Prévia da inflação oficial cai pelo 4º mês consecutivo, aponta IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, e é medido pelo IBGE, ficou em apenas 0,14% em agosto. Este índice – menor ainda do que o de julho (0,17%) – é o mais baixo para o mês de agosto desde 2010. A partir de abril, a prévia da inflação vem caindo mês a mês. Esta é a quarta queda consecutiva, o que mostra que estavam equivocados os que previam a explosão da inflação.

Com o resultado de agosto, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 6,49%, ou seja, voltou a ficar abaixo do teto da meta, que é de 6,5%. Alimentação e bebidas, com queda de 0,32%, foi o item que mais contribuiu para a desaceleração do IPCA-15. Dentro desse grupo, vários produtos tiveram queda acentuada de preços: batata-inglesa (-20,42%), tomate (-16,47%), feijão-carioca (-5,49%), hortaliças (-5,13%), óleo de soja (-3,17%) e feijão-preto (-3,11%).

O item que mais pressionou para cima, foi energia elétrica (+4,25%), por causa dos altos reajustes em apenas três regiões metropolitanas: Curitiba (24,86%), São Paulo (18%) e Belém (34,41%). Esses aumentos impactaram a prévia em 0,12%. Se não fossem os reajustes nessas regiões, a prévia da inflação oficial teria sido menor ainda, de apenas 0,02%.

Para o cálculo do IPCA-15, a coleta de preços é feita na segunda quinzena do mês anterior e na primeira do mês em curso. O indicador refere-se ao consumo de famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba. O IPCA (inflação oficial) só difere do IPCA-15 em relação ao período da coleta de preços.