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15/08/2014 - 09:47

93% dos gestores não possuem preparo para gerir uma pessoa com deficiência, diz pesquisa

Profissionais de RH acreditam que 93% dos gestores das empresas necessitam se informar melhor para gerenciar e entrevistar uma pessoa com deficiência (PCD) e que 65% desses gestores possuem grande resistência em entrevistar ou contratar profissionais com esse perfil. Esses dados fazem parte de pesquisa inédita realizada pela Catho e iSocial, com apoio da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos).

Já para 82% dos respondentes, encontrar candidatos qualificados com deficiência é mais difícil em comparação aos que não possuem deficiência. Embora atualmente o Brasil possua mais de 6 milhões de pessoas com perfil para Lei de Cotas, mas as vagas chegam apenas a 800 mil, um déficit de mais de 5 milhões de pessoas (dados: Unicamp, 2010).

Dessa forma, as fontes mais utilizadas na busca por esse perfil de candidato parecem ser o grande problema, já que a maior parte das empresas buscam profissionais por indicações (58%), ONGs e entidades do terceiro setor (55%) e sites de emprego (50%). Enquanto os candidatos buscam vagas por sites de emprego (84%), consultorias (31%) e indicações (30%).

A principal barreira no recrutamento e seleção de PCDs é a falta de acessibilidade na empresa. 49% dos profissionais de RH que responderam a pesquisa afirmaram que a empresa em que trabalham não possui estrutura física necessária para viabilizar a contratação de um profissional com esse perfil.

E quando o assunto é preconceito, o resultado chega a ser desanimador, já que 60% dos entrevistados acreditam que as pessoas com deficiência sofrem preconceitos no ambiente de trabalho, seja por colegas, gestores ou clientes.

“Há pouca informação sobre o mercado para deficientes. Nós, da iSocial fazemos há três anos pesquisas com o candidato. Agora, poderemos cruzar as informações e tentar com estes resultados melhorar o desempenho nas seleções, identificar demandas e até mesmo descobrir caminhos para aperfeiçoar a legislação”, aposta Jaques Haber, um dos sócios da iSocial.

A pesquisa também levantou a percepção sobre a qualidade das oportunidades oferecidas às pessoas com deficiência. Os números comprovam que a qualidade dessas vagas ainda é muito baixa e, na maioria das vezes, a escolha do candidato não se faz por suas competências, mas por sua deficiência. 74% entendem que as vagas são ruins ou regulares, enquanto apenas 3% avaliam como ótimas.

Essa questão fica ainda mais evidente quando 81% dos profissionais de RH respondem que as empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a Lei de Cotas.

“Fala-se muito da lei de cotas, mas pouco do impacto para a pessoa com deficiência e para os responsáveis por selecionar estas pessoas nas empresas. Desta forma, esperamos que esses resultados possam nortear candidatos e recrutadores”, observa o head de Pesquisa e Estratégia da Catho, Luís Testa.

Em 1991 foi criada a Lei de Cotas (nº 8.213) que estabeleceu um percentual mínimo de trabalhadores com deficiência nas empresas com 100 ou mais funcionários. Desde então empresas vêm tentando se adequar à lei. Porém, o cenário real desse processo de inclusão ainda não havia sido revelado. Então, em maio de 2014 a Catho, em parceria com a iSocial, consultoria especializada em recolocação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, lança a primeira versão da pesquisa “Profissionais de recursos humanos – expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”.

A pesquisa foi feita com 2.949 profissionais de RH, em sua maioria mulheres, sendo que apenas 35% dos entrevistados possuem bom conhecimento sobre a Lei de Cotas, embora 45% possuam pós-graduação completa ou cursando. Quase metade dos profissionais de RH já entrevistaram pessoas com deficiência, o que mostra que boa parte dos respondentes já passou por essa experiência em algum momento.

No mercado desde 1996, a Catho tem expertise em pesquisas com candidatos e profissionais de Recursos Humanos. Há hoje no portfólio da companhia três pesquisas periódicas que retratam o mercado brasileiro: Pesquisa dos Profissionais (que traça um panorama anual do recrutamento, carreira e seus desdobramentos), Pesquisa Salarial (que trimestralmente aponta os cargos melhor remunerados do país) e Indicadores Catho-Fipe (que antecipam a taxa de desemprego). Há ainda o Guia de Profissões e Salários, que traz gratuitamente com atualização mensal, dados de profissões e salários diretamente no site da Catho: [http://home.catho.com.br/profissoes ].

Perfil - A Catho tem como objetivo principal facilitar contratações, funcionando como um canal entre o candidato que busca novas oportunidades e as empresas e consultorias de RH que buscam candidatos. Todos os meses, mais de 15 mil contratações são realizadas por meio do site, que hoje tem mais de 280 mil vagas de emprego anunciadas. Atualmente, a Catho oferece produtos direcionados aos profissionais, como Análise e Elaboração de Currículo, Simulação de Entrevista e Cursos Online, bem como soluções para as empresas, como a Atração dos Melhores e o Recrutamento Perfeito.

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