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19/08/2014 - 08:38

Presidente do BNDES destaca novo papel dos países emergentes na economia mundial durante abertura do 2º Congresso do Centro Celso Furtado

Paulo Nogueira Batista Júnior faz a conferência de abertura do dia 19 de agosto(terça-feira).

A crescente presença dos países em desenvolvimento no cenário econômico mundial, a partir do início da crise de 2008, foi uma das abordagens do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, na abertura do 2º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado. O evento reúne alguns dos principais economistas do mundo até quarta-feira, dia 20, no Rio de Janeiro. No dia 19 de agosto (terça-feira), a abertura do evento será feita por do Paulo Nogueira Batista, diretor do FMI, com a conferência “Brics: Um novo fundo monetário e um novo banco de desenvolvimento”, a programação de amanhã conta ainda, entre outros, com Bresser Pereira, Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa e Saturnino Braga.

Para Coutinho, há uma “mudança na geografia do crescimento mundial” e diz que essas economias têm superado em até quatro pontos as taxas dos países desenvolvidos. Ele destacou que os últimos 12 anos foram relevantes para a inclusão social, com 21 milhões de novos assalariados e proletários incluídos. “No Brasil houve uma expansão forte do agronegócio na região Centro Oeste e surgimento de novos polos no Nordeste”. Ele apontou também transformações econômicas para uma superliquidez global, resultante da ação dos bancos centrais dos países desenvolvidos. “É preocupante pela precipitação de ativos e moedas”.

Roberto Saturnino Braga, presidente do Centro Celso Furtado, disse que o Brasil está assumindo posições que diferem das anteriores em nível internacional. “O Brasil rompeu a tradição de obediência à grande potência do norte e voltou-se para a América do Sul, com ações políticas e, ao mesmo tempo, associando-se às grandes nações emergentes com a formação do Brics. O banco recém-criado difere de todo o marasmo da política econômica internacional dos últimos 50 anos”.

Rosa Freire d'Aguiar, viúva de Furtado e presidente do Conselho Deliberativo do Centro, destacou uma premissa do economista e ex-ministro da Cultura, Celso Furtado, que, segundo ela, continua sendo de grande importância. “O verdadeiro desenvolvimento acontece com o progresso social adjacente”.

Ocampo - A conferência de abertura foi feita pelo economista José Antonio Ocampo, da Columbia University, que, além de destacar as melhorias significativas na América Latina desde 2003 – distribuição de renda, social, transições demográficas e política - comentou a tensão entre avanços econômicos e democráticos na América Latina: “Os direitos dos cidadãos devem ser a essência do desenvolvimento da sociedade, da economia e da democracia. A estratégia complementar com grande potencialidade é: infraestrutura para integração. Estamos menos endividados em relação ao passado, o que levou a uma maior possibilidade de manobras na política monetária do país, e conquistamos um aumento da confiança do setor empresarial”, aponta.

Segundo Ocampo, três elementos constituem a democracia: eleições livres e transparentes; expansão da cidadania civil, política e social; e consolidação das instituições republicanas: divisão de controle mútuo de poderes, serviço civil e moderno.

Até quarta-feira o evento contará com mais de 70 palestras sobre o processo econômico, social e político mundial. Ainda na terça-feira, às 18h30min, serão lançados vários livros num evento simultâneo na livraria Cultura do Centro do Rio, entre eles o livro “A corrida pelo crescimento. Países em desenvolvimento na economia mundial”, de Deepak Nayyar, publicado pela Contraponto, em parceria com o Centro Celso Furtado e integrará a Coleção Economia Política e Desenvolvimento. Dois livros sobre Celso Furtado: “Obra Autobiográfica” e “Anos de Formação”, ambos organizados por Rosa Freire d’Aguiar Furtado, presidente do Conselho Deliberativo do Centro. A 13ª edição da revista científica do Centro Cadernos do Desenvolvimento; “Vargas: o Capitalismo em Construção”, organizado por Pedro Dutra Fonseca; “Governos estaduais no federalismo brasileiro: capacidades e limitações governamentais em debate”, coordenado por Aristides Monteiro Neto.

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