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16/08/2014 - 07:30

Indústria naval e offshore consolida-se no País e foca a competitividade internacional


Este é o balanço da feira que reuniu empresas, lideranças governamentais e setoriais e especialistas do setor durante três dias no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).

O Brasil está caminhando a passos largos para tornar sua indústria naval e offshore uma protagonista cada vez mais atuante no cenário internacional. Este é o balanço da Marintec South America - 11ª Navalshore, evento que reuniu empresas, lideranças governamentais e setoreis e especialistas do setor durante os dias 12 e 14 de agosto(terça a quinta-feira), no Centro de Convenções SulAmerica, no Rio de Janeiro (RJ).

“Os investimentos e as encomendas de embarcações previstas para os próximos anos proporcionaram uma estabilidade para os estaleiros se planejarem. Isto impactou positivamente toda a cadeira produtiva, que firma negócios com mais segurança, como foi possível ver nesta edição da Marintec”, ressaltou Renan Joel, gerente do evento - organizado pela UBM Brazil.

As entidades representativas traçam um perfil promissor do segmento. "Estamos otimistas. Vivemos um cenário em que 80% das empresas têm perspectivas positivas e um total de 51,2% têm planos de negócios, o que mostra uma visão de longo prazo. O país dispõe de uma institucionalidade entre governo, empresas e universidades. Nunca se falou tanto em inovação. Acredito que o Brasil será em breve um dos principais players do mundo", frisou Jorge Boeira, coordenador da Área de Energia da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Empresas - A expositora Konsberg, que completa 200 anos de atividade este ano, encontra na feira um perfil atual e futuro do segmento naval. “Um dos destaques da Marintec South America é a possibilidade de ver muitas empresas, como estaleiros menores, migrando para o offshore. É uma grande oportunidade para a Konsberg ver quem está crescendo e tem potencial. Nos interessamos muito por fazer negócios com novos players e isto a feira proporciona com qualidade”, disse Pedro Dias, diretor de Vendas e Marketing da Konsberg.

Outra expositora, a Brastech, trouxe para a Marintec o seu portfólio de produtos e serviços com destaque para a embarcação de resgate construída no estaleiro da empresa em Rio das Ostras e que tem 73% de Conteúdo Local. “A Marintec South America nos dá muita visibilidade e a oportunidade de encontrar novos parceiros e iniciar novos projetos. Além disso encontramos fornecedores de qualidade que nos ajudam a baratear nossa produção e aumentar a nossa competitividade no mercado”, disse Eduardo Inácio, gerente comercial da empresa.

Visitantes - “Compareço à Marintec South America para prospectar novos negócios e, consequentemente, encontrar clientes em potencial”, afirmou Thaís Porto, Business Development da Swift Worldwide Resources. Este é o perfil médio dos visitantes que participam da feira: profissionais com alta qualificação no segmento que estão em busca de novos parceiros de negócios.

Outro exemplo é Amilton Couto, analista de Negócios da Duarte Marítima. “Sempre visito da Marintec South America e está edição foi muito especial. Estou participando da reativação de uma empresa, a Duarte Marítima, e iniciei na feira dois negócios com uma expositora que oferece serviços de gestão de processos outra que fabrica embarcações de resgate”, disse.

Aumento do Conteúdo Local reforça bom momento da indústria naval - Um sinal da estabilidade da indústria naval e offshore é a consolidação das regras de Conteúdo Local (CL) entre as empresas que atuam no País. Em parte, isso se deve à postura da principal compradora de produtos e serviços, a Petrobras. "Decidimos que o Conteúdo Local é mais que um requisito legal, é estratégia da empresa. Os contratos já são publicados com claúsulas específicas de CL, incluindo os de refino e de gás, que seriam opcionais", explicou Ronaldo Martins, gerente de Desenvolvimento do Mercado da Petrobras.

Ele afirmou ainda: "A tendência é de mantermos a média de 55% e 65% de Conteúdo Local nos nossos projetos. Isso é um chamariz para empresas estrangeiras produzam no País e um impulso para s indústria nacional. Temos, por exemplo, 27 unidades de produção para serem contratadas entre 2018 e 2030. Isto é um fator de segurança para as empresas planejarem os seus negócios".

