unidos. Além disso, o setor de carnes no Brasil está buscando diferenciação utilizando esse selo para o mercado nacional." Na agricultura, quase todas as culturas podem ser certificadas com o Rainforest Alliance, mas a maior demanda tem sido do setor cafeeiro”, complementa.

A RAS contabiliza mais de 1.280 operações, entre grupos, pequenas propriedades agrícolas familiares e plantações espalhadas em 40 países da América Latina, que cumpriram suas normas, desde 1992. São mais de 1,9 milhões de hectares de culturas como café, cacau, chá, frutas, sementes, legumes, especiarias, flores e folhagens, informa Harkaly, para quem a RAS tem grande importância para o desenvolvimento sustentável do planeta e a conservação da biodiversidade.

"A RAS, por ter suas normas bem fundamentadas em regularização social e ambiental e no desenvolvimento de políticas de melhoria dessas áreas nas empresas e fazendas que certifica, ajuda de forma decisiva na resolução dos problemas dessas áreas. Também trabalha fortemente na conscientização do consumidor em relação aos problemas ambientais, mobilizando personalidade e artistas importantes para essas causas, como a top model brasileira Gisele Bündchen", afirma o executivo.

Alexandre Harkaly - Co-fundador e diretor executivo do IBD Certificações. Criou o programa no IBD de certificações para ISOGUIDE 65 e com organizações internacionais de acreditação (UE 834, IFOAM, NOPUSDA, Demeter). É engenheiro agrônomo com especialização em ciência dos solos pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz – ESALQ/USP possui especialização em agricultura biodinâmica na Emerson College, Inglaterra e aperfeiçoamento na Universidade Wageningen, Holanda. É também fundador e membro da ABD – Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica do Brasil - foi membro do Comitê de Normas IFOAM/EUA, é um entusiasta da ecologia, sustentabilidade, associativismo, e foi um visionário já nos anos 80 de que este setor cresceria tanto que fundou o IBD que é hoje o selo de produtos orgânico mais reconhecido no país. É co-autor do livro “Guia de Embalagens para Produtos Orgânicos (Editado pelo Instituto de Embalagens)”.

O IBD Certificações-O IBD já realizou mais de 2.000 certificações no país e possui cerca de 1.100 contratos de produções em certificação o queengloba quatro mil produtores. O selo IBD é o certificador mais conhecido do público consumidor com 44% de identificação na hora da compra, de acordo com pesquisa da Organic Services. É a única certificadora 100% brasileira reconhecida na Europa, EUA e Japão e tem crescido nos últimos anos em todos os estados da Federação. Projetos de certificação em parceria com o Sebrae de vários Estados têm alavancado grande número de pequenos produtores que querem se tornar orgânicos. O Brasil tem enormes vantagens nesse cenário como área disponível, e boa base produtiva com 90.000 produtores declarando-se orgânicos no último censo do IBGE, além de disponibilidade de crédito e mercado em expansão. [www.ibd.com.br].

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