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26/08/2014 - 10:06

Escola Politécnica da UFRJ em projeto socioeducativo na área de desastres

Associados a deslizamentos com incentivo da Faperj.

Unir o conhecimento da engenharia com o da pedagogia. É assim que o Setor de Geotecnia do Departamento de Construção Civil (DCC) da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vem atuando, desde o segundo semestre de 2013, no projeto socioeducativo, “Inserção do tema de desastres naturais associados a deslizamentos de terra no ensino fundamental das escolas públicas”, no Colégio Estadual Joaquim Távora, em Niterói.

Trata-se de um incentivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que visa engajar a comunidade local em projeto educativo, que envolve a pedagogia e o conhecimento da engenharia. Para tanto, foram realizadas diferentes atividades, tais como jogos, interatividade com mapas conceituais, textos, dentre outros recursos, que permitiram aos alunos aptidão na identificação de áreas de riscos em uma visita planejada em uma comunidade, em Niterói, severamente afetada por deslizamentos.

O coordenador do projeto, professor Marcos Barreto Mendonça, do DCC, explica que o uso exclusivo de obras para estabilização de encostas para a redução de desastres não é o suficiente, e que a participação da população é necessária, principalmente dos moradores em situação de risco. Ele esclarece que a ação humana proveniente de ocupação desordenada aumenta a chance de deslizamentos de terra, e os moradores podem evitar ações prejudiciais, como desmatamento, lançamento de detritos, criação inadequada de redes de água e esgoto e cortes no terreno para implantação de moradias e vias de acesso.

O professor comenta que, após as dinâmicas, os alunos demonstraram conhecimento para identificar áreas de risco, indicar possíveis causas para essa situação, e pensar em medidas para reduzir o problema. Montaram uma maquete com elementos observados e apresentaram o resultado final para toda a escola, disseminando o conhecimento obtido. Ele explica, ainda que, no início do projeto, menos de 15% dos alunos tinham conhecimento sobre áreas de risco, mas que durante a visita à comunidade, 92% dos participantes demonstraram bom entendimento sobre o tema. As atividades, junto aos estudantes, permitiu identificar os assuntos que mais despertam interesse, possibilitando uma melhor inserção e aprendizado sobre deslizamentos.

-A construção de maquete, como resultado de uma experiência colaborativa, contribuiu para consolidar o aprendizado e concluir que os alunos aprenderam sobre o tema e demostraram que podem se tornar multiplicadores dos conhecimentos onde vivem -, conclui o professor da UFRJ. Trata-se da segunda experiência do professor da UFRJ em projetos de educação para a redução de desastres associados a deslizamentos. A experiência anterior foi realizada com jovens e uma área de risco no bairro de Maceió, também em Niterói.

-A experiência de atuação do Setor de Geotecnia da Poli em educação para a redução de desastres não deverá parar por aí, pois novos projetos serão estudados e serão submetidos em breve -, conclui Barreto Mendonça.| Monica Coronel/Cequal.

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