O gerente do Departamento de Gás, Petróleo e Bens de Capital sob Encomenda do BNDES, Luiz Marcelo Martins Almeida, ressaltou a importância da participação dos mercados mais experientes neste processo de consolidação da indústria naval e offshore no País: "A indústria estrangeira que vier investir será tratada como uma empresa nacional. As políticas de Conteúdo Locall fomentaram parcerias estratégicas da indústria nacional com parceiros internacionais. Isso tem sido fundamental para cumprir as metas estabelecidas de CL”.

João Rossi, coordenador-geral de Petróleo, Gás e Naval do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), destacou que a indústria nacional precisa aproveitar o momento positivo. "Temos uma previsão de R$ 199 bilhões de investimentos entre 2014 e 2018, segundo dados do BNDES e, desse total, mais de 45% deste valor total de investimentos vão para a indústria. Isso será um desafio para que as empresas nacionais cumpram os requisitos de Conteúdo Local”, disse.

Daihatsu e Governo da Bahia assinam acordo do intenções -O secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, e o diretor da Daihatsu para a América do Sul, Toshimi Deguchi, assinaram um acordo de intenções durante a Marintec South America confirmando o interesse da fabricante de motores em instalar uma unidade fabril de dez mil metros quadros no País. “Temos todo o interesse em levar para a Bahia uma planta da Daihatsu”, disse o secretário.

Segundo o executivo da empresa japonesa, o Brasil é muito representativo no portfólio de clientes da Daihatsu, mas a demanda precisaria ser mais estável. “Tivemos boas encomendas há cerca de quatro anos, mas o ciclo de compras neste mercado é muito longo. Estamos esperando por novos negócios”, disse. Deguchi revelou que o projeto de uma planta no Brasil pode ser viabilizado se a demanda equilibrar-se em 20 mil motores por ano.

Soldagem brasileira também mira competitividade internacional -As encomendas de embarcações e o fortalecimento dos estaleiros no Brasil impactaram positivamente o segmento de solda no País. "Temos grandes desafios como a qualificação de mão de obra e o cumprimento de prazos. Precisamos nos livrar dos vícios e ficarmos abertos aos novos procedimentos", ressaltou o gerente de Soldagem e Corte do Estaleiro Brasa, engenheiro Alexandre Schwenck.

O Brasa tem, atualmente, 300 soltadores qualificados trabalhando e entrega ainda neste mês de agosto o FPSO Cidade de Ilhabela, que recebeu 13 módulos nesta etapa. “Esta experiência foi um grande aprendizado. OS FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema já mostram uma evolução em relação ao Ilhabela com 30% de ganho no tempo. Isto vai nos levar a competitividade internacional”, concluiu.

O engenheiro Ubirajara Costa, da Alumaq, afirmou que o segmento pode se aperfeiçoar ainda mais: “Os gestores precisam ter conhecimento de soldagem, para evitar problemas como o retrabalho, por exemplo.O treinamento é fundamental”.

Rodada de Negócios aproximam estaleiros e armadores da cadeia de suprimentos - A Marintec Souht America promoveu em parceria com Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav) uma rodada de negócios durante a Marintec South America. Os encontros reuniram empresas como a EBR, Eisa, Aliança, Vard, MRM, São Carlos, Brasfels, Galáxia, Web e Tek Sea.

"Esta feira vem melhorando ano a ano. Tivemos que ampliar o horário da rodada de negócios promovida, pois foram 90 empresas inscritas para mostrar suas soluções em produtos e serviços para 11 âncoras, sendo seis estaleiros. Isso mostra um cenário de pujança da indústria naval no País e uma tendência ainda maior de crescimento com o aprendizado e consolidação do setor", destacou Augusto Mendonça, presidente da Abenav.

Marintec South America [www.marintecsa.com.br], principal encontro estratégico para a indústria naval e offshore da América Latina, voltado à geração de negócios, tecnologia, melhores práticas e novos produtos e serviços para toda a cadeia do setor, o evento aconteceu de 12 a 14 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). Foram 11 mil m², mais de 380 marcas expositoras, 17 países e 12 pavilhões internacionais. Paralelamente, foram realizadas Conferências, o lançamento do Espaço Inovação e Rodadas de Negócios.

UBM Brazil [www.ubmbrazil.com.br], é uma das maiores empresas do mundo em mídia de negócios. Está presente em 30 países, trabalhando para criar oportunidades de negócios e visibilidade às empresas.

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