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08/01/2008 - 09:00

CDP 5 conquistou trinta signatários brasileiros em 2007

Com apoio da ABRAPP e de vinte fundos de pensão, a segunda edição do relatório teve a participação de 47 empresas brasileiras.

O Carbon Disclosure Project, relatório global formulado mundialmente por investidores institucionais com o objetivo de apurar e divulgar informações das empresas sobre suas políticas de mudanças climáticas e estratégias para reduzir riscos ambientais em seus processos, acaba de conquistar trinta signatários brasileiros.

A maior iniciativa global que liga as mudanças climáticas ao mercado financeiro tem por patronos a ABRAPP e o Banco Real ABN AMRO além de quase vinte fundos de pensão como apoiadores. A 5ª edição do CDP convidou mais de 2.400 empresas - listadas no IBrX da Bolsa de Valores de São Paulo - em todo o mundo, sendo 57 delas brasileiras, e teve a adesão de 315 investidores globais.

No Brasil, 47 empresas (82%) responderam ao questionário do CDP colocando o país em posição de liderança na adesão e no número de signatários. Apenas três empresas não se manifestaram e seis declinaram o convite. Em 2006 o número de adesões foi 12% menor, mas não menos expressivo, pois foi a primeira edição envolvendo corporações brasileiras.

As instituições que responderam ao CDP5 administram ativos que giram em torno dos US$ 41 trilhões. No Brasil os ativos geridos pelos signatários nacionais ultrapassam os US$ 300 bilhões. E é nesse cenário que os fundos de pensão entram. Com ativos elevados, que representam quase 17% do PIB do nosso país, as entidades fechadas de previdência complementar estão mudando sua postura diante dos problemas globais que afetam nosso clima modificando seus sistemas de gestão e de aplicação de recursos, optando por empresas que possuam políticas claras de atuação ambiental, por exemplo.

A mudança no pensamento do empresariado brasileiro pode ser notada pelo fato de que no ranking de países que mais vendem crédito de carbono, o Brasil está em terceiro lugar, perdendo apenas para a China e Índia. Se todos os 168 projetos aprovados pela Comissão Interministerial do Clima da ONU e o Ministério da Ciência e Tecnologia entrarem em vigor, o Brasil movimentará – em 10 anos – cerca de R$ 4 bilhões em benefício do clima.

Das empresas respondentes, 100% declararam considerar a mudança climática representa riscos/oportunidades comerciais; 59% dizem divulgar seus dados sobre Emissões de Gases de Efeito Estufa; 33% desenvolveram produtos/serviços em resposta a mudança climática; 51% consideraram oportunidades de comércio de emissões; e 52% implementaram programas de redução de emissões com metas.

Ainda no âmbito nacional, o CDP vai crescer e render novos frutos. Com o apoio dos Fundos de Pensão será criado, em 2008, o Índice Brasileiro de Liderança em Disclosure Climático (IBLDC) e para tal relatório serão convidadas 75 empresas, 25% a mais que em 2007. A iniciativa também será levada para outros países da América do Sul e o Brasil será o líder deste movimento no continente. A previsão é que em 2008 o questionário seja enviado para 75 empresas brasileiras, sejam convidadas 40 corporações da Argentina, Chile e México. Fora da América Latina, em 2008, o CDP chegará a países como Coréia, Holanda e Espanha.

A ABRAPP tem fortalecido cada vez mais seu papel disseminador da importância das práticas de responsabilidade social e governança corporativa, como fatores que efetivamente contribuem para a sustentabilidade e rentabilidade das empresas e dos próprios fundos de pensão. Por meio do relatório brasileiro do CDP5 é possível reafirmar este compromisso.

O CDP conta com adesões de signatários como ABRAPP, BrasilPrev, Banco do Brasil, Previ e ANBID e apoio institucional do Banco ABN AMRO Real, PNUMA, PNUBD, PricewaterhouseCoopers, APIMEC, ANIMEC, CES-FGV/EAESP, IBRI, Instituto ETHOS, NEF-PUC/SP e CorpGroup.

São também signatários a Anbid, o Banco Bradesco, Banco Pine, Caixa Econômica Federal, Capef, Ceres, Faelce, Fapes, Fipecq, Fundação Banrisul de Seguridade Social, Funcef, Fusesc, Fundação Atlântico de Seguridade Social, Cesp, Fundação Copel, Fundação Corsan, Fundação Refer, Fundação São Francisco de Seguridade Social, Infraprev, Petros, Real Grandeza, Sebrae-Previdência, Stratus, Unibanco Asset Management e Valia. Juntas, estas instituições somam juntos US$ 300 bilhões em ativos.

A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar –ABRAPP – também integra o Conselho do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), formulado com base no conceito Triple Bottom Line (TBL) para avaliar dimensões econômico-financeiras, sociais e ambientais das empresas. Por meio de um acordo de cooperação técnica com o Instituto Ethos, a entidade também estabeleceu o conjunto de critérios para Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI, sigla em inglês) para aplicações de recursos feitas pelas entidades fechadas de previdência complementar.

Perfil da CDP - Criado em 2000, o Carbon Disclosure Project (CDP) é uma entidade sem fins lucrativos, que conta com o suporte de investidores institucionais para identificar como as maiores empresas de todo o mundo procuram minimizar os impactos ambientais de seus negócios diante das mudanças climáticas. Com base nas respostas ao questionário, são consolidados os relatórios globais CDPs. As edições anteriores – CDP1, CDP2 e CDP3 e CDP4 - foram lançadas entre os anos de 2003 e 2006.

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